O Comité de Emergência do Regulamento Sanitário Internacional da Organização Mundial da Saúde anunciou segunda-feira, 01 de Fevereiro, que a proliferação da Doença do Vírus Zica constituí um caso de "emergência de saúde pública internacional". Os Serviços de Saúde de acordo com as recomendações da Organização Mundial da Saúde, irão adoptar um conjunto de medidas que visam reforçar a vigilância e os planos de contingência relativos à doença do vírus Zika e as eventuais complicações que possam ocorrer. Participaram na reunião do Comité de Emergência do Regulamento Sanitário Internacional da Organização Mundial da Saúde 18 peritos e assessores que avaliaram a relação entre o período de tempo da infecção da doença do vírus Zika, o aparecimento de casos de microcefalia congénita, as complicações do sistema nervoso, a relação com os locais local e consideraram unanimemente que embora não existam provas científicas, existe um nexo de causalidade elevado entre a infecção da doença do vírus Zika e a microcefalia. Foram também tidos em conta factores como o modelo da propagação, a vasta distribuição de tipos de mosquitos que permitem propagar o vírus, a falta de vacinas, a ausência de testes rápidos para o diagnóstico, a falta de capacidade imunitária dos grupos de indivíduos das novas regiões afectadas. A Organização Mundial da Saúde revelou que incidentes similares de microcefalia e doenças do sistema nervoso, detectados recentemente no Brasil, também ocorreram em 2014 na Polinésia Francesa. Pelo facto da Organização Mundial da Saúde ter decretado que a da Doença do Vírus Zica constituí um caso de "emergência de saúde pública internacional implica que os países adoptem uma série de recomendações. Neste sentido os Serviços de Saúde vão estabelecer uma série de medidas de contingência: (1) Reforço na vigilância, incluindo: Prestar estreita atenção à situação epidemiológica dos diversos países e regiões, no sentido de adoptar medidas de prevenção e controlo adequadas; Criar capacidade de testes laboratoriais e conservar suficientemente reagentes para testes; Apelar aos médicos e pessoal clínico para prestar atenção aos indivíduos que tenham efectuado viagens e apresentem sintomas suspeitos e em caso de necessidade realizar testes; Concluir a proposta de lei para incluir a Doença do vírus Zika na lista de doenças transmissíveis, e por conseguinte dar inicio aos procedimentos de emergência; Reforçar a vigilância da microcefalia e síndrome de Guillain-Barre em conformidade com as orientações da Organização Mundial da Saúde; estudar a realização da pesquisa serológica dos grupos de indivíduos. (2) Reforço a colaboração inter-regional: Com o intuito de reforçar a colaboração entre as três regiões na capacidade de contingência da doença do vírus Zika, os Serviços de Saúde de Macau, da Província de Guangdong e de Hong Kong decidiram na passada segunda-feira, 1 de Fevereiro intensificar a comunicação sobre a epidemia e a colaboração quanto à contingência. (3) Reforço na comunicação relativa ao risco: Os Serviços de Saúde vão adoptar uma série de medidas de divulgação, incluindo o reforço da educação e divulgação dos cidadãos, através de diferentes vias, como meios de comunicação de massa e agências de viagem. (4) Reforço no controlo e prevenção da epidemia: A partir de Março de 2016 em colaboração com o Instituto de Assuntos Cívicos e Municipais serão realizadas divulgações e trabalhos de eliminação de mosquitos. Apelando os cidadãos para prestar atenção à eliminação das águas estagnadas e terem atenção à própria protecção de modo a evitar picadas pelos mosquitos. (5) Recomendações para os cidadãos: As grávidas ou as mulheres com intenção de engravidar devem evitar temporariamente deslocações às regiões afectadas; Os cidadãos que viagem para regiões afectadas devem adoptar diversas medidas anti-mosquitos, incluindo: vestir roupa e calças compridas e de cor clara, colocar repelente anti-mosquito nas partes do corpo expostas e ficarem alojados em instalações com ar condicionado ou que possuam equipamentos anti-mosquitos. Caso identifique sintomas suspeitos como febre, erupção cutânea, entre outros que possam estar relacionados com picadas de mosquitos devem, de imediato, recorrer ao médico e informando o médico a história de viagem. Os indivíduos que tenham viajado para a America Central e a América do Sul não devem doar sangue temporariamente.