De acordo com os resultados do Inquérito de Conjuntura ao Sector Industrial Exportador (I.C.S.I.E.) no 3.º trimestre de 2016, a duração média mensal da carteira de encomendas das empresas inquiridas foi de 2,56 meses, representando um crescimento de 2,4% e 18,5% em relação ao trimestre anterior (2,5 meses) e ao período homólogo do ano passado (2,16 meses), respectivamente. A carteira de encomendas detida pelos sectores de “Produtos Farmacêuticos”, “Vestuário e Confecções”, “Outros Sectores” e “Equipamentos Electrónicos/Eléctricos” foi de 4,92, 3,22, 2,09 e 1,55 meses. No que diz respeito aos mercados de destino das exportações, da análise ao índice geral da situação de encomendas trimestral por mercados, as empresas inquiridas consideram, em geral, que o Interior da China e os EUA são os mercados com performance relativamente melhor, apresentando o índice de 32,3 e 18,2, respectivamente, enquanto a Austrália apresenta a pior performance na sequência da fraca carteira de encomendas. No contexto das perspectivas de exportações para os próximos seis meses, o número das empresas inquiridas que antecipavam uma perspectiva optimista foi de 18,5%, traduzindo um aumento de 7,3 pontos percentuais face ao trimestre anterior (11,2%) e uma subida de 12,3 pontos percentuais perante o mesmo período do ano passado (6,2%). O conjunto das empresas que antecipavam uma evolução menos favorável foi de 10,2%, mantendo-se este resultado inalterado face ao trimestre anterior, e representando uma queda de 24,4 pontos percentuais em relação ao período homólogo do ano passado (34,6%). Entre estas, 8,1% apontaram para um ligeiro decréscimo e 2,1% para um forte declínio. Quanto às empresas que previam uma situação “semelhante”, as mesmas desceram de 78,7% no trimestre anterior para 71,4% neste trimestre, representando um decréscimo de 7,3 pontos percentuais. Estes dados traduzem uma atitude prudente e optimista dos empresários industriais em geral relativamente às exportações no futuro. No tocante ao emprego, as empresas inquiridas indicaram que o número de trabalhadores subiu ligeiramente 2,4% face ao trimestre anterior mas desceu ligeiramente 0,4% perante o mesmo período do ano passado. Por outro lado, 49,2% das empresas inquiridas afirmaram terem enfrentado falta de trabalhadores, número inferior ao registado no trimestre interior (56,9%) e no período homólogo do ano passado (61,4%). Tudo isso implica uma descida na procura de trabalhadores na indústria transformadora, enquanto 77,9% das empresas inquiridas do sector de “Produtos Farmacêuticos” manifestaram haver uma notável procura de trabalhadores, o que significa que há uma grande procura de mão-de-obra neste sector. Com base nos resultados do Inquérito, dentre os problemas que afectam as actividades de exportação, 21,9% das empresas exportadoras consideram “Insuficiência de Trabalhadores” como o maior problema que estão a encarar, enquanto 10,4% apontaram para “Preços Mais Competitivos Praticados no Estrangeiro”, 5,0% para “Insuficiente Volume de Encomendas” e 0,3% para “Preços Elevados das Matérias-Primas”. Além disso, durante o exercício das actividades exportadoras no 3.º trimestre de 2016, as empresas inquiridas que chegaram a enfrentar problemas relacionados com “Preços Elevados das Matérias-Primas” e “Preços Mais Competitivos Praticados no Estrangeiro” foram de 48,7% e 47,3%, respectivamente, e as que enfrentaram “Insuficiência de Trabalhadores”, “Salários Elevados” e “Insuficiente Volume de Encomendas” foram de 33,6%, 22,8% e 6,6%, respectivamente. Para os próximos três meses, 30,3% das empresas inquiridas preocupam-se principalmente com “Insuficiência de Trabalhadores”, seguindo-se de “Preços Mais Competitivos Praticados no Estrangeiro” (20,3%), “Salários Elevados” (16,9%) e “Preços Elevados das Matérias-Primas” (16,6%).
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