Em 2015 o valor acrescentado bruto (VAB) de todos os ramos de actividade económica de Macau diminuiu 21,9%, em termos reais, face ao ano de 2014, devido ao ajustamento significativo do ramo das lotarias, outros jogos de aposta e actividade de promoção de jogos. O peso do sector terciário na formação do produto interno bruto (PIB) desceu de 94,9% em 2014, para 92,2% em 2015 e o peso do sector secundário subiu de 5,1% para 7,8%, em virtude da descida do VAB do ramo das lotarias, outros jogos de aposta e actividade de promoção de jogos, bem como devido à subida do VAB do ramo da construção. Analisando a distribuição primária do rendimento, no ano em análise, os impostos sobre a produção e as importações (95,4 mil milhões de Patacas), o excedente de exploração (156,4 mil milhões de Patacas) e as remunerações dos empregados (104,9 mil milhões de Patacas) representaram 26,7%, 43,8% e 29,4% do PIB, respectivamente. Destaca-se o aumento do peso das remunerações dos empregados na formação do PIB, que ascendeu 7,5 pontos percentuais (p.p.), em relação a 2014, devido às remunerações dos empregados terem subido durante o ano 2015, apesar da notável descida do PIB. Sublinha-se ainda que desceram os pesos do excedente de exploração (-1,1 p.p.), bem como dos impostos sobre a produção e as importações (-6,4 p.p.) na formação do PIB. Variação do VAB dos ramos de actividade económica O VAB do sector secundário subiu significativamente 17,2%, em termos reais, salientando-se os crescimentos dos ramos da construção (+19,0%), das indústrias transformadoras (+9,6%), assim como da produção e distribuição da electricidade, gás e água (+9,0%). Por seu turno, o VAB do sector terciário desceu 24,0%, em termos reais, sendo arrastado pelo notável decréscimo de 35,6% do VAB do ramo das lotarias, outros jogos de aposta e actividade de promoção de jogos. Registaram-se, em termos reais, descidas no VAB dos ramos do comércio por grosso e a retalho (-18,0%), dos hotéis e similares (-0,6%) e dos restaurantes e similares (-20,1%). As descidas ocorreram também nos ramos das actividades imobiliárias (-7,1%), assim como dos alugueres e serviços prestados às empresas (-18,5%). Apesar do substancial decréscimo do valor acrescentado do sector terciário, foi favorável o comportamento de alguns ramos de actividade económica dos serviços, nomeadamente o das actividades financeiras (bancos, seguros e fundos de pensões), que aumentou 8,9%, em termos reais. Registaram-se ainda subidas nos ramos dos transportes, armazenagem e comunicações (+3,1%), da educação (+6,8%), bem como da saúde e acção social (+8,0%), em termos reais. Variação da estrutura sectorial O peso do sector secundário no VAB de todos os ramos de actividade económica atingiu 7,8%, tendo subido 2,7 pontos percentuais. Sublinha-se que o peso do ramo da construção (6,5%) ascendia 2,4 pontos percentuais, enquanto aumentava 0,2 pontos percentuais, quer no peso da produção e distribuição da electricidade, gás e água (0,7%), quer no peso das indústrias transformadoras (0,6%). O peso do sector terciário caiu de 94,9% em 2014, para 92,2% em 2015, ou seja, com uma redução de 2,7 pontos percentuais. Refira-se que o peso do ramo das lotarias, outros jogos de aposta e actividade de promoção de jogos se fixou em 48,0%, com uma relevante descida de 10,4 pontos percentuais, enquanto que ascendiam, com diferentes níveis, os pesos dos restantes ramos de actividade económica, visto que as respectivas variações de acréscimo ou decréscimo de VAB são muito inferiores às do ramo das lotarias, outros jogos de aposta e actividade de promoção de jogos. Registaram-se subidas de 0,4 pontos percentuais nos pesos dos ramos do comércio por grosso e a retalho (5,6%); de 0,4 p.p. nos hotéis e similares (3,8%) e de 0,2 p.p. nos restaurantes e similares (1,8%), sendo estes ramos intimamente relacionados com as lotarias, outros jogos de aposta e actividade de promoção de jogos. Quanto aos outros ramos de actividade económica, foram mais notáveis os seus acréscimos de peso: o ramo das actividades imobiliárias subiu 1,5 pontos percentuais (10,0%); os bancos 1,3 p.p. (5,3%); a administração pública 1,2 p.p. (4,2%); os transportes, armazenagem e comunicações 0,7 p.p. (2,7%) e a educação 0,5 p.p. (1,8%).