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Notificação de um caso de desconforto físico por exposição acidental a radiação ultravioleta


Os Serviços de Saúde foram notificados, a 10 de Julho, pelo Hospital Kiang Wu de um caso de desconforto físico causado por exposição a radiação ultravioleta (UV) emitida por uma lâmpada, pelo que, os Serviços de Saúde apelam ao público para cautela no uso de lâmpadas ultravioletas de modo a evitar danos físicos.

De acordo com a investigação, 3 indivíduos, respectivamente 2 do sexo masculino e 1 do sexo feminino, com idade compreendida entre os 26 e 49 anos, que trabalham num supermercado localizado no Edifício do Lago, na Estrada Coronel Nicolau de Mesquita, na Taipa, apresentaram sintomas de desconforto físico. Conforme relato, quando os três trabalhadores começaram a trabalhar por volta das 6:00 da manhã do dia 8 de Julho, uma lâmpada ultravioleta ainda se encontrava ligada por esquecimento, mantendo-se ligada até cerca das 09:00, altura em que foi detectada; ao meio-dia, os trabalhadores começaram a apresentar sucessivamente sintomas de queimaduras e dores no rosto, pescoço e cotovelos, e desconforto nos olhos; tendo por volta das 14:00, todos recorrido a assistência médica no Hospital Kiang Wu, cujo diagnóstico clínico foi alterações cutâneas induzidas por radiação.

De acordo com informações disponíveis, existe uma sala de preparação de sushi no supermercado, equipada com uma lâmpada ultravioleta para esterilização do interior, a qual em geral é ligada diariamente pelas 17:00 e desligada às 06:00 quando os trabalhadores começam o seu dia de trabalho. Relativamente a este incidente, suspeita-se que o desconforto físico dos trabalhadores tenha sido causado pela exposição prolongada da pele, das mucosas e dos olhos à radiação ultravioleta. Como este incidente ocorreu num local de trabalho, os Serviços de Saúde notificaram a Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais para efeito de acompanhamento.

A exposição prolongada à luz ultravioleta pode causar pigmentação da pele, espessamento da pele, fotoenvelhecimento, pode também levar à alteração patológica pré-cancerosas em circunstâncias graves, cancro da pele, cataratas, entre outros problemas; enquanto a exposição à lâmpada de ultravioleta por um curto período de tempo poderá causar oftalmia eléctrica e danos à pele, nomeadamente, queimaduras e dores nos olhos, acompanhado de fotofobia, lacrimejamento, apresentação de eritema, pápulas, urticaria ou Hydroa herpetiforme no local da pele irradiada.

Os Serviços de Saúde lembram que, em caso de uso de lâmpadas ultravioletas para esterilização de superfícies, deve ser usado as do tipo com interruptor de bloqueio, o qual assegura que a lâmpada ultravioleta se mantenham desligada quando haja pessoas na área de radiação, devendo ser proibido o acesso à área sempre que a lâmpada esteja ligada, de modo a evitar a exposição directa da pele humana, das mucosas ou dos olhos à luz UV. A instalação desse tipo de equipamento deve observar rigorosamente as directrizes de instalação, devendo ser cumpridas as orientações específicas durante a operação da mesma, e deve ser realizada a manutenção e conservação periodicamente; além disso, quando for concluída a esterilização, deve haver uma ventilação adequada para evitar a acumulação de ozono.



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