O Fundo das Indústrias Culturais (FIC) realizou, no dia 8 de Novembro, terça-feira, às 15H30, uma sessão de convívio de chá com a imprensa, na sede sita na Av. Xian Xing Hai n.º 105, Centro Golden Dragon, 14.º Andar A, Macau, tendo o Presidente do Conselho de Administração, Leong Heng Teng e os membros, Dra. Davina Chu e Dra. Mok Ian Ian apresentado informações sobre a situação da prestação de apoio financeiro nos anos económicos de 2014 a 2016, trabalhos de divulgação e as orientações para os trabalhos a desenvolver na próxima fase. Apoio financeiro prestado nos anos de 2014 a 2016 Estabelecido no final do ano 2013, o FIC tem recebido, desde o início de recepção de candidaturas a apoio financeiro em 2014 até final de Outubro de 2016, um total de mais de 400 candidaturas de projectos candidatos. Após a devida avaliação, 113 projectos foram aprovados, incluindo 104 projectos comerciais e 9 plataformas de serviços para as áreas de design, fashion, exposições e espectáculos culturais, marcas de produtos comerciais, publicação, pós-produção e distribuição cinematográfica, protótipo de produtos criativos e serviços gerais, entre outros. O valor total de apoio financeiro foi superior a 138 milhões de patacas, a contar com cerca de 100 milhões de patacas aplicadas ao apoio financeiro na modalidade de subsídio a fundo perdido e 40 milhões ao da modalidade de empréstimos sem juros, sendo 50 milhões destinados a apoiar as plataformas e 88 milhões aos projectos comerciais. Segundo as informações, são empresas de indústrias culturais de média, pequena e micro dimensão, com equipas pequenas de execução dos projectos, que iniciaram as actividades de 1 a 3 anos, operando nas três grandes áreas, Design criativo, Exposições e Espectáculos Culturais, e Mídia digital, das quais, a maior parte é dedicada aos projectos de design, moda e vestuário, música, exposições e espectáculos culturais, e filmagem cinematográfica. Efeitos iniciais revelados por relatórios periódicos de execução de projectos respeitantes à primeira fase Em 2016, têm-se recebido, gradualmente, os relatórios periódicos de execução de projectos respeitantes à primeira fase dos projectos aprovados em 2014. Foi verificado o investimento mais de 32 milhões de patacas em projectos comerciais de indústrias culturais, tendo vindo a produzir diferentes tipos de produtos e criando as marcas. As empresas de design criativo têm vindo a lançar produtos com temas de cultura turística, postos à venda em pontos turísticos de Macau, balcão exclusivo no aeroporto, ou via Internet e mídia de convívio. As empresas de moda e vestuário já estão a promover, com celeridade, a sua marca e a explorar mercados. Enquanto umas empresas estabelecem lojas em Macau, no mercado do Interior da China e países do Sudeste Asiático, assim como participam em Festivais de moda e vestuário e vendem os seus produtos na Internet, outras, vendem os seus produtos de moda e vestuário através da plataforma de vendas do canal televisivo e Internet. Em relação a empresas de artigos de couro, vende-se através das suas lojas em Macau, distribuidores em Hong Kong e Austrália, agências afiliadas na Coreia, e também através da Internet. O volume de negócios de algumas empresas já atingiu um crescimento de 8–10%. Nos acessórios como relógio, conseguiu-se obter o prémio de design global, e os produtos estão vendidos nas plataformas de Internet, e conseguiu obter a distribuição por toda a China, através de uma distribuidora geral em Shanghai. Há uma empresa que se tornou num local de visita para os turistas, por ter sido filmado num cenário de um filme de cinema, vendendo produtos de magia relacionados com o património mundial de Macau como elementos temáticos. Plataformas de serviços a desempenharem as funções Com a operação das plataformas de serviços, os efeitos das suas funções de incubação estão cada vez mais visíveis. As 5 plataformas de serviços fornecem um total de 120 espaços para as micro-empresas, fornecendo-lhes apoio nos assuntos comerciais e serviço de fabricação. Várias empresas criativas aglomeram, visando ter um melhor desenvolvimento em grupo. Todas as plataformas realizam cursos de formação para os seus respectivos sectores, assim como promovem a cooperação entre empresas locais e designers. Além disso, organizam actividades promocionais com as empresas de cultura e criatividade, tais como participação em concursos de design das quatro regiões entre os dois lados do Estreito, nas feiras internacionais de Comércio de Serviços da China (Beijing), das Indústrias Culturais de Shenzhen, Yiwu , Xiamen, Hangzhou, entre outros; Festival de Luzes de Taiwan (Taichung); na Feira de Moda e Acessórios de Marcas Internacionais da China (Shenzhen), com marcas originais de Macau, participando no desfile em conjunto das marcas de moda e vestuário de Macau; no Festival de Livros do Sul, com publicações de Macau, criando o Pavilhão de Macau, promovendo intercâmbio comercial entre as indústrias de publicações de Macau e de Cantão, com o objectivo de descobrir e criar novos meios de vendas para as indústrias locais. Ao mesmo tempo, entre as plataformas, foram iniciadas cooperações, criando uma relação de cooperação mútua e maximizando as suas funções. Segundo os relatórios, as principais dificuldades que os projectos comerciais das indústrias culturais e criativas enfrentam concentram-se nos fundos, recursos humanos e exploração do mercado, entre outras. O FIC tem vindo a reforçar os trabalhos de fiscalização sobre os projectos beneficiários, por forma a garantir que “as verbas especiais sirvam os fins indicados”, devendo as empresas aplicar as respeitantes verbas em projectos destinatários de apoio financeiro. Trabalhos de destaque para a próxima fase Com base na integração da Administração, das indústrias culturais e dos académicos, o FIC encarregou entidades de ensino superior de estudar e apresentar sugestões e opiniões sobre o seu “Plano de acções 2016-2018” e decidiu, após estudo, trabalhar com destaque, nas seguintes três áreas na próxima fase: 1. Reforçar o apoio financeiro para projectos especiais das áreas de design, moda e vestuário, música, filmagem cinematográfica, exposições e espectáculos culturais, que ocupam maiores percentagens e com mais elevados valores de investimento, tendo relativamente maior oportunidade de cooperação com o mundo, de acordo com a realidade de desenvolvimento das indústrias culturais de Macau. No futuro, o FIC vai lançar medidas de apoio às micro empresas, na promoção, participação em exposições e concursos no exterior, na promoção da marca de Macau para aumentar a reputação destas. 2. Em relação às empresas de indústrias culturais que se aglomeram nos bairros, o FIC irá lançar apoios financeiros destinados à melhoria de gestão e operação das micro empresas, ao desenvolvimento nos bairros as suas características culturais, assim como ao desenvolvimento de projectos culturais e criativos com características destes bairros. 3. O FIC irá impulsionar a aplicação do “Sistema de prémios do Fundo das Indústrias Culturais”, premiando empresas com reconhecimento no sector das indústrias culturais, e atribuindo estímulos às empresas que apoiam e promovem o desenvolvimento da cultura criativa, que formam talentos nas diversas áreas das indústrias culturais, que impulsionam projectos de intercâmbio transregionais das indústrias culturais, ou que participam na investigação e desenvolvimento de projectos relacionados com as indústrias culturais. Trabalhos de divulgação desenvolvidos Tendo como objectivo a divulgação da política de apoio às indústrias culturais traçada pelo Governo da RAEM, articulando com os projectos de incubação cultural e criativa do Instituto Cultural, e coordenando com o posicionamento do Centro Mundial de Turismo e Lazer de Macau, a fim de impulsionar o desenvolvimento da economia devidamente diversificada, o FIC tem organizado encontros com a comunicação social para a divulgação de informações ao público, assim como diferentes formas de sessões de convívio com os sectores. É através da plataforma de promoção, que o FIC tenta estabelecer relações interactivos com todas as partes, a fim de aumentar a transparência de trabalhos e abrir mais diálogos com os sectores. Assim, foi estabelecida a “Plataforma de Informações dos Serviços das Indústrias Culturais”, neste ano, permitindo o público e os profissionais pesquisar rapidamente os serviços que precisam e encontrar parceiros de negócios, por forma a promover a cooperação trans-sectorial e aperfeiçoar a cadeia das indústrias culturais. A realização periódica de sessão de convívio com os sectores e o público são trabalhos prioritários do FIC. Nas passadas sessões de comunicação, realizadas em Janeiro e Setembro do corrente ano, respectivamente, foram ouvidos os profissionais de sectores sobre o andamento de desenvolvimento dos projectos beneficiários, e as dificuldades encontradas durante o procedimento de operações, no intuito de melhorar os trabalhos de apoio, e criar um momento de intercâmbio para os participantes partilharem a sua experiência no desenvolvimento dos trabalhos. A pedido dos sectores na sessão de convívio, foi criado um fórum na “Plataforma de Informações dos Serviços das Indústrias Culturais”, estabelecido neste ano, destinado às empresas candidatas a apoio financeiro junto do FIC ou às empresas beneficiárias. Foram também organizados encontros, respectivamente em Abril e Agosto, tendo a primeira, uma apresentação das políticas e medidas de apoio às indústrias culturais do Governo da RAEM, aos profissionais dos sectores culturais e criativos locais cuja língua materna não é a chinesa, conjuntamente com o Creative Macau e o Centro dos Serviços Integrados Culturais e Criativos de Macau; e a segunda, uma apresentação de experiência da carreira na indústria de moda, partilhando o funcionamento de marcas de produtos e experiência de cooperação trans-sectorial. por três personalidades de renome neste sector. Por outro lado, tem vindo a apoiar as diversas plataformas de serviços a se deslocarem com os responsáveis dos sectores para actividades fora de Macau, tais como o “Desfile Conjunto de Moda de Macau”, organizado pelo Centro de Incubação de Marcas de Moda de Macau, a ter lugar na cidade de Shenzhen, durante a Semana de Moda, em Março, com a participação de 6 marcas de moda de Macau; o Pavilhão de Macau no Festival de Livros do Sul 2016, em Cantão, no mês de Agosto, organizado pelo Clube Cultural, em conjnto com os sectores, e o Centro dos Serviços Integrados Culturais e Criativos de Macau, com três áreas de exposições de livros, fotografias e audiovisuais e produtos culturais e criativos, onde exibiram e venderam num total de cerca de 2 000 volumes de livros, com a cobertura das áreas de cultura e história, literatura, política e economia de Macau, e cerca de 100 espécies de produtos culturais e criativas de Macau, dando origem ao grande interesse do público no festival. Para além de poder conhecer o FIC, mediante a mídia convencional e a página electrónica, sobre os seus fins, a política para as indústrias culturais, a mais nova tendência de desenvolvimento, o procedimento de candidatura a apoio financeiro, os critérios de avaliação e a plataforma de informação sobre os projectos aprovados, pode, ainda, pesquisar informações no “Relatório Bianual do FIC” (2014 a 2015) e as informações detalhadas sobre os projectos aprovados disponibilizadas. Para responder às necessidades de divulgação rápida sobre o desenvolvimento, em 2016, foram abertos as contas de wechat e facebook do FIC; a página electrónica do FIC registou já 50 000 visitas acumuladas, o número de leituras sobre os artigos publicados na conta do wechat é superior a 2 400. O “Fórum Cultural e Criativo”, organizado em conjunto com entidades privadas, permite recolher opiniões e sugestões dos académicos e profissionais de sectores, tendo os seus artigos sobre as indústrias culturais registado uma leitura variante de 300 a 800. Para o ano de 2017, lançar-se-á o “Catálogo de Produtos das Empresas Financiadas pelo Fundo das Indústrias Culturais de Macau (2014-2016)”, com informações sobre o desenvolvimento dos projectos das indústrias culturais e criativos de Macau, tendo como objectivo promover os projectos e incentivar contactos entre as empresas; optimizar-se-ão, de modo contínuo, as funções da “Plataforma de Informações dos Serviços das Indústrias Culturais”; organizar-se-ão continuamente série de palestras das indústrias culturais e actividade de convívio com os sectores para a partilha de experiência e aumentar as capacidades de operação; e dar-se-á continuidade aos trabalhos acerca da implementação do “Regime de Prémios das Indústrias Culturais”.