Pela celebração anual do Dia Mundial da Hepatite no dia 28 de Julho, os Serviços de Saude recomendaram que os cidadãos devem conhecer correctamente as vias de transmissão da hepatite B e os métodos da sua prevenção, de modo a reduzir a discriminação contra os pacientes com hepatite. A hepatite B é uma das hepatites virais e de acordo com o Relatório Global sobre Hepatites de 2017 publicado pela Organização Mundial de Saúde, indica que em 2015 um número estimado de cerca de 257 milhões de pessoas foi infectado pela hepatite B no mundo. Presentemente, ainda não há nenhum medicamento para curar esta doença e após a infecção e sem um acompanhamento adequado da assistência médica, a infecção pode evoluir para a cirrose ou o cancro de fígado. Embora a hepatite B seja uma doença infecciosa grave, presentemente, já existem métodos eficazes para prevenir a sua infecção, ou seja, se tivermos conhecimento das suas vias de transmissão e adoptarmos as medidas de prevenção, então não há necessidade de preocuparmo-nos com a infecção na escola e no local de trabalho resultante de pacientes infectados com hepatite B.
A hepatite B é transmitida, principalmente, pelo contacto com sangue e contacto sexual, bem como de uma mãe para o bebé durante o período de gravidez ou parto. A hepatite B não se transmite através da picada dos mosquitos e da via aérea e das actividades diárias, tais como, contacto comum e interacção social (por exemplo, apertar as mãos e abraçar). Os indivíduos do sector terciário, tais como, restauração, hotel, casino, banco ou ainda em formação, não levam ao aumento da probabilidade de infecção pelo vírus da hepatite B. Portanto, os Serviços de Saúde não recomendam o exame da hepatite B como uma das condições de recrutamento de pessoal e/ou de admissão de alunos, e salientam que o resultado do exame da infecção de hepatite B também não pode constituir motivo para o não recrutamento de pessoal e/ou não admissão de alunos.
A par disso, os médicos, agentes da polícia, cuidadores de pessoas com deficiência ou indivíduos em fase de formação nestas profissões de alto risco são mais vulneráveis à infecção pelo vírus da hepatite B, por isso, é necessária a realização do exame da hepatite B. No entanto, o resultado final do exame não pode excluir os indivíduos com uma reacção positiva para o exercício de funções, porém pode prevenir um eventual litígio de responsabilidade sobre a infecção pelo vírus da hepatite B por motivo de trabalho. Os indivíduos que ainda não foram infectados e com baixa imunidade devem ser vacinados. Os indivíduos com infecção crónica devem ser aconselhados através das orientações adequadas.
Na área da prevenção, de acordo com o Programa de Vacinação da RAEM, todos os nascidos em Macau, devendo ser vacinados contra a hepatite B. Mais de 98% dos bebés, crianças e jovens com imunidade normal a que tenham sido administradas 3 doses da vacina contra a hepatite B conseguem produzir anticorpos, atingindo o nível de protecção. É recomendado que os cidadãos devam tomar medidas de prevenção das doenças transmissíveis pelo contacto de sangue e fluido corporal para prevenir a hepatite B, incluindo: não partilhar objectos comuns com outros, como seringas, escovas de dentes, lâminas de barbear, cortadores de unhas; desinfectar e cobrir as feridas; colocar luvas antes de tratar de feridas de outros ou do contacto com objectos contaminados com sangue, para se protegerem; praticar sexo seguro.
Os pacientes com hepatite B e as pessoas em geral, devem ter direitos iguais no acesso ao trabalho e ao ensino. Vamos conhecer correctamente a hepatite B através da celebração do Dia Mundial da Hepatite no dia 28 de Julho e eliminar a discriminação contra a hepatite para construir em conjunto uma sociedade harmoniosa. Para mais informações detalhadas, os cidadãos podem consultar o sítio electrónico dos Serviços de Saúde (www.ssm.gov.mo) ou ligar para a linha aberta de informações de doenças transmissíveis dos Serviços de Saúde (28 700 800) durante o horário de expediente.