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Divulgação da Balança de Pagamentos da RAEM Estimativa preliminar do ano de 2015


A Autoridade Monetária de Macau (AMCM) divulga hoje a estimativa preliminar da Balança de Pagamentos da RAEM referente ao ano 2015. A Balança de Pagamentos, que é composta por conta corrente, conta de capital e conta financeira, é um registo estatístico integrado que apresenta os resultados das transacções externas entre um sistema económico com o resto do mundo. No ano de 2015 a estimativa preliminar do superavit da Balança de Pagamentos de Macau cifrou-se em 18,6 mil milhões de patacas, destacando-se o saldo positivo de 103,2 mil milhões na conta corrente e um aumento de 15,2 mil milhões dos activos financeiros líquidos não reserva. As exportações de mercadorias subiram 9,6%, em termos anuais e as importações de mercadorias, valorizadas em f.o.b. (franco a bordo), desceram suavemente 1,3%, pelo que o défice da balança comercial passou de 93,7 mil milhões de patacas em 2014 para 91,0 mil milhões em 2015. Por seu turno, as exportações de serviços diminuíram 24,9% em 2015, devido à queda das receitas do jogo, ao passo que as importações de serviços desceram suavemente 0,9%. Assim, o superavit da conta de serviços desceu substancialmente de 330,4 mil milhões em 2014 para 240,7 mil milhões de patacas em 2015. Nos rendimentos primários, que reflectem os fluxos transfronteiriços dos rendimentos dos factores, a saída líquida desceu de 63,1 mil milhões de patacas em 2014 para 29,8 mil milhões em 2015, um acentuado decréscimo motivado principalmente pela quebra dos lucros auferidos pelos investidores directos estrangeiros em Macau. Os rendimentos secundários, que incluem essencialmente as transferências pessoais e os donativos recíprocos entre associações de serviços sociais de Macau e o exterior, registaram uma saída líquida de 16,8 mil milhões de patacas em 2015, ou seja, menos 4,4 mil milhões do que em 2014. O superavit da conta corrente atingiu 103,2 mil milhões de patacas, tendo diminuído 49,2 mil milhões relativamente aos 152,4 mil milhões de 2014, uma vez que o enorme superavit registado no comércio de serviços compensou o défice da balança comercial, assim como as saídas líquidas de rendimentos primários e secundários. Os activos líquidos financeiros não reserva registaram uma saída líquida de 15,2 mil milhões de patacas em 2015, enquanto em 2014 se tinham ficado pelos 101,0 mil milhões. Destaca-se que a entrada líquida de investimento directo caiu entre 2014 e 2105, de 7,6 para 3,5 mil milhões. Entretanto, a carteira de investimentos registou uma saída líquida consideravelmente elevada, aumentando de 45,2 para 97,4 mil milhões, devido ao incremento significativo dos títulos de investimentos externos dos residentes de Macau (incluindo os indivíduos, a Reserva Financeira da RAEM e instituições financeiras). Quanto aos outros investimentos, em virtude do forte crescimento dos passivos externos dos bancos, evoluiu-se de uma saída líquida de 65,9 mil milhões de patacas em 2014 para uma entrada líquida de 76,1 mil milhões em 2015. Por seu turno, registou-se uma entrada líquida de 2,7 mil milhões nos derivados financeiros, comparativamente com 2,6 mil milhões em 2014. Os activos de reservas constantes na conta financeira reflectem essencialmente o movimento das reservas cambiais da RAEM detidas pela AMCM. Deduzida a influência de factores, como as variações de preços e a taxa cambial, os activos de reserva cresceram 18,6 mil milhões de patacas em 2015, enquanto em 2014 a subida foi de apenas 0,6 mil milhões, reforçando a continuidade do excedente da Balança de Pagamentos. A Balança de Pagamentos da RAEM é compilada de acordo com o padrão promovido pelo Manual da Balança de Pagamentos e Posição de Investimento Internacional (6ª Edição), editado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI). Os dados resumidos divulgados presentemente incorporam as estimativas estatísticas preliminares, sendo os dados revistos publicados posteriormente no relatório estatístico, a publicar em Dezembro de 2016.



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