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Resultados do Inquérito à Carteira de Investimentos – 30 de Junho de 2016


Nas estatísticas divulgadas pela AMCM constata-se que os investimentos dos residentes de Macau - incluindo indivíduos, governo e outras pessoas colectivas, mas excluindo o fundo de reserva cambial da Região Administrativa Especial de Macau (RAEM) - em títulos emitidos por entidades não residentes independentes, calculados a preços de mercado em 30 de Junho de 2016, registaram um valor de 443,2 mil milhões de patacas, representado aumentos de 1,0% em relação a 31 de Dezembro e ao período homólogo de 2015. Entre os vários componentes da carteira, os investimentos em títulos representativos de capital (incluindo fundos mútuos e investimentos em trusts), obrigações a longo prazo e obrigações a curto prazo atingiram 168,7, 258,3 e 16,2 mil milhões de patacas, respectivamente, traduzindo variações respectivas de -0,8%, +4,4% e -24,5% relativamente ao final de 2015. Em termos da distribuição geográfica, a região asiática deteve ainda a maior fatia da carteira de investimentos externos dos residentes de Macau, com 57,2%, sendo o restante valor aplicado principalmente no Atlântico Norte e Caraíbas (13,8%), na Europa (12,6%), na América do Norte (10,6%) e na Oceânia (5,2%). O investimento dos residentes de Macau continuou a concentrar-se nos títulos emitidos por entidades no Interior da China (incluindo títulos listados em bolsas no exterior), com 40,0% da carteira de investimentos externos. O respectivo valor de mercado atingiu 177,4 mil milhões de patacas, ou seja, menos 13,5% face ao final de Dezembro de 2015. Refira-se que os investimentos consistiram em 53,5 mil milhões em títulos representativos de capital, 116,8 mil milhões em obrigações a longo prazo e 7,1 mil milhões em obrigações a curto prazo, os quais equivalem, respectivamente, a 31,7%, 45,2% e 44,0%, do total nas respectivas categorias. Enquanto isso, a quota da carteira de investimentos emitidos por entidades em Hong Kong também desceu de 13,4% no fim de 2015 para 12,9%, tendo caído 2,6% o valor de mercado (57,4 mil milhões). Realça-se que os investimentos em títulos representativos de capital e em obrigações a longo prazo atingiram 36,4 e 18,0 mil milhões de patacas, respectivamente. A carteira de investimentos dos residentes de Macau emitidos por entidades no Atlântico Norte e Caraíbas manteve-se, com um valor de mercado de investimentos nestas regiões de 61,4 mil milhões de patacas, que equivaleu a uma subida de 14,9%, face ao final de 2015, expandindo-se o respectivo peso de 12,2% para 13,8%. Em particular, aumentou 51,4% o valor de mercado da carteira de investimentos nas Ilhas Virgens Britânicas, atingindo 27,4 mil milhões de patacas. A quota de investimento em títulos europeus cifrou-se em 12,6%, traduzindo um aumento de 2,0 pontos percentuais face ao final de 2015, enquanto o seu valor de mercado atingia 55,7 mil milhões de patacas, tendo crescido 20,1%. Entre os países europeus, o Reino Unido, o Luxemburgo, os Países Baixos e a França representaram os maiores pesos, com valores de mercado de 11,8 mil milhões, 11,1 mil milhões, 7,8 mil milhões e 7,1 mil milhões de patacas, respectivamente. Os EUA concentram a carteira de investimentos da América do Norte, onde os investimentos dos residentes de Macau alcançaram 43,6 mil milhões de patacas em valor de mercado, com um aumento de 9,6% face ao final de 2015, que impulsionou de 9,1% para 9,8% o respectivo peso na carteira de investimentos no exterior. Destaca-se que o valor de mercado dos fundos mútuos e investimentos em trusts dos EUA atingiu 10,1 mil milhões de patacas, ou seja, mais 4,2%, perfazendo assim o primeiro lugar nesta categoria de investimento. No final de Junho de 2016 o valor de mercado dos títulos emitidos por entidades na Austrália, detidos por residentes de Macau, atingiu 22,0 mil milhões de patacas, tendo crescido 56,1% face aos últimos seis meses. Em consequência, a quota de títulos da Oceânia subiu de 3,2% para 5,2%, do total da carteira de investimentos O Inquérito à Carteira de Investimentos (ICI) é realizado conjuntamente pela Autoridade Monetária de Macau (AMCM) e pela Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC), em conformidade com as metodologias estatísticas promovidas pelo Fundo Monetário Internacional (FMI).