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Pesquisa dos Serviços de Saúde revela que risco de proliferação de mosquitos nos Barcos de Pesca baixou em 2015


Os Serviços de Saúde realizaram, entre os passados dias 1 e 5 de Junho, uma investigação sobre a proliferação de mosquitos nas embarcações de pesca. Os resultados dessa pesquisa, que avalia três níveis de propagação, demonstra uma diminuição do nível de risco. Ou seja, a possibilidade de os barcos de pesca poderem transportar para Macau, de outros territórios, os vários tipos de mosquitos portadores de vírus, na sequência de eventuais viagens de longo curso, baixou. Assim os Serviços de Saúde apelam a todos os pescadores que reforcem a limpeza das embarcações, nomeadamente o trabalho relativo à eliminação das fontes de proliferação de mosquitos nos barcos de pesca. Os Serviços de Saúde, desde 2002, que em conjunto com a Direcção dos Serviços de Assuntos Marítimos e de Água e a Associação de Ajuda Mútua dos Pescadores, têm procedido, anualmente, no período de defeso, à pesquisa de fontes de proliferação de vectores nos barcos que ancoram no porto interior e procedendo também a acções de esclarecimento sobre métodos para prevenir a proliferação de de mosquitos, os quais podem ser transmissores da febre de dengue, dentro das embarcações. A pesquisa deste ano é semelhante com as do passado que se destina essencialmente a medir 3 índices, designadamente, o Índice Bretaeu, o Índice de Habitação e o Índice de Recipiente. • O Índice Bretaeu é relativo a proporção do número de recipientes com larvas ou crisálidas que podem ser transmissoras da febre de dengue, para um determinado número de barcos de pesca de pesquisa, multiplicada por 100 (cem). Quanto mais alto for o índice, maior é a possibilidade de propagação da febre de dengue. Os resultados da pesquisa no índice Bretaeu revelaram um valor – 16,9. • O Índice de Habitação relaciona o número de barcos de pesca que têm recipientes com larvas ou crisálidas que podem ser transmissoras da febre de dengue, em cada 100 (cem) barcos de pesca, sendo o valor de 2014 de 14,6%. • O Índice de Recipiente indica o número dos recipientes com larvas ou crisálidas que podem ser transmissoras da febre de dengue, em cada 100 (cem) recipientes com água. Os resultados de 2014 são de 2,6% (vide a tabela I). Os três índices desta pesquisa evidenciam uma descida (vide o mapa I, tabela I) em comparação com os valores obtidos no ano anterior, mas, contudo, ainda se mantêm um nível elevado de risco de propagação da febre de dengue. Os baldes, as condutas de esgotos, as tinas e os pneus são as fontes de proliferação de mosquitos mais frequentes nos barcos. Estes locais, ou seja, os baldes, os condutos de esgotos e as tinas representam 73,3% dos reservatórios de vigilância de larvas, bem como, os pneus representaram 26,7% dos reservatórios de vigilância de larvas. Os mosquitos “Aedes Albopictus” que podem transmitir a Febre de Dengue, são encontrados com frequência em Macau e sendo esta uma cidade turística, existe diariamente uma população flutuante considerável, daí que se o território não estiver bem preparado para combater e prevenir surtos de situações de febre de dengue importada corre o risco de um eventual surto. Assim, os Serviços de Saúde apelam aos pescadores que reforcem a limpeza dos barcos, nomeadamente aumentem o trabalho de eliminação das fontes de proliferação de mosquitos nos barcos de pesca, nomeadamente, a limpeza de recipientes com água, tais como baldes, condutas de esgotos, tinas, de modo a que previna a disseminação de doenças pelo vector transmissor da Febre do Dengue. Por outro lado, os residentes não podem abrandar o trabalho de eliminação das fontes de proliferação de mosquitos, quer estejam elas no interior ou no exterior das casas e dos locais de trabalho. A par disso, os cidadãos devem também, quando viajarem ou trabalharem no exterior, adoptar medidas para evitar a picada de mosquitos; se, depois do seu regresso a Macau, aparecerem sintomas como febre e erupção cutânea, devem recorrer, logo que possível, ao médico e tomar medidas para evitar mosquitos, não podendo protelar o tratamento médico, sob pena de poderem provocar a propagação da doença. * viden em anexo