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Serviços de Saúde visitam hoje o Centro Hospitalar Conde de São Januário para conhecimento do trabalho de prevenção contra a gripe

Director dos Serviços de Saúde, Dr. Lei Chin Ion, em visita ao Centro Hospitalar Conde de São Januário para tomar conhecimento das medidas de prevenção durante o período do pico da gripe

Os Serviços de Saúde encontram-se a monitorizar com rigor a situação da gripe em Macau, prestando atenção à situação da lista de espera para consulta e à necessidade de camas no hospital para uma rápida resposta. Hoje, dia 21 de Julho, o Director dos Serviços de Saúde, Dr. Lei Chin Ion, convocou de novo uma reunião para auscultar que medidas são tomadas pelo Centro Hospitalar Conde de São Januário durante o período de pico da gripe, tendo de seguida procedido à inspecção in loco para se inteirar da situação da implementação dessas medidas, da situação da lista de espera dos pacientes no Serviço de Urgência, bem como da situação de tratamento médico. Os Serviços de Saúde manifestaram que todos os serviços subordinados dão importância ao trabalho de prevenção contra a gripe, estando a monitorizar com rigor o progresso da epidemia. Presentemente, a situação da lista de espera do Serviço de Urgência do Centro Hospitalar Conde de São Januário e a taxa de ocupação das camas ainda não excedem a lotação. A par disso, os Serviços de Saúde também estão atentos à situação de prevenção e controlo de doenças por organismo privado, tendo contactado com a Secretária-geral da Associação de Beneficência do Hospital Kiang Wu e o Vice-presidente do Hospital Kiang Wu, Sr.a Ung Pui Kun, para se inteirarem da situação de consulta do Serviço de Urgência e da taxa de ocupação de camas, ou seja, perante a gripe, os Serviços de Saúde reforçam a comunicação e procedem à prevenção e controlo conjunto. A par disso, como idosos e deficientes podem mais facilmente ter complicações, após a infecção pelo vírus influenza, os Serviços de Saúde contactam o Instituto de Acção Social solicitando o reforço das medidas de controlo da infecção em todos os lares de idosos e deficientes nos cuidados diários e também impedir visitas a utentes com sintomas de gripe.

Vários dados apontam para aumento significado de casos da gripe

A fim de monitorizar a situação da gripe em Macau, os Serviços de Saúde estabeleceram um mecanismo rigoroso de monitorização. As várias monitorizações revelaram um aumento significativo da gripe.

De acordo com as informações do Hospital Kiang Wu, durante o período de 19 de Junho a 16 de Julho do corrente ano, os pacientes com sintomas do tracto respiratório representam 45,85% e 24,71% do número total do Serviço de Urgência e do número total de consultas externas, sendo o número similar em comparação aos 43,28% e 23,31% registados no período entre 22 de Maio e 18 de Junho, respectivamente, porém, durante o período de 19 de Junho a 16 de Julho 44 pacientes foram internados no hospital com gripe (uma média de 1,6 pessoas por dia), correspondendo a cerca do dobro comparativamente aos 20 pacientes durante o período de 22 de Maio a 18 de Junho (uma média de 0,71 pessoas por dia). Resultados recentes de análises laboratoriais da gripe revelam que a taxa de positividade quadruplicou em relação ao mês de Abril.

Após síntese das informações provenientes dos dois hospitais locais, o número de casos de gripe aumentou na última semana (29.ª semana), tendo o número de pacientes adultos com gripe que recorreram à Urgência atingido uma proporção de 123 por cada 1000 pessoas, quase quadruplicando em relação ao período normal comparando com os 117 pacientes com gripe registados na passada semana. Quanto ao Serviço da Urgência Pediátrica, essa atingiu a proporção de cerca de 221 por 1000 pessoas, correspondendo a cerca do dobro do período normal comparativamente às 214 crianças com gripe registadas na passada semana.

A monitorização da gripe é acompanhada pelo Laboratório de Saúde Pública dos Serviços de Saúde, o qual também procede ao isolamento das amostras do tracto respiratório com vírus da gripe. Na última semana (29.ª semana), das 188 amostras do tracto respiratório recolhidas 99 tiveram uma reacção positiva à presença do vírus influenza (taxa de positividade de 52,7%), sendo um aumento ligeiro em comparação com a taxa de positividade de 44,9%; das quais 78 (78,8%) pertenciam ao vírus da influenza A H3, 12 (12,1%) ao vírus influenza A H1 e 9 (9,1%) ao vírus influenza B.

No que diz respeito aos casos de infecção colectiva de gripe, desde o mês de Janeiro do corrente ano até ao momento, os Serviços de Saúde registaram 63 casos de infecção colectiva de gripe, uma ligeira redução em comparação com os 88 casos registados no mesmo período homólogo de 2016. Relativamente a estes casos foram isolados os vírus relativos a catorze (14) casos da gripe A H3N2, dois (2) casos da gripe A H1N1, dois (2) casos da gripe B, vinte e oito (28) casos de outros vírus respiratórios, catorze (14) casos cujo resultado ainda não foi obtido e três (3) casos que ainda estão na fase de análise laboratorial.

Quanto à monitorização dos casos graves de infecção da gripe, até ao momento, em 2017, foram registados 41 casos de gripe acompanhados de pneumonia, dos quais 22 do sexo feminino e 18 do masculino, com idades compreendidas entre os 10 meses e os 98 anos, 4 dos quais necessitaram de receber tratamento na Unidade de Cuidados Intensivos, não tendo recebido a vacina sazonal antigripal para os anos 2016-2017. Neste momento, dos casos acima foram registados dois casos da morte, sendo uma mulher com 89 anos de idade e um homem com 87 anos de idade, os quais sofriam de doenças crónicas antes da morte; 29 casos já tiveram alta e 10 casos ainda se encontram internados. Dos casos internados, 8 encontram-se em estado considerado estável e 2 necessitam de receber tratamento na UCI, dos quais a infecção de uma mulher com 78 anos já foi controlada, mas ainda necessita do ventilador mecânico devido à massa cervical. A outra pessoa é uma mulher com 44 anos, que sofre de diabetes e que, neste momento, necessita de oxigenação por membrana extracorpórea (ECMO) para ajuda na ventilação.

Acompanhamento rigoroso da situação de mutação do vírus influenza e actualização das estratégias de prevenção e controlo

Segundo um especialista de Hong Kong a vacina perde a sua eficácia perante a pouca mutação de N121K de uma parte da gripe A H3N2. Os Serviços de Saúde indicaram que o vírus influenza pode continuar a sofrer mutações ligeiras, tendo o vírus da gripe A H3N2 com pouca mutação de N121K surgido nos últimos anos. De acordo com informações da vigilância epidemiológica dos Serviços de Saúde, a maioria dos pacientes com doenças graves não receberam vacina, sendo raro o surgimento de doenças graves em indivíduos vacinados, o que significa que a actual vacina ainda é muito eficaz. Os Serviços de Saúde estão a acompanhar rigorosamente a actualização de informações publicadas pela Organização Mundial de Saúde e pelos territórios vizinhos, de modo a proceder à actualização das medidas de prevenção e controlo existentes. Os Serviços de Saúde também recomendam que todas as entidade de saúde e todos os profissionais de saúde reforcem as medidas de controlo da infecção no período de pico da gripe, prestando atenção a pacientes de alto risco de gripe ou a pacientes com gripe grave, devendo proceder à administração de medicamentos antivirais ou ao caminhamento em caso de necessidade.

Profissionais de saúde e cidadãos devem reforçar a protecção

Os Serviços de Saúde manifestaram que de acordo com dados, Macau ainda se encontra no pico da gripe, sendo o vírus influenza mais activo no Verão. Dado o registado de casos graves de gripe e casos de morte por gripe em Macau, os Serviços de Saúde recomendam de novo que todos os cidadãos, profissionais de saúde, entidades de saúde e lares prestem atenção à prevenção.

Os Serviços de Saúde salientam que a maioria dos pacientes da gripe podem recuperar dentro de uns dias, porém para uma minoria desses há agravamento da situação e surgem complicações. De acordo com os normais regulamentos clínicos, os médicos não realizam testes a todos os pacientes da gripe nem admitem todos para internamento para tratamento, devendo os pacientes que não são internados e os seus familiares prestar atenção a alterações do estado da doença. Em caso de agravamento do estado clínico após a assistência médica, o paciente deve pedir a consulta de seguimento em devido tempo.

Os Serviços de Saúde sensibilizam para o facto de que esta é a época com maior ocorrência de infecções do tracto respiratório e que, em relação à infecção do tracto respiratório superior, a propagação do vírus influenza é mais rápida e com sintomas mais graves. Com vista a evitar a infecção da gripe e de outras doenças do tracto respiratório superior, é recomendado aos cidadãos prestarem atenção à higiene individual, sobretudo, à adopção das seguintes medidas de prevenção:

  1. Receber vacinação sazonal antigripal todos os anos;
  2. Assegurar que todos os membros do agregado familiar têm um sono adequado, uma alimentação equilibrada e uma prática frequente de desporto;
  3. Manter o hábito de uma boa higiene pessoal e lavar frequentemente as mãos;
  4. Cobrir a boca e o nariz ao espirrar ou tossir, bem como manusear cautelosamente as secreções orais e nasais expelidas com um lenço e deitá-lo no caixote do lixo com tampa, e depois, limpar de imediato as mãos;
  5. Manter uma boa ventilação de ar e boa higiene ambiental;
  6. No caso de sofrer sintomas de gripe, necessitar de cuidar de doentes ou recorrer ao hospital e clínica, deve usar máscara;
  7. Em caso de indisposição, recorrer de imediato ao médico e permanecer em casa para descanso.
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