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Empresas Portuguesas consideram que a visita da Delegação do “Grupo 9+2” da Região do Pan-Delta do Rio das Pérolas a Portugal reveste-se de especial significado Macau, ponto importante para aproximar a China e os Países de Língua Portuguesa

Estação de carregamento de baterias para carros eléctricos instalada em Lisboa

Em face da tendência do desenvolvimento da “internet+”, aliado ao facto de, no 13.º Plano Quinquenal da República Popular da China e nos “Pareceres Orientadores sobre o Aprofundamento do Desenvolvimento da Região do Pan-Delta do Rio das Pérolas”, promulgados pelo Conselho de Estado da República Popular da China, ter mencionado a construção de “cidade inteligente” e esforços no sentido de desenvolver o “transporte inteligente”, softwares de gestão de grande escala e tecnologia de inteligência artificial, pelo que, a Delegação de Visita de Estudo dos Representantes do “Grupo 9+2” da Região do Pan-Delta do Rio das Pérolas a Portugal e Bélgica, organizada pelo Governo da Região Administrativa Especial de Macau, (adiante designada abreviadamente por “Delegação do Grupo 9+2”), efectuaram visitas de estudo in loco a quatro empresas dos sectores acima mencionados, tendo as mesmas também participado no “Seminário dos Representantes do “Grupo 9+2” da Região do Pan-Delta do Rio das Pérolas e Empresários de Portugal”. Durante o intercâmbio, algumas empresas portuguesas mostraram-se optimistas sobre o mercado do Interior da China, e consideram que a presente visita dos representantes dos governos das províncias e regiões que compõem o “Grupo 9+2” se reveste de especial significado, dado que, não só reforça o conhecimento entre as duas partes e proporcionou oportunidades para exploração da viabilidade de cooperação no futuro, como também, reconhecem que Macau se trata de um ponto importante para aproximar a China e os países lusófonos. A par disso, houve empresas portuguesas que propuseram também a criação de “Fundo de Anjos” (Angel Funds) para ajudar Pequenas e Médias Empresas iniciantes (start-up), para, através do “trampolim” representado por Portugal entrar nos mercados da União Europeia. Recolha de grande quantidade de dados de tráfego para formulação de políticas incentivadores de “viagens verdes” Durante a estadia em Portugal, a referida Delegação, composta por 35 elementos, efectuou visitas de estudo às empresas avançadas de Portugal, nos ramos de transporte e negócios marítimos, incluindo, CEIIA (Portugal), Abyssal, Siscog e Infraestruturas de Portugal. Entre elas, a CEIIA é uma empresa pública estabelecida no Porto, especializada em prestar serviços personalizados de análise e estudos, formação de pessoal e apoio tecnológico às Pequenas e Médias Empresas que tenham integrado naquele grupo de empresas. De acordo com o seu Director Comercial e de Inovação, Dr. Miguel Pinto, a CEIIA, além da disponibilização de softwares e hardwares de apoio, ajuda também às empresas arranjar financiamentos de montantes elevados, no sentido de, sob a forma de “as grandes empresas e ajudarem a cultivar as menores”, elevar a competitividade das PME´s, ajudando-as a “realizar o sonho empreendedor” e entrar no mercado.Além disso, o Dr. Miguel Pinto partilhou também com os membros da Delegação do “Grupo 9+2” o sistema de aplicação em tempo real de motocicletas eléctricas, cuja pesquisa e desenvolvimento, combinando a tendência actual da “internet+”, foram realizados pela sua empresa, incluindo, nomeadamente, a colocação de encomendas e levantamento de motocicletas eléctricas, controle das distâncias/quilometragens das motocicletas eléctricas, situação de carregamento das baterias, etc. A recolha de “grande quantidade de dados” por recursos tecnológicos, tem em vista, a prestação de serviços mais operacionais, para incentivar os residentes a utilizar “transportes verdes”. Intenção de participar novamente no MIECF A participação de Manuel Pinto no Fórum e Exposição Internacional de Cooperação Ambiental de Macau (MIECF, na sigla inglesa), remonta a 2011, tendo em vista a sua auto-promoção. Desde o seu início, em 2008, o Fórum e Exposição Internacional de Cooperação Ambiental de Macau (MIECF) obteve grande apoio das províncias e regiões que compõem o “9+1” da Região do Pan-Delta do Rio das Pérolas, promovendo em conjunto o referido evento, que já se tornou numa actividade de marca no seio daquela Região. Em face disto, aliado ao facto de, nos anos recentes, a importância dada pelos mercados do Continente Chinês ao transporte inteligente, Dr. Miguel Pinto manifestou interesse em participar no MIECF, a realizar-se no próximo ano, com vista a explorar oportunidades de negócio. Pretensão de utilizar a plataforma de Macau para promover o sistema de exploração do leito marinho para o Interior da China e outros mercados internacionais O CEO da Abyssal, Dr. Rafael Simão, fez uma apresentação aos membros de Delegação sobre o sistema de exploração do leito marinho em águas profundas da sua empresa. O referido sistema faz a recolha de dados numa profundidade de 200 mil metros do fundo do mar, pelo que é propício para utilização nos projectos de exploração de petróleo e gás natural. Disse que a Abyssal foi fundada em 2012, não tendo, por enquanto, estabelecido relações comerciais com empresas do Interior da China. Tendo em consideração as relações históricas entre Macau e Portugal, e sendo também a RAEM uma “plataforma de serviços para a cooperação económica e comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa”, entende que é possível aproveitar Macau para introduzir o seu sistema para o Interior da China e mesmo para os mercados internacionais. Desejos de aproveitar a visita da Delegação para colaborar com empresas chinesas para abrir “um novo capítulo” O Presidente da Comissão Executiva da Siscog, Dr. Ernesto Morgado, disse que a sua empresa fez grandes esforços no sentido de abrir os mercados no Interior da China, tendo estabelecido contactos preliminares com as empresas ferroviárias de Beijing, Shanghai e Tianjin, pelo que considera que a presente visita dos representantes dos governos das províncias e regiões que compõem o “Grupo 9+2”, se reveste de especial significado. Admitiu que, no decorrer dos contactos estabelecidos com as empresas do Interior da China, os termos da cooperação envolvem também políticas e orientações dos governos locais, pelo que, a presente visita, permite, por um lado, aos representantes dos governos e regiões da Região do Pan-Delta do Rio das Pérolas conhecer melhor o funcionamento da sua empresa, e, por outro lado, disseminar as informações sobre a sua empresa para as diferentes províncias e regiões chinesas, beneficiando, assim, a cooperação entre as duas partes. Além disso, através da presente visita, apercebeu que podia utilizar a plataforma de serviços comerciais para a cooperação económica e comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa, assumida por Macau, para encurtar a distância entre as empresas lusófonas com as suas congéneres no Interior da China. Votos de uma cooperação mais estreita com as empresas chinesas As Infraestruturas de Portugal participou, neste ano, no 7.º Fórum Internacional sobre o Investimento e Construção de Infraestruturas, realizado em Macau, e já chegou a acordo de cooperação com as empresas do Interior da China. Os seus representantes conduziram a Delegação do “Grupo 9+2” para uma visita à centenária Estação de Metro do Rossio. O seu Presidente, Dr. António Ramalho disse que a sua empresa tem capacidade para prestar uma vasta gama de serviços ferroviários, incluindo pesquisa e investigação, planeamento, execução e operação de sistemas ferroviários inteligentes. Manifestou também desejos de continuar a cooperar com as empresas do Interior da China. Apelo para que Macau possa tomar o exemplo e a experiência do programa de “empresas iniciantes” (Start-up) de Lisboa para activar o desenvolvimento da províncias e regiões que compõem o “Grupo 9+1” da Região do Pan-Delta do Rio das Pérolas Além disso, o Cofundador e CEO da Beta-i, Dr. Pedro Rocha Vieira explicou que a sua empresa encontra-se a prestar apoio às empresas iniciantes (Start-up) do ramo de tecnologias. Desde a sua fundação, há seis anos, através do Plano “Lisbon Challenge”, conseguiu, com êxito, incubar 120 empresas de tecnologia dotadas de espírito inovador. Considera que o desenvolvimento de empresas iniciantes podem, por um lado, alterar o posicionamento de Lisboa, e, por outro lado, proporcionar aos investidores e empreendedores internacionais ter uma imagem, percepção e conceitos completamente novos sobre Lisboa. Dado que Portugal é um dos membros da União Europeia, pelo que ele afirmou que as empresas investidoras são bem-vindas a estabelecer Fundos de Anjos (Angel Funds) para as empresas iniciantes (Start-ups), utilizando Portugal como “trampolim” de Portugal para entrar nos mercados da União Europeia. Além disso, perante a necessidade da RAEM diversificar adequadamente a sua economia, e, sendo ela também um dos membros da Região do Pan-Delta do Rio das Pérolas, sugeriu que tomasse como referência a iniciativa de Lisboa, promovendo activamente as empresas iniciantes (Start-up), trazendo não só “sangue novo” para a indústria, mas também atrair a participação de maior número de investidores internacionais, podendo também, ao mesmo tempo, desenvolver as suas próprias vantagens, derivadas do seu papel de plataforma, e liderar o desenvolvimento sinergético do “Grupo 9+1” da Região do Pan-Delta do Rio das Pérolas.

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