Os Serviços de Saúde estão a investigar um caso suspeito de febre amarela numa mulher de 26 anos, que no dia 17 saiu de Angola com destino a Macau e que deu entrada no território, via Hong Kong, no dia 19 de Abril. Atendendo ao país de origem, Angola, onde está a ocorrer um grande surto de febre amarela, esta cidadã foi submetida a um exame ao chegar a Macau. No momento em que foi sujeita ao exame, não foi detectado nenhum sintoma. Contudo, sexta-feira, 22 de Abril, ainda dentro do período de sete (7) dias de vigilância médica (contados a partir da data de saída de Angola) a família informou os Serviços de Saúde que a mulher apresentou sintomas de febre. Neste contexto os Serviços de Saúde deslocaram uma equipa clínica para proceder à vigilância epidemiológica na sua casa e foi efectuado no serviço especial de urgência do Centro Hospitalar Conde de São Januário um exame físico e recolhidas análises para verificação laboratorial de uma eventual detecção do vírus de febre amarela. As análises ainda estão a ser avaliadas. Mal esteja disponível o relatório da análise ele ser publicado imediatamente. Esta mulher encontra-se já em estado considerado estável e não apresenta sintomas de febre. Após a chegada a Macau esta ficou alojada em casa de familiares e ainda não se ausentou de casa. No inquérito efectuado foi possivel perceber que esta mulher, em Angola, não frequentou lugares onde existem surtos de febre amarela. Os seus familiares também não apresentam sintomas. Desde o passado mês de Dezembro de 2015, que eclodiu em Angola, um surto de febre amarela que ainda não está controlado. Existem também casos de cidadãos chineses que foram infectados pela febre amarela e que foram detectados após terem regressado à China. Os Serviços de Saúde de modo a detectarem precocemente eventuais casos implementaram, em conjunto com o Corpo de Polícia de Segurança Pública, nos vários postos fronteiriços um conjunto de medidas medidas preventivas de febre amarela desde a noite do dia 1 de Abril. As medidas principais passam pelo exame de saúde a todos os indivíduos portadores de passaporte de países afectados e que tenham saído daquela zona há menos de sete dias. Caso manifestem sintomas de febre o caso suspeito será enviado ao Centro Hospitalar Conde de São Januário para efeitos de exame e avaliação; caso não haja manifestação de sintomas o pessoal dos dos Serviços de Saúde irá acompanhar diariamente o estado de saúde. A febre-amarela é uma doença transmissível aguda, contraída principalmente através de picadas de mosquitos Aedes, em regiões trópicas da América Central e do Sul e da África. Até aos últimos dias não foi registado nenhum caso em regiões asiáticas. Os sintomas clínicos da doença são essencialmente febre, icterícia, sangramento. Após a infecção só cerca de 5% a 20% das pessoas apresentam sintomas clínicos e apenas uma minoria das pessoas apresentam sintomas graves ou até morte. Ainda não existe tratamento específico contra a febre-amarela, baseando-se principalmente em tratamentos sintomáticos e de suporte. Contudo existem vacinas para a prevenção da mesma. Os Serviços de Saúde apelam aos residentes que queiram viajar para Angola ou outros países e territórios onde existam surtos de febre-amarela, devem recorrer ao Centro de Saúde de Tap Seac ou Centro de Saúde de Jardim de Oceano de Taipa para submeter à vacina contra a febre amarela, dez (10) dias pelo menos antes de viajar para os países afectados e que durante a estadia, devem tomar medidas para evitar picados de mosquitos, tais como, devem vestir roupas com mangas compridas e ficar alojados em sítios com ar condicionado ou instalações antimosquitos. No exterior devem aplicar repelente antimosquitos. Caso haja suspeita de ter contraído a febre-amarela, devem recorrer atempadamente à consulta médica. Para mais informações ou dúvidas, os residentes podem ligar para a linha aberta das doenças transmissíveis dos Serviços de Saúde n.º 28700 800 ou consultar o endereço electrónico dos Serviços de Saúde sobre Informações de doenças transmissíveis http://www.ssm.gov.mo/csr/ .