A Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC) disponibiliza os resultados do Inquérito às Necessidades de Mão-de-Obra e às Remunerações referentes ao quarto trimestre de 2015, efectuado junto dos estabelecimentos do “comércio por grosso e a retalho”, dos “transportes, armazenagem e comunicações”, das “actividades de segurança” e das “actividades de tratamento de resíduos sólidos e líquidos públicos”. Do objecto estatístico deste inquérito excluíram-se os trabalhadores por conta própria. No fim do quarto trimestre de 2015 encontravam-se ao serviço 55.812 trabalhadores no “comércio por grosso e a retalho”, isto é, mais 12,0% em termos anuais, realçando-se que 35.446 trabalhavam no “comércio a retalho”. Em Dezembro de 2015 a remuneração média (excluindo as participações nos lucros e os prémios) dos trabalhadores a tempo completo do “comércio por grosso e a retalho” cifrou-se em 12.480 Patacas, o que traduziu um acréscimo de 4,3%, em termos anuais. Os “transportes, armazenagem e comunicações” tinham ao seu serviço 10.319 trabalhadores, aumentaram 2,9%, face ao quarto trimestre de 2014. Os trabalhadores a tempo completo obtiveram uma remuneração média de 20.510 Patacas em Dezembro de 2015, correspondentes a uma subida de 1,0%, em termos anuais. Nas “actividades de segurança” existiam 10.621 trabalhadores ao serviço, ascenderam 22,5%, em relação ao quarto trimestre de 2014. A remuneração média dos trabalhadores a tempo completo em Dezembro de 2015 foi de 12.470 Patacas, cresceu 11,6%, em termos anuais. As “actividades de tratamento de resíduos sólidos e líquidos públicos” empregavam 851 trabalhadores, ou seja, mais 8,5%, comparativamente ao quarto trimestre de 2014. Os trabalhadores a tempo completo tiveram uma remuneração média de 16.350 Patacas em Dezembro de 2015, equivalendo a um acréscimo de 11,5%, em termos anuais. No fim do quarto trimestre de 2015 existiam 3.780 vagas no “comércio por grosso e a retalho” (-996, em relação ao fim do mesmo trimestre de 2014), das quais 68,8% se destinavam ao “comércio a retalho”. Salienta-se que 1.250 postos vagos pertenciam às “actividades de segurança” e 895 aos “transportes, armazenagem e comunicações”, isto é, menos 163 e 88 vagas, respectivamente, face ao fim do trimestre homólogo de 2014. Em relação aos requisitos de recrutamento, 86,6% das vagas nas “actividades de segurança” exigiam o nível académico inferior ou equivalente ao ensino secundário geral e 48,2% das vagas nos “transportes, armazenagem e comunicações” requeriam o nível académico equivalente ao ensino secundário complementar ou superior. Por seu turno, 51,3% dos postos vagos nas “actividades de tratamento de resíduos sólidos e líquidos públicos” não exigiam nenhum requisito académico. Quanto aos conhecimentos linguísticos, o domínio do mandarim (em 75,3% dos postos vagos) e do inglês (em 44,6% das vagas) era requerido no “comércio a retalho”. Nas “actividades de segurança” o mandarim era exigido em 66,4% dos postos vagos e o inglês em 39,2% das vagas. No trimestre em análise a taxa de vagas (10,9%), a taxa de recrutamento (5,4%) e a taxa de rotatividade (4,7%) das “actividades de segurança” desceram 3,6; 2,8 e 1,0 pontos percentuais, respectivamente, em termos anuais, revelando que a procura de recursos humanos deste ramo de actividade económica se reduziu. Nas “actividades de tratamento de resíduos sólidos e líquidos públicos” a taxa de recrutamento (14,3%) cresceu 11,5 pontos percentuais em termos anuais, enquanto a taxa de vagas (4,4%), baixou 8,9 pontos percentuais, indicando que algumas vagas existentes neste ramo de actividade económica foram preenchidas. Quanto à formação profissional nos ramos de actividade económica inquiridos no trimestre de referência, havia 13.417 pessoas que participaram em 783 cursos de formação fornecidos pelos estabelecimentos (isto é, em cursos organizados pelos estabelecimentos, ou, realizados em conjunto com outras instituições, ou ainda, subsidiados pelos estabelecimentos). Destaca-se que 65,0% dos estabelecimentos das “actividades de segurança” forneceram formação aos seus trabalhadores. No “comércio por grosso e a retalho” registou-se o maior número de formandos (7.486) que assistiram a 492 cursos de formação profissional. Em relação ao tipo de cursos, 66,6% dos formandos do “comércio por grosso e a retalho” e 40,6% dos formandos dos “transportes, armazenagem e comunicações” frequentaram os cursos de comércio e gestão. No que concerne ao pagamento, mais de oitenta por cento dos encargos dos cursos destinados aos empregados foram pagos pelos estabelecimentos em todos os ramos de actividade económica.