Os participantes
O Centro de Avaliação e Tratamento da Demência entrou em funcionamento oficial na quarta-feira (21 de Setembro), tendo a cerimónia de inauguração sido presidida pelo Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, Doutor Alexis Tam, acompanhado do Director dos Serviços de Saúde, Dr. Lei Chin Ion, e da Presidente do Instituto de Acção Social, Dra. Vong Yim Mui. Após a inauguração, o Secretário e os convidados fizeram uma visita ao Centro, observaram as instalações e ouviram uma apresentação dos dirigentes dos Serviços de Saúde e dos trabalhadores do Centro. Na cerimónia de inauguração, o Secretário Alexis Tam salientou, no seu discurso, a atenção contínua que é prestada, e que o fornecimento de serviços médicos adequados e atempados aos idosos sempre constitui uma das linhas da acção governativa do Governo da RAEM. De acordo com estimativas, em Macau existem cerca de 4.000 doentes diagnosticados com demência. À medida que a população de Macau envelhece, e com um efectivo aumento da esperança média de vida, o número de doentes com demência irá, naturalmente, aumentar. O Gabinete do Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura empenha-se em implementar uma “rede de serviços de demência em Macau” de modo a proporcionar serviços médicos e serviços sociais com qualidade a doentes com demência através da colaboração entre os serviços interdepartamentais e as entidades públicas e privadas. O Centro de Avaliação e Tratamento da Demência integra recursos dos centros de saúde e diversas especialidades do Centro Hospitalar Conde de São Januário, do Instituto de Acção Social e de diversas entidades sociais, visando proporcionar aos doentes serviços de diagnóstico, tratamento e assistência social de modo “one stop”. Por outro lado, o Governo irá ainda estudar a criação de um regime de registo da demência que possibilitará, através do domínio de dados científicos, o reforço da elaboração de políticas, da gestão de doentes e do acompanhamento dos doentes pelos diferentes serviços. Alexis Tam agradeceu aos representantes das diversas associações de serviços sociais pela presença na cerimónia e apresentou a esperança que mediante um intenso esforço de coordenação e colaboração entre o Governo e as associações cívicas, o Governo irá continuar o desenvolvimento do trabalho entre as partes: educação preventiva, diagnóstico e cuidados sociais relativos à demência, de modo a proporcionar a doentes com demência serviços médicos e sociais perfeitos e completos, impulsionando a criação de “uma cidade amiga da demência” em Macau. Seguidamente, os convidados visitaram as instalações do Centro sob a guia do Director do CHCSJ, Dr. Kuok Cheong U, tendo ouvido as apresentações pelos diversos trabalhadores do Centro, além disso conheceram as instalações do Centro que abrangem a sala de avaliação de função cognitiva, sala dos serviços de assistência social, sala de nostalgia, sala de consulta e tratamento médico e sala multifuncional de educação e treino. Na altura, o assessor do Gabinete do Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura e o coordenador deste Centro, Dr. Lo Iek Long, realçou em entrevista aos sectores de comunicação social que, conforme a experiência anterior, mais de 1.500 casos de demência foram confirmados pelos Serviços de Saúde, mas de acordo com as estimativas, existem cerca de 4.000 doentes com demência em Macau. A taxa de diagnóstico é aproximadamente de 40%, tendo já o trabalho actual tido certas eficácias em comparação com a taxa entre 30% a 50% em países ou regiões desenvolvidas. O Dr. Lo Iek Long acredita que a criação do Centro vai efectivamente reduzir o tempo de espera dos pacientes diagnosticados com demência. O Centro irá fornecer serviços médicos aos 8 a 10 novos pacientes com demência diários. Em conjunto com os pacientes que recebem acompanhamento de tratamento, é previsto que possam ser tratados 20 a 30 casos por dia. Apelou ainda a todos os sectores sociais, a preocupação conjunta em relação aos doentes e incentivou os pacientes a procurarem tratamento. Pois, principalmente, os pacientes da comunidade chinesa relutam em enfrentar a demência, ou não recorrem ao médico por terem receio de serem rotulados negativamente. Assim, o Centro pode mesmo prestar aos pacientes e aos seus cuidadores um conjunto amplo de serviços médicos e sociais para melhoramento da saúde e da vida familiar. Expressou ainda que a criação do Centro é o resultado do uso racional de recursos e da optimização de gestão hospitalar, tendo sido criado como base original o serviço de memória geriátrica, já desenvolvido, e o hardware existente. Portanto, no âmbito dos funcionários do Centro, não implica qualquer recurso adicional. Muitas das partes internas das instalações foram voluntariamente projeccionadas pelos funcionários, aproveitando o tempo pós-laboral. Além disso, em face de um surto de incidentes emergentes de saúde pública, o Centro irá desempenhar a função de prestação dos serviços de emergência existentes aos pacientes. Na cerimónia de inauguração, estiveram presentes principalmente os representantes das diversas associações e grupos de serviços sociais, incluindo vice-presidente da Federação das Associações dos Operários de Macau, Leong Iok Wa, provedor da Mesa Directora, António José de Freitas, presidente da Associação Budista Geral de Macau, Sik Kin Chiu, o secretário-geral da Cáritas de Macau, Paul Pun, directora geral da Obra das Mães, Van Iat Kio, presidente da Associação da Doença de Alzheimer de Macau, Huen Wing Ming Patrick, presidente da Hong Kong Alzheimer’s Disease Association, Dr David Dai Lok Kwan, presidente da Associação de cuidadores dos idosos de Macau, Lam In Nie, vice-presidente da Associação Budista Geral de Macau, Sik Sam Wai, secretário-geral da Associação da Doença de Alzheimer de Macau, Zeng Wen, subdirector da União Geral das Associações dos Moradores de Macau, Lam Man Chi, directora do Lar de Idosos da Obra das Mães, Lam Lai Fong, chefe do Centro para idosos, Leong Iek Hou, e entre outros.
