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Os resultados do PISA 2015 divulgados, em simultâneo, em todo o mundo, revelaram que os alunos de Macau obtiveram excelentes resultados, demonstrando que o sistema de ensino básico é justo e de alta qualidade

Conferência de imprensa

A Região Administrativa Especial de Macau da República Popular da China participou no Programa Internacional de Avaliação de Alunos (PISA), da OCDE, pela primeira vez, em 2003 e voltou a participar, de três em três anos, a partir de 2006, 2009, 2012, 2015, participando, pela sexta vez, em 2018. O teste do PISA em Macau reviu a eficácia do ensino básico de alunos com 15 anos, nascidos em 1999, sendo que a maioria dos alunos da amostragem frequentava, à altura, o 3.º ano do ensino secundário geral e o 1.º ano do ensino secundário complementar, sendo que o 1.º ano do ensino secundário complementar possuía o maior número de alunos de 15 anos de idade, cuja percentagem ultrapassou, pela primeira vez, a metade dos alunos alvo da avaliação de Macau, demonstrando o progresso efectivo do sistema educativo de Macau na redução da taxa de retenção dos alunos. Em cada ciclo do PISA são examinados três tipos de literacia: matemática, científica e em leitura, tendo o foco do PISA 2015 incidido sobre a literacia científica. O desempenho médio dos alunos de 15 anos de idade de Macau-China, nas três literacias, posicionou-se entre as primeiras classificações do ranking, de entre 72 países/economias participantes no PISA 2015, com 529 valores na literacia científica, alcançando o 6 lugar, a literacia em leitura com 509 valores, posicionando-se no 12 lugar e a literacia em matemática com 544 valores, posicionando-se no 3 lugar. VIDE Mapa1. A literacia científica do PISA 2015 abrangeu três subcompetências nucleares, a saber: “Interpretação científica do fenómeno”, “Avaliação e concepção de investigação científica” e “Explicação científica de informações e provas”. Na área da “Interpretação científica do fenómeno”, Macau obteve, em média, 528 valores, posicionando-se no 7 lugar, enquanto na área da “Avaliação e concepção de investigação científica”, obteve, em média, 525 valores, posicionando-se no 6 lugar e na área da “Explicação científica de informações e provas”, obteve, em média, 532 valores, posicionando-se no 5 lugar. Os alunos obtiveram um bom desempenho na “Explicação científica de informações e provas”, demonstrando mais capacidade em termos de análise e avaliação, de forma científica, dos dados e provas apresentadas por diversas formas, expondo uma adequada conclusão científica. Comparativamente com o teste do PISA 2006, cujo foco de avaliação incidiu também na literacia científica, a edição de 2015 revelou um aumento estável nos valores de literacia científica dos alunos de Macau. Na escala combinada de literacia científica, mais de 90% dos alunos de Macau atingiram o nível de aprovação do PISA, registando-se um acréscimo na percentagem de alunos posicionados no nível médio ou superior. No que diz respeito às diferenças entre os sexos, a literacia científica das alunas de Macau no PISA 2015 foi, notavelmente, melhor do que a dos alunos. Um dos focos secundários do PISA 2015 foi a avaliação na área de matemática. Os alunos de 15 anos de Macau obtiveram o melhor resultado na literacia de matemática entre todos os ciclos anteriores em que participaram, registando-se um acréscimo significativo da percentagem de alunos posicionados no nível médio ou superior, ao passo que a percentagem daqueles que se posicionaram no nível baixo diminuiu notavelmente. No entanto, comparativamente com o resultado dos ciclos anteriores do PISA, registou-se um grande progresso na literacia em matemática das raparigas, ultrapassando, pela primeira vez, os valores obtidos para os rapazes. Outro dos focos secundários do PISA 2015 foi a avaliação na área de leitura. A literacia em leitura dos alunos de Macau apresentou melhorias, de forma contínua, registando-se um aumento da percentagem de alunos posicionados no nível médio e alto, enquanto o número de alunos com baixo desempenho reduziu. No entanto, os resultados revelaram ser ainda necessário alterar a diferença que se manteve entre os desempenhos obtidos pelos dois sexos, na qual as raparigas apresentam um melhor desempenho que os rapazes, verificando-se, pela primeira vez, que esta diferença foi maior que a diferença média entre os dois sexos no domínio da leitura da OCDE. Em comparação com os testes das quatro edições anteriores do PISA, Macau é, de entre 72 países/economias participantes, a região que menos associa a variação do resultado nas três literacias nucleares com o estatuto socioeconómico e cultural das famílias, mostrando que é reduzido o gradiente social entre o desempenho dos alunos e o estatuto socioeconómico e cultural das famílias. É reduzida a proporção dos alunos com desempenho abaixo do nível de aprovação, ao passo que a proporção dos alunos resilientes é elevada. A diferença entre os desempenhos nas três literacias, entre os alunos de Macau, é mais pequena do que na maioria dos países/ economias. Portanto, o sistema de ensino básico de Macau-China representa a continuação dos resultados alcançados nos testes de ciclos anteriores e, com sucesso, disponibilizar, à população estudantil, oportunidades de equidade educativa relativa e de alta qualidade contínua. Sendo o século 21 uma era que o sector de alta tecnologia domina o desenvolvimento económico, a manutenção da vantagem competitiva a longo prazo de um país/uma região depende da existência de talentos suficientes a nível técnico-científico, bem como de explorar e liderar o desenvolvimento e reforma da corrente técnico-científica. Os alunos e alunas de Macau possuem diversas vocações e opções nas carreiras da área das ciências, e cerca de um quinto dos alunos secundários de 15 anos esperam, no futuro, poder dedicar-se à área científica, com uma proporção dos rapazes que esperam fazê-lo, durante a juventude, ligeiramente maior à das raparigas. Os profissionais da área educativa e os criadores de políticas devem seguir o planeamento de vida dos alunos e pensar, em conjunto, como apoiá-los a desenvolverem as suas capacidades para enfrentar os desafios surgidos na sua vida futura, aprendizagem ou trabalho, no sentido de cultivar nos cidadãos modernos globalizados, de forma eficaz, as capacidades e literacias nucleares necessárias para o século 21, bem como planear, o mais cedo possível, a distribuição razoável dos recursos humanos de Macau, para oferecer aos alunos com diversas potencialidades oportunidades para desenvolverem os seus talentos em prol da sociedade. Simultaneamente, no futuro, os profissionais da área educativa necessitam também de promover, em maior grau, a melhoria da política educativa relativa às diferenças na aprendizagem, incentivando, de forma activa, o início e o estudo da abordagem das políticas educativas que pretendem elevar a eficácia da aprendizagem dos rapazes, prestando atenção aos apoios de aprendizagem dados aos alunos excelentes, alunos gerais e alunos com baixo desempenho, e estudando, de forma dinâmica, a elaboração de projectos pedagógicos adequados e meticulosos de apoio aos rapazes para seguirem, a seu tempo, a corrente pedagógica principal, para beneficiarem da organização da aprendizagem da escola. Deste modo pretende-se oferecer aos alunos, de diversos níveis, uma boa plataforma de aprendizagem, contribuindo para que tanto alunos como alunas possam desenvolver as suas personalidades e potencialidades e elevar, simultaneamente, o nível global do ensino básico de Macau. O desempenho médio das três literacias nucleares do PISA 2015, dos alunos de Macau-China, atingiu os lugares cimeiros no ranking dos 72 países/economias participantes, demonstrando que, após o regresso de Macau à Pátria, e com o esforço de todos os sectores, o sistema de ensino básico registou um progresso muito importante. Os bons resultados do PISA 2015 de Macau-China resultaram, em grande parte, da redução no número de alunos com baixo desempenho e de um aumento no número de alunos de nível médio ou superior, do sistema de ensino básico local. Vide Figura 1.

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