Saltar da navegação

Resultados da pesquisa de locais de proliferação de mosquitos nos domicílios e nos espaços comuns dos edifícios de Setembro de 2016


Os Serviços de Saúde realizaram, entre os dias 10 e 30 de Setembro, a pesquisa de fontes de proliferação de mosquitos nos domicílios e nos lugares públicos dos edifícios de Macau. Os resultados obtidos, revelam que a situação de proliferação de vectores de febre de dengue nos domicílios e nos lugares públicos dos edifícios não é grave, contudo o Índice do ovitrampa detectado é muito elevado. Como a situação epidémica da febre de dengue e da doença por vírus Zika nas regiões vizinhas é ainda grave os Serviços de Saúde continuam a reforçar a eliminação de mosquitos para a prevenção da febre de dengue e da doença por vírus Zika, apelando aos residentes que continuem a eliminar água estagnada nos domicílios, para efeitos da prevenção e controlo da febre de dengue e da doença por vírus Zika. A pesquisa, apoiada pela Direcção dos Serviços de Estatística e Censos e realizada de forma aleatória, além de investigar a situação de proliferação dos mosquitos nos domicílios, avaliou, ainda, a proliferação dos mosquitos nos lugares públicos dos edifícios. Durante esta pesquisa, foram investigados 350 domicílios, 45 edifícios e conjuntos habitacionais. A pesquisa nos domicílios visou a medição de três indicadores que demonstram o risco de propagação da Febre de Dengue, nomeadamente, o Índice de Habitação, o Índice Breteau e o Índice de Recipiente. A pesquisa sobre a proliferação de mosquitos nos lugares públicos nos edifícios visou a medição dos indicadores que mostram o risco de propagação da Febre de Dengue nos lugares públicos dos edifícios: o Índice de Breteau do edifício e o Índice de Recipiente. Durante as pesquisas, os trabalhadores dos Serviços de Saúde também deram indicações aos ocupantes dos domicílios e aos guardas de segurança dos edifícios, de como efectuar a identificação das fontes de reprodução dos mosquitos e como proceder à sua eliminação, a fim de se prevenir a propagação da Febre de Dengue nos domicílios e na comunidade. Relativamente à pesquisa sobre as fontes de proliferação de mosquitos nos domicílios, o Índice Breteau refere-se à proporção do número de recipientes com larvas ou crisálidas que podem ser transmissores da Febre de Dengue em relação ao número de famílias seleccionadas para a pesquisa, multiplicada por 100 (cem). Quanto mais alto for o Índice, maior é a possibilidade da prevalência da Febre de Dengue. Conforme esta pesquisa, o valor médio deste Índice em Macau é 1,4. O valor mais alto obtido ocorreu na área do TAP Seac 3,1, seguido do valor obtido na área da Areia Preta 2,0 (Tabela 1). O Índice de Habitação refere-se ao número de famílias que têm recipientes com larvas ou crisálidas que podem ser transmissores da Febre de Dengue, em cada 100 (cem) famílias. De acordo com a investigação, o valor médio do Índice de Habitação em Macau é 1,1%. O valor mais elevado foi também registado na área do TAP Seac 3,1%, seguido do valor obtido na área de Fai Chi Kei 1,3% (Tabela 1), respectivamente. O Índice de Recipiente refere-se ao número de recipientes com larvas ou crisálidas que podem ser transmissores da Febre de Dengue em cada 100 (cem) recipientes com água. O valor médio deste Índice em Macau é de 0,8%. O valor alto foi obtido nas áreas do TAP Seac e da Areia Preta 1,1%, e o segundo valor mais elevado foi encontrado na área de Fai Chi Kei 1,0% (Tabela 1). Relativamente ao tipo de recipientes nos domicílios, segundo a pesquisa, verificou-se que os três índices de demonstram o risco da propagação da febre de dengue nos domicílios de Macau mantêm-se num nível mais baixo (Tabela 2). Quanto aos tipos de recipientes sobre as fontes de proliferação nos domicílios, a pesquisa identificou que apenas as jarras para plantas são as fontes principais de proliferação de mosquitos nos domicílios. Relativamente à pesquisa sobre a proliferação de mosquitos em lugares públicos nos edifícios, o Índice Breteau refere a proporção do número de recipientes com larvas ou crisálidas que podem ser transmissores da Febre de Dengue em relação ao número de habitação de uma fracção autónoma do edifício para a pesquisa, multiplicada por 100 (cem). Quanto mais alto for o Índice, maior é a possibilidade da prevalência da Febre de Dengue. Conforme esta pesquisa, o valor médio deste Índice em Macau é 0,9. O valor mais elevado foi obtido na área de Fai Chi Kei 3,8, seguido do valor obtido na área das Ilhas 1,5 (Tabela 3). O Índice de Habitação é o número de recipientes com larvas ou crisálidas que podem ser transmissores da Febre de Dengue, dos lugares públicos dos edifícios por cada 100 (cem) recipientes. De acordo com a pesquisa, o valor médio do Índice de Habitação em Macau é 4,3%. O valor mais alto foi registado na área das Ilhas 11,5%, seguido do valor obtido na área de Fai Chi Kei 10,0% (Quadro III e Quadro IV), respectivamente. Segundo os resultados da pesquisa, verificou-se que o risco da propagação da febre de dengue nos espaços comuns dos edifícios de Macau mantêm-se num nível baixo. Relativamente ao tipo de recipientes nos lugares públicos dos edifícios, segundo a pesquisa, verificou-se que as bases dos vasos, os tanques, os baldes para reserva da água ainda são as fontes principais de proliferação de larvas e os lugares com água estagnada são principalmente os ares condicionados e pavimentos. A presente pesquisa evidenciou, também, que uma eventual proliferação da Febre de Dengue nos domicílios e nos lugares públicos dos edifícios em Macau não seria grave mas o Índice do ovitrampa é considerado muito elevado. Tendo em conta que a situação epidemiológica, quer da febre de dengue, quer da doença por vírus Zika nas regiões vizinhas é grave, os Serviços de Saúde com vista a reduzir o risco de propagação das doenças referidas em Macau reforçaram o trabalho de eliminação de mosquitos nos locais mais propícios à propagação das doenças, no sentido de diminuir a densidade de vectores. No dia 25 de Outubro, os trabalhadores dos Serviços de Saúde deslocaram-se aos locais indicados na Tabela 4 para procederem à desinfecção química ou implementarem medidas de controlo de vectores. Os Serviços de Saúde apelam, também, à população que quando viaje para lugares com surto de febre de dengue e da doença por vírus Zika, especialmente nas regiões do Sudeste Asiático, vista roupas com mangas compridas e fique em sítios com ar condicionado ou que possuam instalações antimosquitos. Ao ar livre deve ser aplicado repelente antimosquitos nas partes expostas do corpo, evitando serem picados. Em caso de apresentação de sintomas de febre, erupção cutânea e outros sintomas suspeitos de febre de dengue e da doença por vírus Zika, deve recorrer atempadamente à consulta médica. As grávidas ou as mulheres com intenção de engravidar devem evitar temporariamente deslocações às regiões afectadas. Aqueles que se deslocaram a regiões afectadas pelo vírus Zika, aquando do seu regresso das mesmas, devem obrigatoriamente tomar medidas antimosquitos ao longo de um mês e abster-se de ter relações sexuais durante 6 meses ou sempre que tenham relações sexuais devem usar preservativo durante todo o acto sexual. No caso das grávidas, estas devem tomar medidas preventiva e seguras nas relações sexuais, ao longo de seis meses desde o regresso ou até ao parto, consoante o período mais próximo. O Laboratório de Saúde Pública dos Serviços de Saúde proporciona de forma gratuita o teste de febre de dengue e de doença por vírus Zika a todas as instituições médicas. Para mais informações, os cidadãos podem ligar para a linha das doenças transmissíveis dos Serviços de Saúde n.º 28 700 800 ou consultar informações sobre doenças transmissíveis na página electrónica dos Serviços de Saúde http://www.ssm.gov.mo/csr/. Tabela 1 Número de vectores de febre de dengue em diversas áreas nos domicílios *Anexo