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Serviços de Saúde: Esclarecimento sobre reportagem sobre envio de pacientes para serviços médicos no exterior


Nos últimos dias foi publicado num órgão de comunicação social um artigo que aludia à escassez de infra-estruturas e profissionais nos Serviços de Saúde acrescentando que o hospital público tem enviado doentes para tratamento em Hong Kong. Como o conteúdo da reportagem pode causar mal-entendidos os Serviços de Saúde entendem ser necessário esclarecer o seguinte: A RAEM é um cidade com uma população reduzida, com poucos casos clínicos especiais, daí que o actual regime de envio de doentes para tratamento no exterior permite complementar as insuficiências dos serviços médicos de Macau pois também ainda não existe uma Academia de Medicina Ocidental. Neste contexto, sempre que exista uma situação específica os Serviços de Saúde enviam os doentes para o exterior de modo a assegurar que o doente possa obter um tratamento adequado e atempado. Ao mesmo tempo os Serviços de Saúde tem aperfeiçoado a rede de serviços médicos primários, assegurando a saúde física e mental dos residentes promovendo o progresso e o desenvolvimento dos mesmos. Serviços médicos sofisticados aumentam progressivamente O regime de envio de serviços médicos ao exterior é um complemento dos serviços médicos de Macau. Com o intuito de assegurar aos residentes de Macau a obtenção de serviços médicos adequados e atempados, os Serviços de Saúde de Macau seguem e cumprem, desde sempre, a legislação referente ao envio de serviços médicos ao exterior, procedendo ao envio de doentes com necessidades especiais para instituições locais e para o exterior, de forma a serem submetidos a exames e tratamentos complementares. Saliente-se que o envio de casos especificos para centros médicos não só permite assegurar que o doente de Macau possa obter de forma atempada e adequada o tratamento como ainda permite promover, de forma eficaz, o desenvolvimento da técnica de medicina regional. De facto, para uma população com apenas 650.000 residentes, para desenvolver uma técnica médica é necessário tomar em consideração as situações práticas e a continuidade da aplicação dessa mesma técnica. Acresce que a aplicação dessa técnica exige, também, um numero substancial de casos que permita manter o nível técnico dos profissionais de saúde. Assim, o regime de envio de doentes para serviços médicos no exterior atende às necessidades dos residentes de Macau e foi tida em conta o beneficio económico desta medida. Paralelamente os Serviços de Saúde estão a desenvolver um conjunto de serviços médicos sofisticados de acordo com as reais necessidades dos doentes em Macau. O Centro Hospitalar Conde de São Januário durante este ano vai disponibilizar exames ultrasónicos endobronquiais, aumentando o nível de diagnóstico e tratamento do cancro pulmonar, além de permitir aumentar a formação de recursos humanos. Também de acordo com a determinação dos critérios da morte cerebral, Macau irá disponibilizar serviços de transplante de rins, disponibilizando assim, mais um tratamento, além da terapia de substituição renal, às centenas de doentes com doenças renais em fase terminal. Acresce que o Centro Hospitalar Conde de São Januário também desenvolveu recentemente tratamentos minimamente invasivos por endoscopia; cirurgia guiada por 3D no Serviço de Neurocirurgia, de Otorrinolaringologia e de Ortopedia; tratamentos e cuidados especiais a prematuros do Serviço de Ginecologia e de Pediatria; disponibiliza já novas técnicas imagiológicas; assim como tratamento invasivo por cateter cardíaco, nervos cardiovasculares, terapia endovascular, entre outras sofisticadas técnicas. Convém também recordar que o Centro Hospitalar Conde de São Januário actualmente atinge níveis iguais a outros hospitais de Hong Kong que também obtiveram a acreditação hospitalar a nível internacional pelo Conselho Australiano das Normas de Saúde (ACHS), o que significa que os serviços e a gestão hospitalares atingem níveis internacionais. Através da acreditação foi possível aumentar a qualidade dos serviços médicos, optimizar as diversas instalações hospitalares, permitindo aos doentes a obtenção de um ambiente seguro e confortável, reduzindo a ocorrência de erros médicos, e proporcionando aos cidadãos de Macau serviços diferenciados hospitalares seguros, com alta eficácia e estáveis. Envio de pacientes para serviços médicos em Hong Kong atingem 1.6/1000 As informações disponíveis nos Serviços de Saúde indicam que em 2015, os apenas 1,6 pessoas em cada 1.000 foram enviadas para Hong Kong pelos serviços médicos de Macau, o que evidencia que a percentagem do envio de pacientes pelo Governo é muito baixa quando relacionada com os serviços gerais e que estas situações são apenas um complemento aos serviços médicos locais. Através destes dados é possível afirmar que os profissionais dos Serviços de Saúde de Macau estão habilitados para tratar da maior parte das doenças e o nível de tratamento tem aumentado. Todos os indicados de Saúde são bons. A esperança média de vida dos residentes de Macau em 2015 é de 83.2 anos, a taxa de mortalidade dos recém-nascidos é de 1.1/1000 e a taxa de mortalidade de parturientas é zero (0). Os cancros que frequentemente ocorrem em Macau, nomeadamente o cancro da mama e o cancro do colo do útero, cancros similares em períodos de cinco anos, tem registado em Macau um aumento da taxa de sobrevivência, aliás relativamente ao cancro da mama as taxas registadas em macau são similares aos números dos Estados Unidos da América, da Noruega, da Austrália, do Canada, entre outros, e as taxas relativas ao cancro do colo do útero são similares às de Taiwan e da Noruega. Saliente-se que no caso do cancro colorectal a taxa de sobrevivência a cinco anos é mais alta do que a que se regista nos Estados Unidos da América, Canadá ou Taiwan entre outros, evidenciando que as politicas do Governo da RAEM para a área da Saúde além de serem suficientes são eficazes.



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