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Reunião com representes macaenses para tratar da conservação dos recursos das artes populares de Macau

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Com o intuito de fazer um levantamento e organizar os recursos populares de Macau, com o objectivo de conservar a cultura tradicional da comunidade macaense de Macau, a Fundação Macau organizou uma reunião alargada sobre o tema “Cultura Macaense” com representantes macaenses ligados a esta área para a edição da publicação “Colectânea das Crónicas das 10 Artes e Cultura– Tomo de Macau”. Foram convidados os representes macaenses, as equipas de compilação da Colectânea de Macau e os especialistas do Ministério Cultural da China, para em conjunto trocarem opiniões relativamente à direcção e trabalhos a desenvolver, em concreto, quanto à recolha de materiais das artes macaenses, nomeadamente, cantigas, danças, provérbios e frases idiomáticas, histórias colectivas, ópera, artes folclóricas, etc., de maneira a que sejam protegidos e transmitidos a futuras gerações. A reunião teve lugar na Fundação Macau, no dia 18 do mês corrente, às 10h00, e estiveram presentes cerca de 30 pessoas, nomeadamente, José Luís de Sales Marques, Presidente do Conselho das Comunidades Macaenses; Miguel de Senna Fernandes, Presidente da Direcção da Associação dos Macaenses e Director do Grupo de Teatro Dóci Papiaçám di Macau; Rufino Ramos, Secretário-geral do Instituto Internacional de Macau; Li Song, Director do Centro de Desenvolvimento das Artes e Cultura Étnicas e Folclóricas do Ministério Cultural da China (adiante designado por “Centro”), os especialistas de compilação das Colectâneas, Fan Zuyin, Chen Shulin, Feng Mingxiang, Chen Junhui, Mu Fanzhong, Lisa Wong, chefe do Instituto de Estudos, e Isabel Cheang, chefe da Divisão de Colaboração do Departamento de Subsídios e Colaboração da Fundação Macau, os responsávels das diversas colectâneas do Tomo Macau, nomeamente Tang Keng Pan, Xie Shao Cong, Cheong Cheok Fu, Wu Kuok Nin, Tang Kam Seong, Hong Si Man e, ainda, os membros da compilação desta edição. A Fundação Macau apresentou, primeiro, aos representantes macaenses, os conteúdos desta Colectânea e enfatizou que este projecto de publicação pretende salvar a cultura popular do Território, pois a comunidade macaense tem uma história única de muitos anos, tendo desenvolvido diversas artes populares de vida comunitária, sendo uma parte integral importante da Cultura de Macau. Com a compilação desta série da Colectânea, os respectivos recursos macaenses podem ficar integralmente organizados. Os representes macaenses agradeceram à Fundação Macau e ao Centro, que iniciaram este projecto, e transmitiram que a reunião significa um passo importante para a centralização dos valores da cultura macaense. José Luís de Sales Marques disse que “o projecto foi inciado num momento crucial, uma vez que muitas das artes da cultura tradicional de Macau têm enfrentado uma crise que poderá levar ao seu desaparecimento”. Miguel de Senna Fernandes explicitou que “a cultura portuguesa, em conjunto com diversas culturas fundidas pela rota marítima, chegou a Macau, enraizou-se aqui, formou uma cultura de multiculturalismo como, por exemplo, o teatro patuá e as danças folclóricas que representam uma das maiores características da cultura luso-chinesa em Macau. Rufino Ramos propôs que “após se organizarem os respectivos recursos populares, poder-se-á considerar a publicação em várias línguas como o chinês, inglês, português e até em patuá, o que fará todo o sentido para a divulgação da cultura de Macau” e ao mesmo tempo, propôs que “vale a pena conhecer outros materiais, como brinquedos infantis embora alguns já desaparecidos, através de entrevistas aos mais velhos e recolha de registos antigos”. Durante a reunião, o ambiente esteve sempre muito animado, pois os responsáveis das várias colectâneas levantaram perguntas sobre a circulação das histórias colectivas macaenses, as histórias das danças folclóricas, a definição da palavra “macaense”, a tradução da palavra “patuá”, e qual a melhor forma de recolha de informações dos macaenses espalhados por todo o mundo, entre outras questões. Trocaram, ainda, opiniões sobre a identificação cultural e o sentimento de pertença. Os representes macaenses manifestaram que tinham o maior prazer em colaborar nesta investigação e organização dos recursos macaenses. O director do Centro, Li Song, realçou que “cada colectânea do Tomo Macau deve integrar elementos culturais macaenses; este projecto nacional é elaborado em chinês, pelo que todas as canções populares e cantigas em português precisam ser traduzidas para chinês, com a indicação do sinal fonético para melhor compreensão e transmissão a futuras gerações, e também gostaria de convidar os macaenses a visitar o Centro em Pequim, com vista a melhor conhecer a compilação das colectâneas”. A Fundação Macau manifestou que, “desde o início do projecto no ano 2012, tanto a Fundação como as equipas de compilação têm dado muito importância à recolha dos materiais macaenses, têm organizado várias entrevistas e registado bastantes informações para algumas coletâneas, sendo que a presente reunião vem dar continuidade à construção de uma boa plataforma de intercâmbio para recolha de materiais da cultura macaense no futuro”.

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