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Risco de proliferação de mosquitos nos Barcos de Pesca baixou em 2016 de acordo com pesquisa dos Serviços de Saúde


Os Serviços de Saúde realizaram, entre os passados dias 30 de Maio e 3 de Junho, uma investigação sobre a proliferação de mosquitos nas embarcações de pesca. Os resultados dessa pesquisa, que avalia três níveis de propagação, demonstra uma diminuição do nível de risco, quandocomparado com os resultados do ano passado. Ou seja, a possibilidade de os barcos de pesca poderem transportar para Macau, de outros territórios, vários tipos de mosquitos portadores de vírus, na sequência de eventuais viagens de longo curso, baixou, mas, contudo, ainda se mantêm um nível de risco considerado elevado. Assim os Serviços de Saúde apelam a todos os pescadores que reforcem a limpeza das embarcações, nomeadamente o trabalho relativo à eliminação das fontes de proliferação de mosquitos nos barcos de pesca. Os Serviços de Saúde, desde 2002, que em conjunto com a Direcção dos Serviços de Assuntos Marítimos e de Água e a Associação de Ajuda Mútua dos Pescadores, têm procedido, anualmente, no período de defeso, à pesquisa de fontes de proliferação de vectores nos barcos que ancoram no porto interior, além de promovoer acções de esclarecimento sobre métodos para prevenir a proliferação de de mosquitos, que podem ser transmissores da febre de dengue, dentro das embarcações. A pesquisa efectuada em 2016 é semelhante com às realizadas em 2015e visaram, essencialmente, a medição 3 índices, designadamente, o Índice Bretaeu, o Índice de Habitação e o Índice de Recipiente. • O Índice Bretaeu é relativo a proporção do número de recipientes com larvas ou crisálidas que podem ser transmissoras da febre de dengue, para um determinado número de barcos de pesca de pesquisa, multiplicada por 100 (cem). Quanto mais alto for o índice, maior é a possibilidade de propagação da febre de dengue. Os resultados da pesquisa no índice Bretaeu revelaram um valor – 15,2. • O Índice de Habitação relaciona o número de barcos de pesca que têm recipientes com larvas ou crisálidas que podem ser transmissoras da febre de dengue, em cada 100 (cem) barcos de pesca, sendo o valor de 12,7%. • O Índice de Recipiente indica o número dos recipientes com larvas ou crisálidas que podem ser transmissoras da febre de dengue, em cada 100 (cem) recipientes com água. Os resultados são de 1,9% (vide a tabela I). Os três índices desta pesquisa evidenciam uma descida (ver mapa I, tabela I) em comparação com os valores obtidos no ano anterior, mas, contudo, ainda se mantêm um nível elevado de risco de propagação da febre de dengue. Os baldes, as condutas de esgotos, as tinas e os pneus são as fontes de proliferação de mosquitos mais frequentes nos barcos. Os baldes, as condutas de esgotos e as tinas representam 91,7% dos reservatórios de vigilância de larvas, bem como, os pneus representaram 8,3% dos reservatórios de vigilância de larvas. Os mosquitos “Aedes Albopictus” são encontrados com frequência em Macau pelo que é necessário prevenir situações de febre de dengue ou de infecção pelo vírus Zika para evitar eventuais surtos. Actualmente as condições climatéricas em Macau são propicias à propagação de doenças por vectores transmissores, como o mosquito, pelo que se mantêm um nível elevado de risco. Assim, os Serviços de Saúde apelam aos pescadores que reforcem a limpeza dos barcos, nomeadamente aumentem o trabalho de eliminação das fontes de proliferação de mosquitos nos barcos de pesca. Por outro lado, os residentes não devem abrandar o trabalho de eliminação das fontes de proliferação de mosquitos, quer estejam elas no interior ou no exterior das casas e dos locais de trabalho. Os cidadãos devem também, quando viajarem ou trabalharem no exterior, adoptar medidas para evitar picadas de mosquitos. No entanto se após o regresso a Macau, aparecerem sintomas como febre e erupção cutânea, devem recorrer, logo que possível, ao médico e tomar medidas para evitar mosquitos, não podendo protelar o tratamento médico, sob pena de poderem provocar a propagação da doença.