De acordo com os resultados do Inquérito de Conjuntura ao Sector Industrial Exportador (I.C.S.I.E.) no 1.º trimestre de 2017, a duração média mensal da carteira de encomendas das empresas inquiridas foi de 2,4 meses, representando um crescimento de 14,3% em relação ao trimestre anterior (2,1 meses).
A carteira de encomendas detida pelos sectores de “Produtos Farmacêuticos”, “Vestuário e Confecções”, “Outros Sectores” e “Equipamentos Electrónicos/Eléctricos” foi de 4,9 meses, 4,2 meses, 2,0 meses e 1,6 meses.
No que diz respeito aos mercados de destino das exportações, da análise ao índice geral da situação de encomendas trimestral por mercados, as empresas inquiridas consideram, em geral, que o Interior da China e os EUA são os mercados com performance relativamente melhor, apresentando os índices de 23,9 e 15,8, respectivamente. Da comparação das evoluções tendenciais dos diferentes mercados relativamente ao trimestre anterior, a performance do Japão melhorou, cujo índice foi de -14,3 no trimestre anterior para 10.7% neste trimestre, a situação da carteira de encomendas apresentou melhoria evidente.
No contexto das perspectivas de exportações para os próximos seis meses, o número das empresas inquiridas que antecipavam uma perspectiva optimista foi de 7,7%, traduzindo um decréscimo de 18,4 pontos percentuais face ao 4.º trimestre de 2016 (26,1%) e um decréscimo de 2,4 pontos percentuais perante o mesmo período de 2016 (10,1%). O conjunto das empresas que antecipavam uma evolução menos favorável foi de 3,3%, correspondendo a uma descida de 6,1 pontos percentuais e 3 pontos percentuais em relação ao 4.º trimestre de 2016 e ao mesmo período de 2016, respectivamente. Entre estas, 2,9% apontaram para um ligeiro decréscimo e 0,4% para um forte declínio. As empresas que previam uma situação semelhante aumentaram de 64,5% no 4.º trimestre de 2016 para 89% no 1.º trimestre de 2017, representando uma subida de 24,5 pontos percentuais. Estes dados traduzem uma atitude prudente das empresas em relação às exportações no futuro.
No tocante ao mercado de emprego, o número de trabalhadores da indústria transformadora e exportadora diminuiu 19,4% face ao 4.º trimestre de 2016 e 17,3% face ao período homólogo de 2016. Por outro lado, 54,3% das empresas inquiridas afirmaram terem enfrentado falta de trabalhadores, número inferior a 70,2% verificado no 4.º trimestre de 2016, mas superior ligeiramente a 51,5% verificado no mesmo período de 2016. Enquanto 82,1% das empresas inquiridas do sector de “Produtos Farmacêuticos” manifestaram haver uma notável procura de trabalhadores, o que significa que há uma grande procura de mão-de-obra neste sector.
Com base nos resultados do Inquérito, dentre os problemas que afectam as actividades de exportação, 20,4% das empresas exportadoras consideram “Insuficiência de Trabalhadores” como o maior problema que estão a encarar, enquanto 12,2% apontaram para “Preços Mais Competitivos Praticados no Estrangeiro”, 3,7% para “Preços Elevados das Matérias-Primas” e 2,4% para “Insuficiente Volume de Encomendas”.
Para os próximos três meses, 26,9% das empresas inquiridas preocupam-se principalmente com “Salários Elevados”, seguindo-se de “Preços Elevados das Matérias-Primas” (21,8%), “Insuficiência de Trabalhadores” (20,7%) e “Preços Mais Competitivos Praticados no Estrangeiro” (18,4%).