O secretário para a Segurança, Wong Chio Chak, referiu, hoje (13 de Maio), que, na sequência da avaria do sistema informático de migração, causando grandes inconvenientes aos residentes e turistas, os serviços competentes activaram de imediato o plano de contingência, e garantiu que para evitar situações semelhantes, no futuro, e assegurar a fluidez na passagem das fronteiras, está prevista a entrada, entre os meses de Julho a Setembro, em funcionamento do segundo subsistema de migração, estando-se ainda a estudar a possibilidade de um terceiro subsistema. Ao falar à comunicação social após a cerimónia de encerramento do 22° Curso de Formação de Instruendos, Wong Sio Chak lembrou que aquando da avaria do sistema informático de migração, verificada no mês de Abril deste ano, os serviços competentes mobilizaram, imediatamente, pessoal para o local a fim de dirigir as operações e, assim, garantiu-se pessoal suficiente nas instalações para fazer face à situação. Salientou o pedido de desculpas dos serviços aos residentes e turistas pelos inconvenientes causados, e afirmou haver ainda espaço para melhorar todo o sistema de migração. Revelou que o segundo subsistema encontra-se em fase de teste e espera que, ao proceder-se à actualização do equipamento, este possa entrar em funcionamento entre os meses de Julho e Setembro do corrente ano. Explicou que o subsistema irá funcionar em simultâneo com o sistema principal, com o objectivo de aliviar a sobrecarga do sistema principal. Acrescentou que, caso o sistema principal falhe, o segundo subsistema continua a funcionar, assegurando que se evitem avarias semelhantes, adiantando que a possibilidade da existência de um terceiro subsistema reforçará o sistema de passagem nas fronteiras. Frisou que o sistema principal já existia, e no ano passado sentiu-se a urgência de se criar um segundo subsistema, no entanto antes da conclusão dos testes, registou-se a avaria do sistema. Esclareceu que não existe calendarização para a criação do terceiro do subsistema por motivos técnicos, pois será necessário mais tempo para estudos e avaliações. O mesmo responsável salientou que o caso foi uma falha informática, e que a avaria no sistema informático de migração não se tratou de um ataque informático, e que não há razões para os residentes se preocuparem. Relativamente à aplicação de sanções ao fornecedor do sistema, o mesmo responsável afirmou que o governo deve cumprir o espírito de contrato, e vai pedir responsabilidades conforme as disposições no mesmo. Contudo, neste caso, o fornecedor cumpriu com as suas obrigações e responsabilidades previstas no contrato. Acrescentou que caso haja necessidade de elaborar disposições contratuais mais rigorosas, será necessário satisfazer e respeitar os respectivos regulamentos comerciais. Ao ser questionado pela comunicação social sobre o trabalho no combate ao tráfico e consumo de drogas de jovens de Hong Kong em Macau, Wong Sio Chak revelou que, de acordo com estatísticas, no ano de 2014 registou-se um total de 25 pessoas que procedeu ao tráfico e consumo de drogas de jovens de Hong Kong em Macau, e que este número aumentou para 49 pessoas, em 2015. Indicou que esta questão foi apresentada na reunião sobre a investigação criminal entre Guangdong, Hong Kong e Macau, realizada a meio do ano de 2015. Acrescentou que, quando o secretário para a Segurança de Hong Kong, Lai Tung-kwok, se deslocou a Macau para encontros com as entidades homólogas locais, este assunto foi abordado de novo, e em resultado as polícias de Macau e Hong Kong reforçaram a cooperação no âmbito de troca de informações e coordenação de operações policiais. Revelou que, durante os primeiros quatro meses do corrente ano, registaram-se casos envolvendo apenas seis pessoas, o que veio comprovar os bons resultados da cooperação entre os dois territórios. O secretário aproveitou para sublinhar que o combate à droga não pode relaxar. Adiantou que a lei de combate à droga, em vigor, não alcança os objectivos do legislador, lembrando que ele próprio enquanto director da Polícia Judiciária já tinha defendido a necessidade de se proceder a uma revisão legislativa desta matéria com o agravamento das penas. Revelou que a proposta de revisão da lei de combate à droga já foi entregue para apreciação e debate na Assembleia Legislativa. Acrescentou que as autoridades da segurança esperam que a referida proposta possa ser aprovada, o mais rápido possível, com o objectivo de reforçar o efeito de dissuasão e também atribuir às policiais maior poder de prevenção e combate a crimes relacionados com droga.