Em 2015 as indústrias culturais de Macau englobavam 1.708 organismos em actividade, com 10.192 trabalhadores ao serviço e 1,56 mil milhões de Patacas de despesas com pessoal. As receitas dos respectivos serviços cifraram-se em 6,24 mil milhões e o valor acrescentado bruto (VAB), que reflecte o seu contributo económico, alcançou 2,05 mil milhões, representando 0,6% do VAB de todos os ramos de actividade económica de Macau no ano em análise, enquanto a formação bruta de capital fixo atingiu 960 milhões, informam os Serviços de Estatística e Censos. As indústrias culturais abrangiam quatro áreas: “Design criativo”, “Exposições e espectáculos culturais”, “Colecção de obras artísticas” e “Mídia digital”, revestindo-se duma complexidade fundada na vasta gama e diversidade das actividades envolvidas. A área “Design criativo” inclui os seguintes serviços de design: de marcas, de produtos culturais e criativos, de exposições, de moda e vestuário, de publicidade, industrial e de arquitectura. Em 2015 existiam nesta área 919 organismos em actividade, com 3.336 trabalhadores ao serviço, que equivaleram a 420 milhões de Patacas de despesas com pessoal. As receitas atingiram 1,82 mil milhões, com um VAB de 620 milhões. Destaca-se que 601 dos organismos se dedicavam ao design de publicidade e 67 à organização de conferências e exposições. Com o crescimento das actividades de conferências e exposições realizadas em Macau no ano 2015, os ramos da publicidade e da organização de conferências e exposições desenvolveram-se notavelmente, totalizando 1,23 mil milhões em receitas, as quais representaram 67,6% das receitas originadas pelos serviços de “Design criativo” . Na área “Exposições e espectáculos culturais” prestam-se serviços relacionados com a produção de artes performativas, a corretagem nas exposições e nos espectáculos culturais, a formação de artes performativas, bem como a operação de instalações de artes performativas. No ano de referência existiam 168 organismos com 1.829 trabalhadores ao serviço e despesas com pessoal de 240 milhões de Patacas. As receitas cifraram-se em 1,35 mil milhões (principalmente provenientes da venda de bilhetes, com 56,4%), enquanto o VAB atingia 230 milhões. Destaca-se que 119 dos organismos desta área se dedicavam à produção de artes performativas, com 1.116 trabalhadores ao serviço e receitas anuais de 1,12 mil milhões (83,4%). A área “Colecção de obras artísticas” engloba a criação, venda e leilão de obras de arte (por exemplo: pintura, caligrafia, escultura, fotografia, antiguidades, jardinagem, etc.), bem como os serviços de fotografia. Em 2015 existiam 109 organismos em actividade, com 435 trabalhadores ao serviço e 27,76 milhões de Patacas de despesas com pessoal. As receitas anuais atingiram 87,78 milhões, para as quais contribuíram principalmente os serviços de fotografia, com 69,42 milhões (79,1%). Dos 99 organismos de fotografia, destacam-se 49 de fotografia artística para casamentos, com receitas de 37,95 milhões. O VAB da área “Colecção de obras artísticas” situou-se em 34,11 milhões. A área “Mídia digital” envolve serviços relacionados com a informação, a publicação, a produção de programas de rádio e de televisão, a exploração de cinema, bem como a produção e distribuição de filmes. No ano em análise contavam-se 512 organismos em actividade, com 4.592 trabalhadores ao serviço e 880 milhões de Patacas de despesas com pessoal. As receitas anuais da “Mídia digital” - área predominante das indústrias culturais - fixaram-se em 2,99 mil milhões de Patacas e o seu VAB em 1,17 mil milhões, isto é, 47,9% e 56,8% dos respectivos totais. O rápido desenvolvimento do ramo da informação da área “Mídia digital” deveu-se ao aumento da necessidade de meios informáticos, quer de software quer de hardware, impulsionado pela generalização da utilização da tecnologia informática nas actividades comercial e industrial. No ano de referência existiam 289 organismos em actividade no ramo da informação, com 1.530 trabalhadores ao serviço. As receitas anuais atingiram 1,5 mil milhões de Patacas (50,1% da área “Mídia digital”), contribuindo com um VAB de 440 milhões (38,0%). Quanto ao ramo das publicações, com 177 organismos em actividade e 1.857 trabalhadores ao serviço, alcançou receitas de 760 milhões e um VAB de 310 milhões. As Estatísticas das Indústrias Culturais são realizadas pelo “Grupo de Estatística e Indicadores da Avaliação das Indústrias”, que se subordina ao Conselho para as Indústrias Culturais da Região Administrativa Especial de Macau (RAEM), com base no respectivo quadro definido nos termos do disposto no “Quadro da Política do Desenvolvimento das Indústrias Culturais” da RAEM. A Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC) lançou em 2016 diversos inquéritos específicos sobre as quatro áreas - “Design criativo”, “Exposições e espectáculos culturais”, “Colecção de obras artísticas” e “Mídia digital”, integrando os dados obtidos dos inquéritos da DSEC aos ramos de actividade económica conexos e efectuando o respectivo cálculo, a fim de reflectir a contribuição das indústrias culturais para a economia do Território.
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