O Chefe do Executivo, Chui Sai On, afirmou, hoje (16 de Novembro), a determinação do governo em continuar com a prosperidade de Macau e apoiar a educação, princípios que se encontram nas Linhas de Acção Governativa para o ano de 2017, e prometeu continuar a aumentar os recursos destinados ao ensino, cuja proporcionalidade das despesas será maior no orçamento geral do território. Chui Sai On lembrou que o ensino é o princípio fundamental da competitividade de uma sociedade, por conseguinte o governo tem investido enormes recursos nesta área, designadamente 10 mil e 790 milhões em 2014, e nos três anos subsequentes tem vindo a aumentar numa média anual de 4,7 por cento, em 2016 foi de 11 mil e 401 milhões e em 2017 de 11 mil 506 milhões patacas. Entretanto, desde 2011 até 2014 as despesas com o ensino não superior aumentaram 15,2 por cento e com o ensino superior 19,54 por cento. Considerou que apesar da economia se encontrar numa fase de ajustamento profundo, o governo tem em vista um plano a longo prazo, que nas suas políticas tem sempre como prioridade o ensino. Acrescentou ainda que o modelo actual de ensino que se baseia em apenas exames tem prós e contras, por um lado, para que os estudantes num ambiente justo de competitividade consigam obter o reconhecimento pleno, contudo, acabam por viver sob pressão e falta de criatividade. Por isso, defende que o governo e a sociedade têm de pensar um pouco mais sobre essa questão e se a eventual introdução de um de modelo de ensino mais virado para a criatividade não seria melhor para se enfrentarem os desafios no futuro. Adiantou que o referido modelo actual de ensino tem seguido muitos padrões internacionais, tendo-se dado já um grande passo em relação ao passado, mas na próxima fase será necessário que os diversos sectores da sociedade se debrucem sobre a forma e quais as alterações ao modelo de ensino, sublinhando a importância de estudar esta matéria. Relativamente à questão do ensino técnico-profissional levantada por alguns deputados, Chui Sai On considerou ser parte integrante de um sistema eficaz do ensino e da formação de quadros de talentos a longo prazo, a qual é de enorme importância para o governo, assim como reforçar instalações permanentes para o ensino técnico-profissional e, entre outros, a criação de cursos, e aperfeiçoar os respectivos regulamentos e regimes, por forma a elevar a capacidade profissional e oportunidades de emprego. Revelou que a DSEJ encomendou a uma instituição especializada um estudo sobre o modelo de desenvolvimento do ensino técnico-profissional em Macau, já concluído, adiantando que o governo, com base nas opiniões e sugestões apresentadas, irá elaborar uma minuta da legislação e um documento de consulta, prevendo que, em inícios do próximo ano, possa ir à consulta pública, com o objectivo de entrar em processo legislativo ainda em 2017. Por último, o Chefe do Executivo referiu a importância que a formação sempre teve para o governo, nomeadamente para os quadros de base, profissionais e elites, lembrou o volume de trabalho efectuado pela Comissão de Desenvolvimento de Talentos, assegurando que o governo vai continuar a criar mais oportunidades de aprendizagem, conforme as necessidades e as tendências do mercado. Reiterou que Macau vai precisar de mais quadros bilingues em língua chinesa e portuguesa e, tendo como base as fundações sólidas existentes, o governo irá promover a formação, com o objectivo de que Macau se torne numa base de formação de quadros qualificados na língua chinesa e portuguesa. Acrescentou que, por outro lado, também se está a ponderar a criação de um mecanismo de avaliação do nível de bilinguismo por forma a melhorar a qualidade dos referidos quadros.
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