Nos próximos cinco anos, a política para as novas indústrias de Macau dará prioridade aos sectores de feiras e eventos, de medicina e medicamentos tradicionais chineses, além das indústrias culturais criativas. Feiras e eventos é um sector chave, a ser desenvolvido com cuidado, pelo papel que desempenha nos na Região Administrativa Especial de Macau (RAEM), e que implica elevados esforços do Governo na promoção da diversificação adequada da economia local. Tal sector já realizou progressos satisfatórios, inclusive. Em anos recentes, seja em termos de quantidade, de renda ou de criação de mercado, as feiras e eventos têm manifestado um desenvolvimento crescente. Os 266 eventos registados em 2002 multiplicaram-se para 909 em 2015. Os rendimentos do sector, que eram de 10 milhões de patacas em 2007, chegaram a 276 milhões em 2014. A dinâmica de mercado também possui uma tendência de crescimento cada vez mais nítida: a proporção de subsídios governamentais caiu de 71.5% (2012) para 54.4% (2015). O 13º Plano Quinquenal determina com clareza: “ [deve-se] apoiar Macau a desenvolver activamente sectores como o das feiras e eventos, concedendo impulso à diversificação adequada da economia”. Para tal, o Governo pretende editar uma série de medidas voltadas para estimular a realização de feiras e eventos e, por meio da cooperação regional, buscar um reforço às medidas levadas a cabo a nível local.. O Governo também irá priorizar, como direcção geral, a realização de reuniões sobre eventos de outra natureza, como por exemplo sediar reuniões internacionais de alto perfil.. Este é um caminho para a ampliação da área para eventos e fortalecimento das marcas com especificidades locais. Até 2020, a RAEM lançará esforços para expandir a área total dedicada a eventos, que passará dos 180 mil m2 (2015) para cerca de 210 mil m2. Em cinco anos, a quantidade de marcas locais participantes nas feiras e eventos também deve superar as 11 registadas em 2015. Difundir a cultura da medicina e dos remédios tradicionais chineses para o mundo é um dos principais objectivos. Para além do facto de que a medicina e os medicamentos tradicionais chineses são algo comum em Macau, para além das vantagens comparativas da RAEM no que diz respeito aos contactos com o mercado dos países de língua portuguesa, é preciso reconhecer que há um conjunto de condições a restringir o seu desenvolvimento. Igualmente, o mercado regional e internacional, encontra-se numa etapa preliminar de maturação. Nos próximos cinco anos, Macau irá empenhar-se em fazer bom uso das vantagens comparativas que possuiu comojanela para o estrangeiro, integrando a estratégia de “Uma Faixa, Uma Rota” para criar novas oportunidades para o desenvolvimento internacional da medicina e medicamentos tradicionais chineses. Com o objectivo de impulsionar a cultura da medicina tradicional chinesa e da sua tecnologia para o mundo, o Governo criar várias medidas, tais como dar maior amplitude ao uso e à investigação realizados localmente, organizar campanhas culturais; divulgar primeiro a medicina, praticada por por médicos de renome para incentivar, num segundo momento, o uso de medicamentos; e também desenvolver o comércio de serviços no ramo. Em cinco anos, o Governo utilizou principalmente três tipos de medidas para desenvolver o sector da medicina e medicamentos tradicionais: em primeiro lugar,o aperfeiçoamento do sistema de padrões aplicáveis; em segundo, a intensificação do desenvolvimento teórico e técnico do sector; finalmente, o Governo estabeleceu um centro internacional de medicina e medicamentos chineses, para promover uma cooperação abrangente com os países de língua portuguesa. Além disso, o Governo continuará a incrementar o apoio e a integração técnica e legal no mercado, desenvolvendo activamente o campo da investigação, elaborando e aperfeiçoando os padrões técnicos. O Governo quer intensificar as suas políticas para apressar o desenvolvimento das indústrias culturais criativas. Depois de muitos anos de promover este sector, já existe uma base para o desenvolvimento dessas indústrias em Macau. Apesar do mercado em questão ainda estar no seu início na RAEM,, há um conjunto de factores na cidade que indicam boas perspectivas: o forte apoio do Governo Central, os incentivos das políticas locais, o vasto mercado turístico, para além da quantidade crescente de empresas envolvidas e do entusiasmo dos jovens. Dentre as iniciativas recentes, o Governo criou o Departamento de Promoção das Indústrias Culturais e Criativas e o Conselho para as Indústrias Culturais, com o objectivo de elaborar um quadro preliminar para as políticas na área. Adicionalmente, instituiu o Fundo das Indústrias Culturais, um organismo de custeio financeiro voltado para o desenvolvimento do sector. Também é digno de nota a adopção de um “Quadro para as Políticas de Desenvolvimento das Indústrias Culturais e Criativas de Macau”; gerido pelo princípio de “sustentar o desenvolvimento de empresas respeitando as regras do mercado”; o “Quadro” utiliza toda uma gama de medidas para dar impulso a essas indústrias”. O Governo quer estimular a prática de auxílio mútuo entre as empresas do ramo; integrá-las na construção de “Um Centro” em Macau, reforçando as características locais do sector; encorajar a criação de um mercado para as indústrias, concedendo apoio para que as empresas locais possam internacionalizar-se; atrair também grandes empresas e programas sustentados por capital estrangeiro, com o fim de acelerar o desenvolvimento das indústrias criativas em Macau. Até 2020, o Governo irá envidar esforços para que o número de Plataformas de Serviços Culturais e Criativos Integrados de Macau seja ampliado de oito (2015) para dez. No mesmo período, o foca será passar paracinquenta os programas em funcionamento na área.
Desenvolver Novas Indústrias e Criar Novos Focos de Crescimento
Há algo de errado com esta página?