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Serviços de Saúde: Casos de Gastroenterite com diminuição ligeira


Os Serviços de Saúde têm realizado diariamente sucessivas acções de eliminação de pragas, de mosquitos e desinfecção em zonas consideradas urgentes. Apesar de haver diariamente sucessivos apelos aos residentes para o cumprimento da higiene pessoal, das orientações de higiene ambiental, assim como das orientações de higiene alimentar emitidas pelo Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais o risco de ocorrência de doenças transmissíveis ainda não está completamente eliminado. Nos últimos dias foi, também, exigido às escolas que cumpram de forma rigorosa as orientações emitidas pela Direcção dos Serviços de Educação e Juventude em relação ao risco de ocorrência de doenças transmissíveis na escola.

Após os tufões não foi registado nenhum novo caso da febre de dengue, nem houve um aumento de pacientes com sintomas semelhantes aos da gripe.

Relativamente às doenças gastrointestinais, sexta-feira, dia 1 de Setembro, o número dos casos de gastroenterite ainda está num nível relativamente alto, tendo sido registados 205 casos, um numero inferior ao dia anterior. De acordo com as informações de monitorização dos Serviços de Saúde, antes da chegada dos tufões, no Centro Hospitalar Conde de São Januário e Hospital Kiang Wu eram registados, cerca de 40 a 105 casos, respectivamente, relativos à gastroenterite. No total, nos dias 28 e 30 de Agosto, o numero de casos diários foi 204 e 253 casos, o que significa um aumento de casos após os tufões. Os casos detectados são principalmente casos esporádicos, os pacientes não conseguem identificar a origem e relação com refeições em restaurantes ou alimentação específica, os quais apresentavam sintomas ligeiros, como dores abdominais e diarreia e só em 2% dos casos é registada febre ligeira. Quanto ao grupo etário mais afectado, os pacientes são jovens e adultos. Não há registo de aumento de casos entre as crianças e idosos. Quanto ao grupo de sexo, os casos registados no dia 28 de Agosto eram principalmente do sexo feminino, e no dia 29 eram do sexo masculino, a percentagem do sexo feminino e do sexo masculino é semelhante no dia 30 de Agosto.

Até ao dia 1 de Setembro, ou seja, após a passagem dos tufões, só foram registados 6 (seis) casos suspeitos de infecção colectiva devido a gastroenterite que envolveram entre 2 a 5 pessoas, não havendo um aumento evidente em relação à situação habitual.

Após análise preliminar, o aumento de pacientes com gastroenterite possa ser relacionado com seguintes factores:

1) Abastecimento de água limitado e as condições de higiene pessoal limitadas, tais como não lavar as mãos frequentemente;

2) Estabelecimentos e equipamentos destinados à preparação de alimentos estarem contaminados e não terem sido limpos e desinfectados convenientemente;

3) A falta de energia eléctrica origina que alimentos ou matérias-primas alimentares não consigam ser conservados nas temperaturas aconselháveis.

4) Os recipientes de armazenamento de água de edifícios altos não foi devidamente limpa em tempo oportuno, ou foi consumida água dos tanques de emergência contra incêndios;

5) Fadiga e nervosismo levam diminuição da imunidade ou diarreia por tensão.

Quanto ao motivo real, os Serviços e Centro de Segurança Alimentar do IACM ainda estão a investigar os casos. Os Serviços de Saúde estão a acompanhar de perto toda esta situação, apelando para o cumprimento rigoroso das recomendações sobre a segurança alimentar apresentadas pelo Centro de Segurança Alimentar do IACM, tais como as seguintes:

  1. Lavar sempre as mãos, após o uso de sanitários, antes do manuseamento de comidas e antes das refeições; os estabelecimentos equipamentos destinados à preparação de alimentos devem ser limpos e desinfectados; evitar a entrada de insectos e ratos na cozinha e que tenham contacto com comida;
  2. Manusear alimentos crus e cozidos separadamente, os quais são tratados com equipamentos e utensílios específicos; Utilizar diferentes recipientes para que não haja contacto entre alimentos crus e cozidos;
  3. Cozinhar bem os alimentos, devendo os alimentos cozidos ser reaquecidos completamente;
  4. Manter os alimentos em temperaturas seguras, não podendo conservar os alimentos cozidos à temperatura ambiente por mais de 2 horas.
  5. Usar água e matérias-primas alimentares de fonte segura.

Além disso, o aumento de lixos e resíduos após tufões que possam acumular água, bem como a quebra de várias coberturas contra chuva aumentam o risco de doenças transmitidas por mosquitos, como a febre de dengue, neste contexto, os Serviços de Saúde apelam a todos os residentes de Macau para que dêem a devida atenção à higiene ambiental e às medidas de prevenção anunciadas, as quais passam, também, pela eliminação de água estagnada no domicílio ou local de trabalho, eliminando, assim, a proliferação de mosquitos e de larvas, bem como instalação de rede mosquiteira nas janelas ou uso de mosquiteiros e ligar o ar-condicionado. Apela-se ainda à população que quando esteja no exterior ou viaje para locais com surto de febre de dengue deve vestir roupa com mangas. Em caso de saídas para o ar livre, deve ser aplicado repelente anti-mosquitos nas partes expostas do corpo e evitar picadelas de mosquitos. Caso surjam sintomas de febre, erupção cutânea e outros sintomas suspeitos de febre de dengue, deve recorrer atempadamente à consulta médica, informando o médico do historial de viagem ou do endereço de residência.

Para informações pormenorizadas sobre a prevenção de doenças transmissíveis, os residentes podem consultar a página electrónica dos Serviços de Saúde através dehttp://www.ssm.gov.mo/csr/ou ligar para a linha aberta de 24 horas n.º 28700800.