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Estimativa do produto interno bruto (PIB) referente ao 2º trimestre de 2016


No segundo trimestre de 2016 a economia de Macau registou uma contracção homóloga de 7,1%, em termos reais, apresentando uma melhoria face ao primeiro trimestre (-13,3%), devido principalmente ao atenuamento da tendência decrescente das exportações de serviços e do investimento, bem como tendo em conta a diminuta base de comparação do ano passado. A procura externa continuou fraca, tendo as exportações de bens diminuído 24,7%, à semelhança do primeiro trimestre (-24,6%). As exportações de serviços do jogo e as exportações dos outros serviços turísticos desceram respectivamente 12,0% e 7,4%, inferiores a -17,1% e -11,0% no primeiro trimestre. A procura interna continuou a abrandar, observando-se descidas na despesa de consumo privado (-2,2%), no investimento (-15,2%) e nas importações de bens (-16,2%). Todavia, a despesa de consumo final do Governo cresceu 4,5%. Por seu turno, o deflactor implícito do PIB do segundo trimestre (que mede a inflação global) ascendeu ligeiramente 0,1% em termos anuais, informam os Serviços de Estatística e Censos. A despesa dos residentes tornou-se prudente durante o período do ajustamento económico. A despesa de consumo privado registou um decréscimo homólogo de 2,2%, semelhante ao primeiro trimestre (-2,3%). A despesa em bens duradouros caiu significativamente, reflectindo o comportamento conservador dos agregados familiares em relação às despesas não essenciais. A despesa de consumo final das famílias desceu 2,0% no mercado local, enquanto aumentou 2,2% no exterior. A taxa de crescimento da despesa de consumo final do Governo aumentou 4,5%, em termos anuais, superior à do primeiro trimestre (+1,5%). Salienta-se que as remunerações dos empregados e as aquisições líquidas de bens e serviços ascenderam 3,0% e 7,3%, respectivamente. O investimento continuou a descer, embora a um ritmo mais moderado. A formação bruta de capital fixo, que reflecte o investimento, registou uma diminuição homóloga de 15,2%, acentuadamente inferior à registada no primeiro trimestre (-31,9%). A queda do investimento foi arrastada pela redução do investimento privado, registando-se contracções de 19,1% do investimento em construção do sector privado e de 12,7% do investimento em equipamento, devido à sucessiva conclusão das obras dos grandes empreendimentos de turismo e entretenimento, reflectidas na notável diminuição de 18,4% no investimento do sector privado. Por seu turno, aumentou 41,7% o investimento do sector público, com acréscimos de 40,0% em construção e de 59,5% em equipamento. O comércio externo de mercadorias continuou amortecido. A despesa de consumo privado manteve-se cautelosa, embora se tenha atenuado a tendência decrescente do investimento e da despesa dos visitantes. A descida homóloga de 16,2% das importações de bens registou uma melhoria relativamente ao primeiro trimestre (-19,9%), enquanto as exportações de bens baixaram 24,7%, em termos anuais, próxima da variação do primeiro trimestre (-24,6%). A queda do comércio de serviços estreitou-se. As exportações de serviços caíram 9,5%, em termos anuais, embora menos acentuadamente que no primeiro trimestre (-13,7%), destacando-se as descidas das exportações de serviços do jogo (12,0%) e das exportações dos outros serviços turísticos (7,4%), ainda assim inferiores às do primeiro trimestre (-17,1% e -11,0%, respectivamente). Por seu turno, as importações de serviços registaram uma quebra homóloga de 2,0%, inferior a -4,8% do primeiro trimestre. No primeiro semestre de 2016 a economia de Macau contraiu-se 10,3%, em termos reais. Em termos dos principais componentes das despesas do PIB, observaram-se descidas de: 2,3% na despesa de consumo privado; 23,5% no investimento; 24,7% nas exportações de bens; 18,1% nas importações de bens; 11,7% nas exportações de serviços e 3,4% nas importações de serviços, realçando-se que as exportações do jogo e as exportações dos outros serviços turísticos caíram 14,7% e 9,3%, respectivamente. Em contrapartida, subiu 3,1% a despesa de consumo final do Governo, o único principal componente das despesas que registou crescimento.



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