De acordo com os Serviços de Saúde, desde o surto da epidemia de febre de dengue em 2001 em Macau que o Governo da RAEM tem tomado uma variedade de estratégias abrangentes para a prevenção e controlo da febre de dengue, tendo como núcleo dessas estratégias, o controlo da fonte de proliferação, o reforço de vigilância da doença, o controlo químico de mosquitos, a prevenção de mosquitos pela população, os projectos de contingência para a eventual ocorrência de casos, entre outros. Com o esforço conjunto do público, dos profissionais de saúde, do Governo e das associações cívicas, apesar da repetida pandemia nas regiões vizinhas, em Macau, apesar do registo de alguns casos, não houve propagação da doença.
Uma boa vigilância das doenças é muito importante para a detecção e controlo precoce da epidemia. Desde 2001, através da formação de pessoal médico, da criação e aperfeiçoamento da capacidade de realização de testes laboratoriais, entre outras estratégias, foi possível a detecção e diagnosticado precoce dos casos de febre de dengue.
É de salientar que os sintomas preliminares da maioria dos casos de febre de dengue são sintomas gripais, não há sintomas típicos da febre de dengue, o que dificulta o diagnóstico pelos médicos, tal como um caso recente em que a paciente se queixou do atraso no diagnóstico de febre de dengue por um médico, o facto é que quando a paciente recorreu a apoio ao Serviço de Urgência do Centro Hospitalar Conde de S. Januário pela primeira vez, os sintomas eram apenas febre, dores de cabeça e dores musculares, sintomas semelhantes aos da gripe normal, portanto, de acordo com as apresentações clínicas e o resultado do exame físico, o médico não disponibilizou a realização de análises sanguíneas da febre de dengue; porém, quando a paciente recorreu apoio ao Centro Hospitalar Conde de S. Januário pela segunda vez essa foi submetida ao teste da febre de dengue, tendo o resultado sido positivo para febre de dengue. Os procedimentos dos médicos clínicos corresponderam à prática clínica, tendo obtido no final o diagnóstico correcto da doença da paciente, não houve omissão no diagnóstico, e os Serviços de Saúde têm tomado as devidas medidas de prevenção de mosquitos.
Na verdade, o surto e a propagação de doenças transmissíveis não podem ser ocultados, apesar da omissão do diagnóstico da doença ter sido a causa principal do surto de febre de dengue em 2001. Desde então, através de esforços conjuntos dos profissionais de saúde dos Serviços de Saúde e de todas as instituições médicas, não voltou a ocorrer nenhuma propagação de febre de dengue por omissão no diagnóstico da doença. É de salientar que um dos importantes pilares na prevenção e controlo da dengue é o alerta do pessoal médico da linha de frente para a febre de dengue. Com o intuito de reduzir de forma mais profunda os riscos de propagação de doenças transmissíveis como a febre de dengue, os Serviços de Saúde continuarão a adoptar medidas diversas e eficientes, a melhorar as diversas directrizes e a fortalecer a formação, para que doenças transmissíveis possam ser detectadas e controladas precocemente.