Resultados do estudo sobre índices de preços do imobiliário

A questão da habitação é sempre alvo de grande atenção por parte da comunidade, sendo a matéria da variação dos preços dos imóveis amplamente discutida publicamente. Com o intuito de divulgar aos diversos sectores da sociedade, a informação completa sobre a oscilação dos preços do imobiliário de Macau, a Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC) convidou no final do ano passado a Universidade de Macau (UM) para participar nos estudos e trabalho de elaboração de índices de preços imobiliários de Macau, com base nos preços médios das fracções autónomas habitacionais transaccionadas, disseminados periodicamente por estes Serviços. A equipa da UM comparou índices similares a nível internacional, considerou as características específicas do mercado imobiliário de Macau e a informação actualmente disponível, seleccionando o Modelo de Caracterização da Precificação adequado à realidade local, para o cálculo do índice de preços do mercado imobiliário. Foram utilizados os dados das transacções de fracções autónomas habitacionais disponibilizados pela DSEC (ou seja, a informação providenciada pela Direcção dos Serviços de Finanças sobre cobrança do imposto de transmissão de bens imóveis aos compradores), tendo-se procedido a pesquisas in loco, para recolha e avaliação dos diversos factores e características que afectam os preços. Eliminando o impacto dos diversos factores e características que afectam os preços, para alcançar a condição homogénea comparável, calcula-se um índice que reflecte a variação geral dos preços dos imóveis de Macau. Os resultados do estudo incluem informações trimestrais e anuais entre 2011 e 2015 sobre a habitação de modo global, dos edifícios construídos na Península de Macau, Ilha da Taipa e Ilha de Coloane, bem como os índices de preços imobiliários por ano de construção e área útil. Estes resultados constam do Relatório do Estudo “Elaboração dos Índices de Preços do Imobiliário de Macau”. Nos últimos cinco anos, tomando como base o índice do ano 2011, os mais elevados preços imobiliários globais de Macau registaram-se no 3º trimestre de 2014, com o índice 257,16, ou seja, +1,72 vezes face ao do 1º trimestre de 2011 (94,47). Posteriormente, desceu o índice global dos preços imobiliários, atingindo 212,39 no 4º trimestre de 2015, isto é, -17,4% em relação ao pico. No 4º trimestre de 2015 o índice de preços de imóveis na Península de Macau foi de 215,94, ou seja, -17,9% face ao pico (263,07) registado no 2º trimestre de 2014. Nas Ilhas da Taipa e de Coloane, o mais elevado foi registado no 1º trimestre de 2015, com o valor do índice de 243, descendo posteriormente para 198,7 no 4º trimestre de 2015, com uma descida de 18,2%. O índice de preços de edifícios construídos atingiu o ponto mais elevado no 3º trimestre de 2014 (276,59), ou seja, +2,03 vezes face ao 1º trimestre de 2011 (91,38), enquanto que o do 4º trimestre de 2015 (227,61) diminuiu 17,7% em comparação com o pico. Quanto aos edifícios em construção, registou-se o valor mais elevado (388,91) no 2º trimestre de 2014, +2,84 vezes face ao do 1º trimestre de 2011 (101,23), tendo porém descido para 290,23 no 4º trimestre de 2015, -25,4% durante seis trimestres. Analisando por área útil, as fracções autónomas habitacionais de pequena dimensão com área útil < 50 m2 e 50 - 74,9 m2 registaram os crescimentos mais significativos. O índice das fracções com área útil < 50 m2 foi o mais elevado no 2º trimestre de 2014 (335,10), ou seja, +2,44 vezes face ao 1º trimestre de 2011, porém, -14,4% face ao 4º trimestre de 2015, enquanto o índice mais elevado das fracções com área útil entre 50 e 74,9 m2 se registou no 3º trimestre de 2014 (342,08), isto é, +2,52 vezes em relação ao do 1º trimestre de 2011, todavia, -16,4% relativamente ao 4º trimestre de 2015. Os trabalhos de elaboração dos índices de preços imobiliários serão continuados e aperfeiçoados progressivamente, sendo os respectivos resultados referentes ao ano de 2016 e aos trimestres correspondentes, divulgados pela DSEC no 1º trimestre do próximo ano, a fim de servirem como referência aos diversos sectores da sociedade.