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Investigação preliminar suspeita que trabalhadores não cumpriram as orientações definidas para o tratamento de documentos de pacientes

CHCSJ esclarece a ocorrência de documentos de pacientes abandonados

Realizou-se hoje, dia 13 de Outubro, uma conferência de imprensa, na qual, o Director substituto do Centro Hospitalar Conde de S. Januário, Dr. Mário Évora, os médicos ajuntos da Direcção, Dr. Pang Heong Keong e Dr. Lei Wai Seng e a Chefe do Departamento de Administração Hospitalar, Anabela Luiza do Rosário, esclareceram a ocorrência do abandono de documentos de pacientes na via pública. De acordo com Dr. Mário Évora, na madrugada de terça-feira, cerca das 01:45, um profissional de saúde do hospital que estava em saída de serviço participou a siuação. O hospital, logo após a recepção da comunicação, enviou ao local pessoal para recolher os documentos tendo retirado da via pública cerca de 60 documentos. Segundo a investigação preliminar, os documentos abandonados são oriundos da Sala de Análise Patológica Clínica, e a maioria dos papeis são formulários de pedido de análise laboratorial de pacientes, contendo informação pessoal de doentes, nomeadamente, nome, idade, sexo, número do cartão de utente e alguns documentos, usado no envio para Hong Kong, contêm informações de identificação de doentes. O médico adjunto da Direcção, Lei Wai Seng, destacou que há no Centro Hospitalar Conde de S. Januário, “Orientações de processamento de resíduos confidenciais”, nomeadamente documentos que contenham informações pessoais sensíveis. Estas orientações estabelecem que documentos confidenciais sejam destruídos em máquinas adequadas para o efeito antes de serem depositados no saco de recolha de lixo. No caso de existirem grandes quantidades de documentos, o procedimento estabelece os documentos sejam recolhidos em sacos próprios de côr verde transportados e destruídos em circuito próprio e independente do restante lixo geral que usa em sacos de côr preta. Esclareceu que, de acordo com as investigações preliminares, há dois meses que o(s) auxilar(es) em causa não observou as respectivas directrizes de destruição de documentos confidenciais devido à grande quantidade de documentos recolhidos, e não conhecimento à chefia, tendo colocado os documentos em saco de lixo grande e de cor preta, tratando-os como lixo comum. Uma vez que os procedimentos não foram seguidos os documentos foram depositados em seis sacos pretos, um dos quais acidentalmente tombou do carro originando a actual situação. Os demais documentos foram transportados para destruição, e quando a empresa de transporte e recolha de lixo tomou conhecimento do caso, enviou uma equipa de inspecção para recolher ao longo da via pública, a maioria dos documentos e transporta-los para destruição. Atendendo à ocorrência, as respectivas directrizes de trabalho foram alteradas, e foi solicitado que todos os documentos abandonados devem ser destruídos por máquinas antes de ser tratados como lixos, e que até à conclusão do procedimento de aquisição de uma máquina de destruição de papéis industrial, foi solicitado a todos os departamentos o cumprimento rigoroso das directrizes de trabalho garantindo que não aconteçam casos semelhantes no futuro. O hospital irá enviar ofícios com pedidos de desculpas aos cidadãos afectados, e o mecanismo existente será revisto. Em conformidade com a lei foi já instaurado um processo de investigação e quando forem obtidos os resultados da investigação os Serviços de Saúde darão imediatamente conhecimento deles ao público.

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