O Secretário para a Segurança, Wong Sio Chak, afirmou hoje (31 de Julho) que a Polícia tem a responsabilidade e o dever de conhecer a tecnologia mais actualizada, salientando que os métodos e equipamentos utilizados para investigação têm de respeitar a Lei local e reger-se sob a fiscalização dos órgãos judiciais. Frisou que a Polícia não adquiriu os alegados produtos de empresa de hackers. Ao ser questionado pela comunicação social esta tarde numa ocasião pública sobre a alegada compra de produtos de empresa de hackers, o secretário Wong Sio Chak sublinhou que as provas recolhidas através de investigação ilegal, foram consideradas inválidas, explicando que os respectivos agentes policiais e os seus superiores estão sujeitos a responsabilidade criminal, deste modo, é impossível que a Polícia adquira quaisquer produtos contra a Lei. Wong Sio Chak explicou que a Polícia tem de ter conhecimento sobre a tecnologia policial mais actualizada, permitida pela Lei e de prática internacional. Referiu que as exposições internacionais de produtos de tecnologia informática, ou a promoção dos fabricantes ou fornecedores destes produtos, permitem à Polícia local ter melhor conhecimento sobre a tecnologia mais avançada neste domínio, correspondendo aos trabalhos de investigação e anti-investigação das autoridades policiais. Entretanto, em relação ao relatório que coloca em causa os esforços de Macau no combate ao tráfico humano, Wong Sio Chak não concordou com o relatório, frisando que RAEM tem conseguido certos avanços no combate ao tráfico humano, e muitas considerações e conclusões constantes do relatório são infundadas e não correspondem à verdadeira realidade do território. Wong Sio Chak mencionou ainda que a Polícia Judiciária está atenta aos recentes casos de tráfico de drogas pelos jovens de Hong Kong em Macau, e já comunicou esta situação à Polícia de Hong Kong na reunião sobre a investigação criminal entre Guangdong, Hong Kong e Macau, realizada no início de Junho do corrente ano. Adiantou que as autoridades policiais de Macau e Hong Kong vão continuar a manter uma comunicação estreita, o que inclui informar as leis de Macau a Hong Kong para que possa ser reforçada a sensibilização naquele território enquanto a Macau irá reforçar a patrulha nos postos fronteiriços. O mesmo dirigente adiantou que face à alta densidade populacional e mais casos de tráfico e venda de droga na zona norte, a Divisão de Investigação e Combate ao Tráfico de Estupefacientes da PJ irá instalar uma estação nessa zona.