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Encontro entre PJ, CTT e as operadoras de telecomunicações para prevenir burlas telefónicas

Encontro entre PJ, CTT e as operadoras de telecomunicações para prevenir burlas telefónicas

A Polícia Judiciária tem vindo a receber, nos últimos dias, muitas queixas relativas a burlas telefónicas. Assim, face à gravidade do número de casos e para reforçar a prevenção deste tipo de crime, a PJ reuniu-se, de urgência, com os representantes da Direcção dos Serviços de Correios e Telecomunicações (CTT) e das operadoras de telecomunicações de Macau.

Estudar em conjunto as medidas para reforçar a prevenção

O encontro teve lugar em 31/07/2017 nos CTT, onde estiveram presentes o chefe da Divisão de Normas e Técnicas dos CTT, Lou San, os representantes de várias operadoras de telecomunicações, incluindo a CTM, China Telecom, Hutchison e Smartone, bem como o chefe da Divisão de Investigação de Crimes Económicos, Chan Cho Man, chefe da Divisão de Telecomunicações, Chan Weng Hong, chefe da Divisão de Ligação entre Polícia e Comunidade e Relações Públicas, Cheang Pou Seong e o investigador principal da Divisão de Informações em Geral, Leong Kin Pan. O encontro teve por objectivo a definição, em conjunto, de mais estratégias para prevenir e combater a burla telefónica, nomeadamente a adopção de melhores formas para a identificação das chamadas feitas pelos burlões.

De acordo com os dados da PJ, depois de uma descida significativa em 2012, o número dos casos de burla telefónica começou a subir o meio de 2013 e voltou a descer na segunda metade de 2015 mantendo-se baixa em 2016. No início de 2017 deu-se novamente uma subida no número de ocorrências e os esquemas mais usados foram principalmente os do tipo “Falso funcionário das autoridades policiais da RAEM e da china Continental” e “Adivinha quem sou eu”. Após o reforço da sensibilização efectuada pela PJ, foi registada uma diminuição substancial em Maio deste ano. Entretanto, foi registado em finais de Julho um aumento muito rápido de burlas do primeiro tipo, de falso funcionário tendo sido recebidas na PJ um total de 592 denúncias de burlas no período de 21 a 30 de Julho. Ocorreram prejuízos em 7 destes casos, cujo montante total ultrapassou um milhão de patacas.

Aperfeiçoar as medidas de identificação de chamadas

Perante a nova onda de burla telefónica em Macau, a PJ reuniu-se, de urgência com os representantes da Direcção dos Serviços de Correios e Telecomunicações (CTT) e das operadoras de telecomunicações de Macau para reforçar a prevenção deste tipo de crime. Todas as operadoras de telecomunicações de Macau vão manter as medidas actuais de identificação da chamada telefónica, ou seja, quanto às chamadas feitas do exterior para Macau, será exibido no identificador de chamadas um sinal adicional “+” se o número for completo e apenas um número “00” se o número for incompleto ou suspeito. A PJ salienta, no entanto, que qualquer número de telefone poderá ser falso. As partes vão continuar a estudar em conjunto para aperfeiçoar as actuais medidas de identificação.

Cuidado com as burlas telefónicas

A PJ dá grande importância ao aumento do número dos casos de burla telefónica. Para além de reforçar as acções de sensibilização através de vários meios para aumentar a consciencialização da população, a PJ vai continuar a aumentar a eficácia de investigação criminal para minimizar o prejuízo dos ofendidos. Quanto à cooperação com os serviços competentes da China continental, foram estabelecidos mecanismos para combater em conjunto os crimes transfronteiriços na sua origem.

A PJ adverte os cidadãos para que quando receberem telefonemas de origem desconhecida, se mantenham em alerta. Deverão informar e discutir o facto com familiares ou amigos mas não revelar a ninguém os seus dados pessoais nem fazerem qualquer transferência de dinheiro. Alerta-se ainda para que não acreditem facilmente nos números exibidos no identificador de chamadas porque estes podem ser criados pelos burlões através de software. Se tiverem conhecimento de uma burla telefónica ou outros crimes, deverão apresentar imediatamente denúncia na polícia.

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