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O Boletim “Poesia Chinesa e Ocidental” (Vol. 63), edição especial de artes, leva os leitores a cruzar a realidade e a ficção

Capa do Livro“Poesia Chinesa e Ocidental” (Vol. 63)

O Boletim “Poesia Chinesa e Ocidental” - Volume 63, editado pela Fundação Macau em conjunto com o Comité de Criações da Associação dos Escritores da Província de Guangdong e a Associação dos Escritores de Zhuhai, foi recentemente publicado. Este Volume é uma edição especial de cariz anual, compreendendo duas colunas que apresentam o ambiente artístico e cultural de Macau e da Província de Guangdong e levando os leitores a revisitar o desenvolvimento cultural e artístico dos dois locais do ano anterior com textos e fotografias, com vista ao estabelecimento conjunto de uma plataforma de intercâmbio que combina a poesia e a arte.

O editor principal, Sr. Huang Lihai, compara na parte introdutória a experiência de criação artística como a fronteira, porque a criação artística, mesmo partindo da vida real, caracteriza-se por transcender a realidade com recurso à imaginação e atravessar sempre entre a realidade e a ficção, como se passasse repetidamente esta divisão para entrar e sair, de modo a realizar uma combinação perfeita de realidade e ficção.

Na Coluna “Macau”, reúnem-se as obras-primas de 12 artistas de Macau. As aguarelas de Cai Guojie, proveniente de Taiwan, têm cores vivas e bem expressivas. As obras de Eric Fok (Fok Hoi Seng) feitas com caneta técnica imitam mapas antigos de Macau para mostrar questões relacionadas com a vida do povo e a sociedade. Lai Sio Kit busca inspiração nos telhados e azulejos antigos da cidade histórica de Macau, explorando a passagem do tempo reflectida nos traços degradados, espalhados pela cidade. As pinturas abstractas de James Chu são poéticas e filosóficas, deixando os espectadores ponderar sobre a esperança com o tom de melancolia subtil. Lai Ieng utiliza as cores a descrever diversos aspectos da vida quotidiana e os costumes de Macau. Os desenhos de Carlos Marreiros misturam as características orientais e ocidentais, revelando a miscigenação harmoniosa das culturas do Oriente e do Ocidente. Heizi deposita os pensamentos nas suas pinturas, utilizando a pintura poética de tinta chinesa para exprimir a sua essência da filosofia da procura de tranquilidade e natureza. Konstantin Bessmertny encontra na vida a inspiração artística, cujas obras são engraçadas e irónicas, e ao mesmo tempo nos fazem pensar. Além do supramencionado, há também obras seleccionadas de Ng Fong Chao, Wong Ka Long, Lio Man Cheong e Wong Cheng Pou.

Na Coluna “Guangdong”, encontram-se 6 conjuntos de artistas do Interior da China, acompanhados pelos respectivos comentários e anotações de críticos. As pinturas de Li Zhouwei têm como tema as paisagens, despertando reflexões sobre a humanidade e a existência. Xu Yongcheng estudou na Europa, donde adquiriu técnicas de pintura ocidental para criar obras repletas de pensamentos filosóficos sobre o “vácuo”. Cai Yuanhe desmonta e rearma os aparelhos, examinando os conflitos trazidos pela tentativa de desconstruir tudo do cientificismo moderno. Liu Bin incorpora experiências da vida na criação artística, inventando nas suas obras um mundo virtual de si próprio. Escolhendo a pintura tradicional chinesa como veículo, Qiu Dawei emprega a linguagem da pintura ocidental nas suas obras, o que lhes dá um toque especial. As pinturas de Liang Guojian combinam os elementos modernos e a arte de forma bem criativa, sendo, portanto, consideradas muito vanguardistas e originais.

O Boletim “Poesia do Oriente e do Ocidente” - Volume 63 já se encontra disponível nas livrarias de Macau, com o preço fixo de MOP20 (vinte patacas). As editoras estão a aceitar candidaturas para o próximo volume do Boletim, podendo os trabalhos ser enviados por correio electrónico para: gaogao333@gmail.com.

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