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Estimativa do produto interno bruto (PIB) referente ao 2º trimestre de 2015


O ajustamento económico manteve-se no segundo trimestre. O Produto Interno Bruto (PIB) registou um decréscimo real de 26,4%, em termos anuais, que foi superior ao do primeiro trimestre (-24,5%). A contracção económica deveu-se, principalmente, à queda das exportações de serviços. Destaca-se que as exportações de serviços do jogo e as exportações dos outros serviços turísticos diminuíram 40,5% e 21,5%, em termos anuais, respectivamente. Por seu turno, o investimento, a despesa de consumo privado e a despesa de consumo final do Governo subiram 3,2%, 2,0% e 5,7%, respectivamente, em termos anuais, devido à estabilidade da procura interna, provocando a diminuição do impacto causado pela retracção económica. As exportações de bens também aumentaram 25,6%. O deflactor implícito do PIB, que mede a inflação global, no segundo trimestre ascendeu 5,0%, em termos anuais, informam os Serviços de Estatística e Censos. O consumo privado elevou-se ligeiramente. Embora a taxa de desemprego tenha sido de 1,8%, subiu tenuemente 0,1 pontos percentuais, o mercado de emprego e o rendimento gerado pelo emprego ainda permaneceram estáveis, impulsionando a despesa de consumo privado a crescer 2,0%, em termos anuais. As despesas de consumo final das famílias, realizadas no mercado local e no exterior, cresceram 1,3% e 7,2%, respectivamente, em termos anuais. A despesa de consumo final do Governo aumentou 5,7%, em termos anuais. Salienta-se que a remuneração dos empregados, bem como as compras líquidas de bens e serviços ascenderam 4,4% e 8,1%, respectivamente. O investimento continuou a crescer. A formação bruta de capital fixo expandiu-se 3,2%, em termos anuais. O investimento realizado pelo sector privado aumentou 1,6%, em termos anuais. Realça-se que o investimento em construção subiu 3,1%, pois estavam em curso várias instalações de turismo e entretenimento de grande envergadura. Todavia, o investimento em equipamento do sector privado reduziu-se 8,3%, em termos anuais. Por seu turno, o investimento realizado pelo sector público elevou-se 36,0%, em termos anuais, salientando-se que o investimento em construção ascendeu 45,2%, porém o investimento em equipamento caiu 19,4%. O ritmo do crescimento do comércio de bens atenuou-se. As exportações de bens aumentaram 25,6%, em termos anuais e o acréscimo das importações de bens estreitou-se (+1,3%, em termos anuais), devido à redução do número de visitantes e da despesa destes. O comércio de serviços não mostrou sinais de melhoria. O decréscimo das exportações de serviços do jogo alargou-se (-40,5%) e as exportações dos outros serviços turísticos desceram 21,5%, contribuindo para as exportações de serviços se terem retraído 35,9%, em termos anuais. As importações de serviços reduziram-se também 35,5%, em virtude do comportamento desfavorável das exportações de serviços. Em resumo, a economia no primeiro semestre contraiu-se 25,4%, em termos reais. A economia de Macau foi afectada por muitos factores desfavoráveis no primeiro semestre e a procura externa apresentou um comportamento débil, por isso, as exportações de serviços do jogo e do turismo sofreram grandes ajustamentos. Destaca-se que as exportações de serviços do jogo e as exportações dos outros serviços turísticos desceram 40,1% e 19,6%, em termos anuais, respectivamente. Contudo, o investimento cresceu 15,8%, o crescimento da despesa de consumo privado e da despesa de consumo final do Governo manteve-se constante, devido à estabilidade da procura interna, provocando a diminuição do impacto causado pela retracção económica.



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