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O Governo da RAEM está totalmente empenhado em garantir a estabilidade do sistema financeiro de Macau, prestando estreita atenção às flutuações dos mercados financeiros do exterior


Nos últimos dias, os mercados financeiros globais têm flutuado de forma substancial, tendo-se registado uma queda notória nos mercados bolsistas do Interior da China e de Hong Kong. Sendo um porto franco, Macau tem mantido uma estreita ligação com os mercados internacionais ao longo do tempo, trazendo os factores externos impactos de diferentes níveis ao comércio, ao investimento e ao funcionamento do mercado financeiro local. O Governo da RAEM presta estreita atenção às flutuações dos mercados financeiros do exterior, nomeadamente aos impactos que poderão causar à economia global de Macau, emergente das flutuações recentes dos mercados bolsistas. Como aconteceu no passado, o Governo da RAEM continuará a empenhar-se totalmente em garantir a estabilidade do sistema financeiro de Macau, supervisionando de modo estreito a qualidade dos activos e a liquidez dos bancos de Macau. De acordo com os dados, no segundo trimestre do ano 2015, o rácio de adequabilidade de capital atingiu o nível de 14,5%, superior aos 14,2% do final do ano 2014. No que respeita à liquidez, até ao dia 14 de Agosto do ano corrente, os activos correntes do sector bancário que podem ser utilizados num mês representam 54,3% das dívidas do mesmo período, enquanto que os activos correntes do sector bancário que podem ser utilizados em três meses representam 57,3% das dívidas do mesmo período, muito superior ao nível mínimo dos requisitos internacionais (25% -30%). Até Julho de 2015, a taxa de crédito mal parado do sector bancário foi de 0,1%, uma ligeira quebra, quando comparada com a de 0,12% do final de 2014. A taxa de cobertura das provisões para o crédito mal parado atingiu 1.189,4% (o índice normal é de 150%), ou seja, superior à do final de 2014, que registou 937,8%. Este índice revela que o sector bancário local está em situação estável e sob uma rigorosa gestão do risco. Até finais de Junho de 2015, o valor do mercado nas bolsas externas, detido pelos bancos de Macau, atingiu 1,57 mil milhões de patacas, representando 0,12% dos activos totais dos bancos. Segundo esta análise, o impacto directo na estabilidade do sistema bancário de Macau, emergente da flutuação recente dos mercados bolsistas, será limitado. O alto nível de estabilidade do sistema monetária de Macau, desempenha um papel importante na estabilidade da economia em geral. Apesar da recente desvalorização contínua das moedas dos mercados emergentes, a pataca continua a manter-se estável, sob o mecanismo eficaz de articulação. O preço médio do câmbio do dólar americano para a pataca era de 7,9848, em 24 de Agosto, ou seja, valorizou 5 pontos registados em 21 de Agosto; o preço médio do câmbio do renminbi para pataca teve uma quebra de 31 pontos, registando 1,2369. Após o ajustamento do mecanismo do câmbio, em 11 de Agosto, o nível fixou-se entre 1,2343 e 1,2470, ou seja, um nível considerado estável. Paralelamente, o nível dos fundos correntes em geral no mercado monetário de Macau manteve-se elevado e a taxa de juros estável. Até 24 de Agosto, os fundos correntes de Macau em geral eram superiores a 50 mil milhões de patacas, ou seja, muito superiores aos do primeiro semestre que registaram 43 mil milhões de patacas, não havendo evolução acentuada na taxa interbancária local, revelando o mercado monetário local estável. Caso seja necessário, o Governo da RAEM irá adoptar todas as medidas que se considerem indispensáveis para assegurar a estabilidade do sistema financeiro de Macau, bem como a normalidade do seu funcionamento. Afectados pelas drásticas flutuações registadas recentemente nos mercados bolsistas, os investimentos da reserva financeira da RAEM em acções financeiras têm registado uma queda passageira; no entanto, prevê-se que seja registada uma contrapartida positiva dos investimentos da Reserva Financeira ao longo do ano. Mesmo assim, o desempenho ao longo do ano dependerá da situação dos mercados financeiros até finais do ano 2015. Na carteira de investimentos da reserva financeira da RAEM, as alocações em acções cifram-se em cerca de 41,3 mil milhões de patacas, representando 11,8% do total da carteira de investimentos, enquanto as aplicadas no mercado bolsista A do Interior da China e no de Hong Kong rondam os 13,5 mil milhões de patacas, aproximadamente, correspondendo a 32,8% do total investido em acções financeiras e 3,8 % do total na carteira de investimentos. Segundo os dados disponibilizados pela Autoridade Monetária de Macau, até finais de 2014, o valor dos investimentos em títulos externos, detido pelos residentes de Macau, atingiu mais de 200 mil milhões de patacas, sendo este a forma principal adoptada pelos residentes locais nas suas aplicações financeiras. O Governo da RAEM apela aos residentes que prestem maior atenção ao risco existente nos mercados bolsistas e à gestão do mesmo, quando efectuem investimentos em títulos financeiros.