O secretário para a Segurança, Wong Sio Chak, disse, hoje (8 de Outubro), que as autoridades de segurança considerando as tendências de crescimento da migração ilegal, vão ajustar as estratégias de combate e reorganizar o dispositivo policial, reforçar o intercâmbio de informações e cooperação na execução da lei com os serviços fronteiriços do Departamento de Segurança Pública da Província de Guangdong, a fim de garantir a estabilidade em Macau. Wong Sio Chak inspeccionou, esta manhã, o campus da Universidade de Macau na Ilha de Hengqin e a zona costeira ao longo do trilho Long Chao Kok em Coloane, com o objectivo de se inteirar dos trabalhos de combate à migração ilegal. Questionado pela comunicação social, o secretário reconheceu que o problema da migração ilegal não se consegue conter na totalidade e que, nos últimos anos, tem-se verificado um aumento tendo em conta que as redes criminosas organizam-se cada vez mais, dificultando o trabalho das autoridades comparativamente com anos anteriores. O mesmo responsável adiantou que, segundo os dados estatísticos de Janeiro a Setembro do corrente ano, o Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP) repatriou 1810 imigrantes ilegais, incluindo os que foram transferidos pelos Serviços de Alfândega (SA), Polícia Judiciária (PJ) e Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL), registando-se um aumento de cerca de 64 por cento, comparativamente com o mesmo período do ano passado. Referiu ainda que as autoridades de segurança acompanham de perto os problemas da migração ilegal, tendo sido tomadas diversas medidas de prevenção e combate para responder à situação. Explicou que esta visita, que integrou vários serviços competentes, serviu para dar a conhecer a realidade e representou uma forma de demonstrar o interesse das autoridades aos problemas actuais. O mesmo responsável revelou ainda que, no futuro, irão ajustar estratégias de acordo com algumas situações que surjam durante a execução da lei, assim como irão analisar e avaliar os casos reais e a referida tendência, mediante o plano traçado e o reforço da cooperação fronteiriça com a Província de Guangdong e garantia da estabilidade da segurança local. Wong Sio Chak disse que, desde o início do ano, os SA e o CPSP estabeleceram um mecanismo de acção conjunta contra migração ilegal, para o combate rápido e, por outro lado, PJ e a DSAL também disponibilizam, a qualquer momento, informações obtidas nos trabalhos da aplicação da lei, pelo que a cooperação estreita entre os vários serviços contribuem para atingir resultados notáveis. Quanto ao campus da Universidade de Macau (UM), o secretário explicou que a altura dos muros do campus foi aumentada, e reforçadas as instalações de segurança assim como a execução da lei. Revelou que, sob uma cooperação estreita com os serviços competentes da China interior e a UM, o número de imigrantes ilegais reduziu, de 51 em 2014, para seis nos primeiros oito meses de 2015. Este ano, metade do número total de imigrantes detidos entrou pela zona do trilho Long Chao Kok, ao que Wong Sio Chak destacou as dificuldades do local nos trabalhos de investigação e combate por causa do mar e da topografia litoral complexa, especialmente no que diz respeito à disposição policial. Porém referiu ainda que as autoridades irão continuar a reforçar as acções de intercepção e aplicar mais recursos na prevenção e combate. Actualmente, o local faz parte da quarta fase de instalação de câmaras de videovigilância, mas o secretário admitiu que poderá antecipar para a segunda ou terceira fase, de acordo com a realidade actual. Além disso, Wong Sio Chak disse que estão igualmente a analisar a possibilidade de aproveitar a nova rede 4G para aumentar a velocidade da transmissão de imagens. Relativamente à morte de um residente de Macau na Coreia do Norte, e da detenção de um outro nos Estados Unidos da América, o mesmo responsável explicou que os casos não pertencem à jurisdição de Macau já que ocorreram no estrangeiro. No entanto, as autoridades de Macau já tentaram inteirar-se, através da INTERPOL (organização internacional de polícia criminal) e consulado, sobre o caso que envolve a morte do residente, mas a informação recebida não está completa, apenas indicaram não haver suspeita de indícios de crime. Quanto à detenção de um residente nos Estados Unidos da América, o secretário afirmou não comentar o caso por este se encontrar em processo judicial, não estar sob a jurisdição de Macau, e também porque as autoridades de segurança não foram informadas sobre o mesmo.