A conferência de imprensa para apresentação da recolha de opiniões sobre a participação da Região Administrativa Especial de Macau (RAEM) no plano de desenvolvimento da região metropolitana da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau foi realizada, hoje (13 de Junho), na Sede do Governo.
O Governo da RAEM irá organizar actividades de recolha de opiniões junto da população de forma a alcançar o consenso da sociedade para que Macau, aproveitando as suas potencialidades singulares, colabore e participe nos trabalhos de construção da Grande Baía.
A conferência de imprensa contou com a presença do assessor do Gabinete do Chefe do Executivo, Kou Chin Hong, o coordenador do Gabinete de Estudo das Políticas do Governo da RAEM, Lau Pun Lap e o porta-voz do Governo, Victor Chan.
Na apresentação dos respectivos trabalhos, Kou Chin Hong afirmou que a China interior está a avançar com os trabalhos de elaboração do plano de desenvolvimento da região metropolitana da Grande Baía Guangdong, Hong Kong e Macau, que conta com a colaboração da RAEM.
Em 2015, o conceito de “Grande Baía” foi integrado oficialmente nos documentos nacionais e, em 2017, o relatório de trabalho do Governo Central, refere que “é necessário incrementar a cooperação aprofundada entre a China interior, Hong Kong e Macau, bem como estudar a elaboração de um plano de desenvolvimento para a região metropolitana da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau, em que as duas regiões especiais possam actuar conforme as suas potencialidades singulares, fomentando a sua importância e função no desenvolvimento económico nacional e na abertura da China ao exterior”. Macau foi uma das primeiras cidades a concordar com o conceito da construção da Grande Baía e a agir nesse sentido.
Kou Chin Hong salientou que a construção conjunta da região metropolitana da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau, o aprofundamento da cooperação da Grande Baía em várias vertentes, designadamente, economia e comércio, benefícios sociais e nas condições de vida dos residentes, cultura e educação, construção de infra-estruturas, protecção ambiental, inspecção e quarentena, entre outras, e ainda o impulsionamento do desenvolvimento integrado da Grande Baía, contribuem para incentivar a diversificação económica adequada de Macau e melhorar as condições sociais e de vida dos residentes, facto que irá permitir à população sentir realmente os benefícios. Além disso, a RAEM poderá ainda, conforme o conceito de “necessidades do país” e “vantagens de Macau”, participar na construção da Grande Baía. Pois, por um lado, poderá aproveitar as suas potencialidades únicas, e por outro, elevar o estatuto e a função do território no desenvolvimento económico do país e na abertura da China ao exterior. O Governo da RAEM e os vários sectores da sociedade devem tomar a iniciativa e aproveitar as oportunidades de desenvolvimento da Grande Baía, por forma a entrar no “comboio rápido” do desenvolvimento nacional.
Adiantou que o Governo da RAEM, para além de dar importância ao lançamento de estudos e investigações pragmáticas, tem auscultado, de forma contínua, as opiniões e sugestões do público em geral, que acabam por ser fundamentos para aperfeiçoar os trabalhos governamentais. Acrescentou que, a partir deste ano, o Governo valeu-se de estudos académicos de “think-tanks” nacionais não-governamentais e de Macau, que recolheram de forma abrangente e analisaram opiniões e propostas dos diversos sectores da sociedade local, como também vários serviços da Administração também desenvolveram as pesquisas, organizando mesas-redondas de discussão sobre o trabalho interdepartamental e enviando, frequentemente às cidades envolvidas na Grande Baía, grupos em missão de trabalho para estudar e analisar questões ligadas a esta matéria, com o objectivo de desempenhar as funções de Macau na construção da Grande Baía, de forma correcta e adequada. A RAEM irá tomar a iniciativa de planear estudos e investigações, organizar acções de promoção alargada, no sentido de permitir, efectivamente, aos sectores da sociedade aproveitar, de forma eficaz, as oportunidades inerentes ao desenvolvimento da Grande Baía.
Kou Chin Hong afirmou ainda que após vários estudos e recolha de opiniões, o Governo tem intenções de, em princípio, realizar os trabalhos no âmbito das duas grandes funções, três estatutos e oito pontos de tarefas importantes. Os dois papéis envolvem, principalmente, a implementação do princípio de “Um País, Dois Sistemas” e a participação de Macau na construção da iniciativa “Uma Faixa, Uma Rota”. Por sua vez, as três funções incluem, além de “Um Centro e Uma Plataforma”, a base de cooperação e diálogo: “tendo a cultura chinesa como dominante, promover a coexistência de diversas culturas”. Por outro lado, as oito áreas prioritárias contribuem para criar laços de cooperação e de abertura da Grande Baía, promover a diversificação adequada da economia, aperfeiçoar o benefício da população, incentivar o intercâmbio de pessoas e de culturas, encorajar a cooperação bilateral, reforçar as ligações entre as infra-estruturas, criar um ecossistema de inovação e reforçar a promoção.
Por sua vez, o coordenador do Gabinete de Estudo das Políticas do Governo da RAEM, Lau Pun Lap, afirmou que o impulsionamento da construção da região metropolitana da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau exige a participação conjunta dos vários sectores da sociedade local, reunindo de forma abrangente o consenso social. Assim, a recolha de opiniões sobre a participação da RAEM no plano de desenvolvimento da região metropolitana da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau, arranca hoje (13 de Junho) e termina no próximo dia 28 de Junho. Os interessados podem manifestar as suas opiniões através da página específica do portal electrónico do Gabinete do Chefe do Executivo (https://www.gce.gov.mo/bayarea), endereço electrónico do Gabinete de Estudo das Políticas do Governo da RAEM (event@gep.gov.mo), telefone de contacto: 2883 9919, fax: 2882 3426, ou do envio para o endereço postal ou marcação prévia de encontro nas instalações do Gabinete (Rua do Desporto, n.os 185-195, Taipa, Macau).
Após a recolha de opiniões, o Governo da RAEM irá organizar os dados obtidos nos estudos e as opiniões da sociedade, por forma a elaborar um documento que englobará toda a informação sobre a participação da RAEM no plano de desenvolvimento da região metropolitana da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau que será, posteriormente, submetido oficialmente ao Governo Central.