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Li Keqiang anuncia dezanove medidas de apoio ao desenvolvimento da RAEM

Encontro entre o Primeiro Ministro do Conselho de Estado, Li Keqiang, e representantes dos diversos sectores da sociedade, de empresas chinesas e altos funcionários da RAEM, no âmbito da V Conferência do Fórum Macau.

O primeiro-ministro do Conselho de Estado, Li Keqiang, anunciou hoje (12 de Outubro), num encontro com representantes dos diversos sectores da sociedade, dezanove medidas de apoio ao desenvolvimento da Região Administrativa Especial de Macau (RAEM), incluindo a concretização da política de acesso de automóveis de Macau à Ilha de Hengqin e de viagens em barcos de recreio com visto individual. O encontro, presidido pelo Chefe do Executivo Chui Sai On, contou com a participação de cerca de 200 personalidades. O Primeiro-ministro descreveu a sua visita a Macau como a realização de um desejo de longa data. Afirmou que Macau é um território que implementa de forma bem-sucedida o princípio de «um país, dois sistemas». Li Keqiang relembrou o dia que se deslocou à Torre de Macau, que apresentava um clima e uma bela paisagem que reflectia o brilho do sol e das nuvens. A sensação que ficou foi de que esta linda cidade mudou bastante nos últimos anos e alcançou sucessos notáveis. Referiu o reconhecimento dos trabalhos do governo da Região Administrativa especial de Macau (RAEM), pelo Governo Central, e na sua opinião foi nada fácil Macau conseguir a actual boa tendência de desenvolvimento, uma vez que também enfrenta desafios gerados pela crise financeira mundial, cujo desenvolvimento económico foi afectado, sublinhando que Macau está a sentir, mas aguentar as «dores» da transformação e modernização. Reiterou que o princípio «um país, dois sistemas» é uma ideologia importante da Pátria, que está a progredir a par da sua concretização. Todavia, Macau conseguiu transformar os desafios em oportunidades e permitir que outros sentissem a boa tendência de desnvolvimento. Salientou que Macau é uma plataforma importante para a cooperação entre a China e os países lusófonos. Relembrou que ontem anunciou, em nome do governo central, algumas medidas de apoio aos países de Língua Portuguesa, cuja implementação na sua maioria precisa do suporte de Macau. No processo da reforma e abertura do país, Macau pode desenvolver as suas vantagens únicas. Na ocasião, o primeiro-ministro anunciou dezanove medidas de apoio ao desenvolvimento da RAEM, incluindo à realização anual do Fórum de Economia de Turismo Global, à transformação de Macau num centro de liquidação de reminbi para os países lusófonos e ao estabelecimento de um seguro de crédito à exportação, à criação da sede do Fundo da Cooperação para o Desenvolvimento entre a China e os Países de Língua Portuguesa em Macau, à transformação de Macau numa cidade intelectual, ao aperfeiçoamento da passagem nas fronteiras, da inspecção e quarentena entre Macau e a China interior, ao apoio da construção dos “três centros” de Macau, à construção dum centro de medicamentos tradicionais chineses, através da cooperação com a Organização Mundial da Saúde e respectivos ministérios e comissões estatais, ao Parque Científico e Industrial de Medicina Tradicional Chinesa para a Cooperação entre Guangdong-Macau. Garantiu o apoio ao reforço da gestão do mar para desenvolver a economia marítima, ao desenvolvimento do papel importante na cooperação da Região do Grande-Delta do Rio das Pérolas, incentivo aos empresários desta região para investirem na RAEM. Sublinhou a concretização, antes de 30 de Junho do próximo ano, da política de viagens em barcos de recreio com visto individual, e até ao final deste ano, da política de acesso de automóveis de Macau à Ilha da Hengqin (Ilha da Montanha). Garantiu ainda a ajuda directa ao governo da RAEM no reforço da construção da plataforma entre a China e os Países de Língua Portuguesa e numa maior participação de Macau nas estratégias nacionais importantes e nos grandes eventos de intercâmbio internos e externos, bem como o auxílio à participação adequada de Macau no Fundo da Rota da Seda, no Fundo da cooperação industrial entre a China e a América Latina, e no Fundo de cooperação industrial entre a China e a Àfrica. Na ocasião cinco representantes de diversos sectores da sociedade colocaram questões relativas a determinadas matérias, designadamente, Sio Chi Wai considerou que a sociedade tem de conhecer a importância da diversificação económica para Macau e da transformação de Macau numa base offshore empreendadora de negócios para a China e os países lusófonos. Por sua vez, Lao Ngai Leong manifestou apoio ao reforço da cooperação com Guangdong e Zhuhai e fez algumas sugestões. Entretanto, Lo Iek Long sugeriu que se deveria deixar mais jovens de Macau estudar nas universidades da China interior. Também Susana Chou interviu referindo a dificuldade dos países lusófonos em conseguir financiamento, enquanto Victor Ng referiu o problema de cobrança do valor de exportação ainda por resolver e sugeriu a criação duma entidade de seguros de crédito à exportação pelo país. O Li Keqiang fez questão de responder as todas estas perguntas. Após o encontro, o primeiro-ministro, reuniu-se com os responsáveis das entidades do Governo Central em Macau, de empresas chinesas, e ainda com os responsáveis dos órgãos executivo, legislativo e judicial da RAEM. No final, tirou uma foto com os representantes dos diversos sectores da sociedade.

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