O Comissariado contra a Corrupção (CCAC) detectou recentemente dois casos suspeitos de falsificação de documentos para obtenção fraudulenta do subsídio complementar aos rendimentos do trabalho nos montantes de mais de 200.000 patacas e 700.000 patacas. Os indivíduos envolvidos terão cometido os crimes de falsificação de documento e burla previstos no Código Penal, tendo os casos sido encaminhados para o Ministério Público. As medidas provisórias do subsídio complementar aos rendimentos do trabalho foram lançadas pelo Governo da RAEM em Janeiro de 2008, com vista a atribuir o subsídio complementar aos rendimentos do trabalho, aos residentes permanentes da RAEM com baixos rendimentos, por forma a aliviar a pressão da vida. De acordo com as mesmas, só podem requerer a atribuição deste subsídio os indivíduos que tenham um número de horas de trabalho mensais não inferior ao previsto e que aufiram um rendimento trimestral não superior ao montante estipulado. Num dos casos, entre os anos de 2009 e 2014, o proprietário de uma empresa de administração de condomínios e limpeza, prestou à Direcção dos Serviços de Finanças (DSF), no requerimento do subsídio complementar aos rendimentos do trabalho, a favor dos seus trabalhadores, informações falsas, declarando, nomeadamente, montantes de rendimento do trabalho inferiores aos que verdadeiramente recebiam e um número de horas de trabalho que não correspondia à realidade, tendo ainda, no intuito de receber o referido subsídio, falsificado as informações relativas aos trabalhadores contratados, envolvendo tal burla um montante no total de mais de 700.000 patacas. Relativamente ao segundo caso, entre os anos de 2012 e 2015, o presidente do conselho de administração de um edifício, no requerimento do subsídio complementar aos rendimentos do trabalho a favor de administradores de condomínio, declarou à DSF, de forma dolosa, montantes de rendimento do trabalho inferiores aos que aqueles verdadeiramente recebiam, sendo uma parte dos respectivos salários paga sob a descrição “subsídio e prémio” e num dia diferente do de pagamento do salário, com o objectivo de ocultar a totalidade dos rendimentos auferidos por estes trabalhadores, tendo assim recebido, por meios fraudulentos, mais de 200.000 patacas de subsídio atribuído pelo Governo da RAEM.
Detectados dois casos suspeitos de falsificação de documentos para obtenção fraudulenta de subsídio complementar aos rendimentos do trabalho
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