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Governo da RAEM presta a maior atenção ao resultado do referendo à Saída da Grã-Bretanha da União Europeia A RAEM dispõe de capacidade suficiente para fazer face às flutuações eventuais do mercado financeiro

O Secretário para a Economia e Finanças, Sr. Leong Vai Tac realizou, hoje (dia 24), uma reunião de trabalho com a Autoridade Monetária de Macau (AMCM), solicitando a prestação da maior atenção, por esta entidade, às consequências derivadas da “Saída da Grã-Bretanha da União Europeia”.

Uma grande atenção é dada pelo Governo da RAEM à evolução actual do “Referendo à Saída da Grã-Bretanha da União Europeia” e às influências a nível económico e financeiro que possam resultar no cenário internacional e regional. O Secretário para a Economia e Finanças, Sr. Leong Vai Tac, desloca-se, hoje (dia 24) à Autoridade Monetária de Macau (AMCM) para realizar uma reunião de trabalho com os seus dirigentes. Sobre esta matéria, o Secretário, Sr. Leong Vai Tac, solicita a prestação da maior atenção, por parte da AMCM, às consequências derivadas do desenvolvimento do incidente “Saída da Grã-Bretanha da União Europeia”, nos mercados financeiro e monetário de Macau, de modo a reforçar a comunicação e a coordenação com as instituições financeiras locais, bem como a tomar, atempadamente, providências, quando a situação o justifique, mantendo a estabilidade económica e financeira de Macau. Por outro lado, o Secretário para a Economia e Finanças já relatou a situação ao Chefe do Executivo. A AMCM já definiu uma plataforma de resposta às consequências que possam resultar do “Referendo à Saída Grã-Bretanha da União Europeia”. Hoje (dia 24), foram desencadeados, de imediato, os correspondentes mecanismos de supervisão e de resposta ao incidente. Apesar de as implicações do resultado do “Referendo à Saída da Grã-Bretanha da União Europeia” a resultar nas tendências económicas internacionais e nos mercados financeiros serem muito profundas, prevê-se que o impacto na RAEM deva ser relativamente limitado, na medida em que, por um lado, a percentagem dos activos denominados em libras esterlinas, detidas pela Reserva Cambial de Macau, é muito reduzida e, por outro, o volume de comércio com o Reino Unido é pequeno e Macau não dispõe de mercado de capitais de acções. Assim, o Governo da RAEM reitera que dispõe de liquidez suficiente para fazer face a este incidente súbito, porque o rácio de adequação de capital do sector bancário local é bastante elevado e o rácio de liquidez a curto prazo, de um e três meses ultrapassa, igualmente, 50%, o que é distantemente elevado dos níveis gerais internacionais, na ordem dos 25% aos 30%. Além disso, tendo em atenção que é adoptado em Macau o Regime “Currency Board”, os fundos da Reserva Cambial são denominados, principalmente, em activos em USD e HKD, os activos em libras esterlinas representam apenas 0,35%, ao passo que a Reserva Financeira não dispõe de quaisquer activos em libras esterlinas, continuando a ser representada, principalmente, por activos em USD, HKD e RMB (que excedem, no total, 95%). A situação financeira e das finanças de Macau continua a manter-se estável. Até finais de Maio de 2016, o total dos activos da Reserva Cambial da RAEM ascendeu, segundo as estatísticas preliminares, a MOP150,5 mil milhões (cerca de USD18,8 mil milhões). Em finais de Maio, o valor total dos activos em divisas corresponde, aproximadamente, a 12 vezes o valor da moeda em circulação em Macau, reportado a finais de Abril de 2016 ou a 105,9% da parte da Pataca, na Oferta monetária ampla (M2). Aliás, até finais de Abril, o valor total dos activos da Reserva Financeira da RAEM cifrou-se, segundo as estatísticas preliminares, em MOP436,22 mil milhões (nele não se incluindo os saldos financeiros do ano económico de 2015, na ordem dos MOP29,299 mil milhões). No sistema bancário local, no capítulo dos activos estrangeiros, a proporção de crédito sobre a Grã-Bretanha cifra-se apenas em 2,1%, correspondendo a cerca de MOP17,8 mil milhões. Apesar de se constatar um aumento dos investimentos realizados pelos residentes de Macau, nos títulos emitidos pelas entidades britânicas, que ascenderam, no ano passado, a MOP11,7 mil milhões, o peso de tais investimentos representou menos de 3% dos investimentos, por parte dos residentes locais, em títulos emitidos no exterior. Por sua vez, com a capacidade financeira sólida das finanças públicas da RAEM, a situação estável dos pagamentos externos, o sistema de indexação cambial fiável e o sistema financeiro estável, o Governo da RAEM e o sistema financeiro local dispõem de capacidade suficiente para fazer face às flutuações do mercado financeiro. Por outro lado, a programação sobre os investimentos das reservas será feita pela AMCM, de acordo com a evolução do mercado. Por último, tendo em atenção as previsões de o mercado financeiro poder ser caracterizado por flutuações, num determinado horizonte de tempo, o Governo da RAEM apela a população em geral, para que seja prudente e se mantenha muito atenta aos riscos, consoante o seu apetite pelo risco.

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