A chave para impulsionar o desenvolvimento económico adequado de Macau assenta na alteração da dependência excessivamente da economia do sector do jogo, e na construção de um bom ambiente para o desenvolvimento articulado da indústria do jogo e do sector não-jogo. O Governo vai promover, nos próximos cinco anos, de forma dinâmica e activa, o desenvolvimento saudável da indústria do jogo, e lançar quatro grandes medidas para assegurar a gestão regulada e o desenvolvimento sustentável da indústria do jogo. Vai ainda incentivar o aumento da qualidade da indústria do jogo, de forma a conseguir uma indústria “sofisticada e robusta” e “honesta e de qualidade”. Primeiro, aperfeiçoar os diplomas e regulamentos legais relacionados com a indústria do jogo, com base nas conclusões do relatório intercalar; segundo, promover o jogo responsável, para reforçar a responsabilidade social da indústria do jogo; terceiro, elevar a qualidade do pessoal que trabalha neste sector; quarto e último, aperfeiçoar recursos, instalações, equipamentos e o ambiente da indústria do jogo. Ao mesmo tempo que se impulsiona o desenvolvimento saudável da indústria do jogo, será mantida a dimensão adequada da mesma, e será promovido o crescimento das componentes não-jogo. Assim, as respectivas medidas são: primeiro, aumentar a eficácia dos elementos do sector não-jogo relacionados com esta indústria, construindo complexos turísticos com maior variedade de serviços de lazer, acolhedores e saudáveis, de comércio e negócios, de convenções e exposições, e de actividades multiculturais, entre outros. Pretende-se ainda subir as receitas das actividades não-jogo das concessionárias de exploração dos jogos de fortuna e azar, de 6,6 por cento do total das receitas do Jogo, registadas em 2014, para nove por cento ou superior, em 2020. Segundo, promover, de forma empenhada, o desenvolvimento estável do sector não-jogo, fortalecendo o crescimento da indústria de serviços; terceiro, fomentar o desenvolvimento da indústria de processamento tradicional de Macau, promovendo a modernização da indústria transformadora tradicional, criando produtos com designação de “Made in Macau”. O objectivo é criar um sector abrangente de turismo e lazer para gerar grandes indústrias turísticas de entretenimento de complementaridade recíproca ao turismo e hotelaria, divertimento, restauração, venda a retalho, convenções e exposições, comércio e negócios, entre outros. O Governo planeia a conclusão, em 2017, do “Plano Geral para o Desenvolvimento da Indústria do Turismo de Macau”, que visa coordenar o desenvolvimento deste sector a curto, médio e longo prazo. Serão também aperfeiçoados, de forma contínua, os diplomas e regulamentos legais relativos ao turismo e às indústrias afins. Para se conseguir construir um sector turístico abrangente, nos próximos cinco anos, o foco reside no enriquecimento dos produtos turístico de Macau e na exploração do mercado turístico. Em primeiro lugar, serão criados serviços diversificados de turismo e complexos turísticos, como ainda promovido o turismo cultural, de lazer, marítimo, de saúde e diversificar o turismo nos diferentes bairros da cidade, construindo um “turismo de qualidade” e “roteiros especiais”. No âmbito da exploração do mercado turístico e da promoção turística no exterior, o Governo vai reforçar a promoção no mercado turístico nacional, e estará determinado em abrir, de forma activa, novos mercados na Ásia, na Europa, nas Américas, na Austrália e na Nova Zelândia. O Governo envidará esforços na promoção do turismo cultural, tendo como objectivo moldar a nova imagem do turismo cultural de Macau, explorar de forma dinâmica o mercado turístico, integrar e vitalizar, de forma activa, os recursos do turismo cultural. Os principais trabalhos são: Primeiro, reforçar o desenvolvimento da indústria cultural e criativa. Impulsionar a ligação entre a indústria cultural e criativa, integrar factores e conceitos do multiculturalismo de Macau na exploração de produtos, na concepção e na promulgação de projectos turísticos. Segundo, explorar os recursos da cultura gastronómica, através do lançamento de políticas de apoio e medidas de financiamento, melhorar as condições de funcionamento dos pequenos e tradicionais estabelecimentos de restauração com características próprias, incluindo-os nos programas de turismo cultural. Uma outra forma de divulgação será a organização do “festival de gastronomia” e das “festividades comunitárias”, entre outras actividades com características próprias, originando o turismo gastronómico com características específicas locais. Terceiro, desenvolver e explorar mais e novos produtos turísticos culturais, tais como as palafitas em Coloane, passeios de barco, “Projecto das esplanadas no Lago Nam Van”, “Projecto de optimização das Casas Museu da Taipa”, espectáculos de projecção de luz, Festival Internacional de Cinema, promoção do Grande Prémio, organização de novos espectáculos, “Plano de promoção das Igrejas e Templos” e o “Plano promocional dos triciclos”, etc. Quarto, promover, de forma empenhada, a formação de talentos para o turismo cultural, criando um sistema ligado às indústrias cultural e criativa, restauração e lazer, entre outras. Quinto, divulgar e promover produtos do turismo cultural. Intensificar a promoção de roteiros pedonais “Step Out, Macau”, no sentido de incentivar residentes e os turistas a conhecerem e fazerem passeios a pé nas zonas culturais e criativas, e ainda divulgar, em Macau e no exterior, os ricos produtos turísticos e culturais locais.