Mangue
As Zonas Ecológicas no Cotai são zonas húmidas com recursos valiosos em Macau, pelo que a Direcção dos Serviços de Protecção Ambiental (DSPA) tem envidado esforços, tanto para manter o existente ambiente ecológico como para alargar a função de educação e estudo que as Zonas Ecológicas estão a desempenhar. Posto isto, será construída em Outubro do corrente ano uma via de visita no lado norte da Zona Ecológica II que fica situada longe das zonas onde as aves migratórias descansam e se alimentam, permitindo ao público observar a uma curta distância os ricos recursos de mangue das zonas húmidas nesta zona. As Zonas Ecológicas no Cotai, fiscalizadas pela DSPA, situam-se junto da Ponte Flor de Lótus do Cotai, sendo constituídas pela Zona Ecológica I que é de gestão condicionalmente aberta, e pela Zona Ecológica II, que é de gestão aberta. Na Zona Ecológica I foram construídos pela DSPA quatro observatórios de aves e miradouros e dois postos de observação, tendo sido concluída a construção do trilho de estudo onde foram colocadas cerca de 120 plantas, que coordenam com as necessidades de ensino, bem como foram adicionadas a zona de plantas aromáticas e a zona de produtos agrícolas, entre outros elementos de educação. Na realidade, existem na Zona Ecológica II ricos recursos de plantas autóctones de mangue (por exemplo, Kandelia Candel, Tungue e Acanto) e de animais que vivem nas zonas húmidas (por exemplos Saltador-do-lodo e Chama-maré), anteriormente, os cidadãos só podiam observá-los a longa distância na costa da Zona Ecológica II. Com o objectivo de enriquecer os elementos de educação que a Zona Ecológica II dispõe, a DSPA, após a consulta de opiniões junto de uma entidade académica, vai construir uma via de visita em madeira, com 2 metros de largura e 110 metros de comprimento, no lado norte da Zona Ecológica II, junto da Ponte Flor de Lótus do Cotai e longe das zonas onde as aves migratórias descansam e se alimentam, a qual comporta, simultaneamente, 50 pessoas para visita e estudo. A via de visita será instalada no alicerce de pedras que se situa entre as bocas de bueiro tubular das Zonas Ecológicas I e II, uma vez que as correntes de água fluem todos os dias por estas duas bocas de bueiro tubular, sendo que as terras húmidas à volta da via de visita podem ser aperfeiçoadas a par da construção da mesma, permitindo criar um ambiente mais favorável para os seres vivos das zonas húmidas. Para controlar o fluxo de visitantes e evitar impactos negativos ao ambiente ecológico, serão colocas duas portas em madeira nos pontos extremos da via de visita, para que esteja aberta apenas às visitas do público. A construção da via de visita começará em Outubro do presente ano e prevê-se a sua conclusão ainda no final deste ano. Ao mesmo tempo, com vista a coordenar com a via de visita, e planear ainda melhor a rota de visita às Zonas Ecológicas no Cotai, será instalada uma nova entrada ocidental nos tapumes da Zona Ecológica I em frente da via de visita da Zona II. Depois da construção, os visitantes, orientados por guias, podem apreciar as plantas colocadas nos dois lados do trilho de estudo na Zona I e observar as aves através dos postos de observatório e, em seguida, poderão passear na via de visita da Zona II, através da porta ocidental, para conhecer o ecossistema de mangue das zonas húmidas. Actualmente mais de 9.600 pessoa já visitaram e estudaram a Zona I, desde que, em 2012, esta zona passou de gestão fechada para abertura limitada à visita de escolas e associações. A DSPA começou a realizar, mensalmente, a partir de Janeiro de 2014, a actividade do “Dia Aberto ao Público” das Zonas Ecológicas no Cotai, tendo esta actividade já sido realizada 96 vezes e registada uma participação acumulada de mais de 1.500 pessoas. Crê-se que, após concluída a construção da via de visita, as Zonas Ecológicas no Cotais podem desempenhar uma função de educação mais abrangente e melhor divulgar a consciência de preservação ecológica.
