Informações divulgadas pela Organização Mundial da Saúde revelam que foram confirmados na Arábia Saudita vinte e cinco (25) casos e nos Emirados Árabes Unidos dois (2) casos de infecção da Síndrome Respiratória do Médio Oriente-Mers-Cov. Dos 25 pacientes da Arábia Saudita, sete casos foram detectados na cidade de Riyadh, quatro casos na cidade de Wadi Aldwaser, três casos na cidade de Bisha, dois casos na cidade de Al Hafoof, e nove casos, distribuídos pelas cidades de Al Haish, de Al Mithnab, de Al Namas, de Bukiriah, de Buraydah, de Hail, de Jeddah, de Madinah e de Mahayl Assir .
Os casos foram diagnosticados em vinte e dois (22) homens e três (3) mulheres, com idades compreendidas entre os 25 e os 81 anos. A idade média é de 53 anos. De entre os casos cinco são profissionais de saúde. As informações clínicas disponíveis referem que seis (6) pessoas morreram, três (3) pessoas estão em estado crítico, oito (8) pessoas estão em estado clínico considerado estável e oito (8) pessoas não apresentaram sintomas de indisposição. Pelo menos seis (6) pacientes estiveram em contacto com camelos e beberam leite de camelo não processado, dez (10) indivíduos estiveram em contacto com casos confirmados.
Por outro lado, os casos detectados nos Emirados Árabes Unidos foram verificados em dois (2) homens, de 45 anos e de 69 anos de idade, moradores de Al Ain. O paciente de 69 anos manifestou sintomas no dia 3 de Maio, no dia 5 de Maio foi internado para tratamento e no dia 11 de Maio foi confirmada a reacção positiva ao vírus da Síndrome Respiratória do Médio Oriente-Mers-Cov, sendo o seu estado clínico crítico. Há registo de contacto com dromedários antes da manifestação de sintomas. Quanto ao outro paciente, esse não apresentou sintomas de indisposição evidentes, no dia 15 de Maio, foi confirmada a reação positiva ao vírus da Síndrome Respiratória do Médio Oriente-Mers-Cov, além de ter cuidado do primeiro paciente antes da ocorrência da doença, esteve em contacto com dromedários.
Até ao dia 1 de Junho, a Organização Mundial de Saúde tinha registado, em todo o mundo, 1.980 casos de infecção pelo coronavírus da Síndroma Respiratória do Médio Oriente, dos quais resultaram 699 mortes.
Os países do Médio Oriente afectados abrangem a Arábia Saudita, o Qatar, a Jordânia, os Emirados Árabes Unidos, Omã, o Kuwait, o Iémen, o Líbano e Irão. Existem também casos reportados nos Estados Unidos da América, França, Alemanha, Grã-Bretanha, Itália, Espanha, Grécia, Holanda, Algéria, Áustria, Turquia, Egipto, Tunísia, Malásia, Filipinas, China, Tailândia, Coreia do Sul e Bahrein, todos estes casos, estão directa ou indirectamente relacionados com os países do Médio Oriente.
No período inicial da infecção pelo coronavírus da Síndroma Respiratória do Médio Oriente, os sintomas apresentados são de infecção respiratória, tais como, febre e tosse, que se agravam muito rapidamente e suscitam uma taxa de mortalidade mais elevada. Os pacientes de doenças crónicas com imunidade relativamente baixa e os idosos são particularmente vulneráveis, sendo possível manifestarem sintomas atípicos. Segundo informações disponíveis, ainda são desconhecidas a origem e a via de transmissão deste vírus, sendo provável que o vírus esteja hospedado em animais dos países onde ocorreram mais casos de infecção, como por exemplo, nos camelos. O vírus pode ser transmitido através de contacto próximo entre os seres humanos. Em diversos hospitais há casos de transmissão entre os doentes e também entre os doentes e os profissionais de saúde. Portanto, é sugerido que se deve tomar medidas de prevenção em resposta à transmissão de gotículas, quando se prestam cuidados de saúde para os doentes com sintomas de infecção respiratória aguda, que se deve tomar medidas para prevenção de disseminação através do contacto e evitando a disseminação através dos olhos, quando se prestam cuidados de saúde para os casos prováveis ou confirmados definitivamente, que se deve tomar medidas preventivas para protecção da disseminação através da atmosfera, quando se procedem a uma operação que possa produzir o aerossol.
Os Serviços de Saúde afirmam que, a partir do momento da recepção da notificação pela Organização Mundial de Saúde, reforçaram a monitorização e a vigilância epidemiológica quanto à pneumonia de causa desconhecida e à infecção respiratória colectiva, e até ao presente momento, não foi detectada qualquer anomalia.
Os Serviços de Saúde lembram aos trabalhadores de saúde da primeira linha para a necessidade de se manterem em alerta, especialmente para os indivíduos que vieram do Médio Oriente ou que se deslocaram ao Médio Oriente em viagem, e de comunicarem os casos suspeitos em tempo oportuno e tomarem as correspondentes medidas para o controlo da infecção. Os cidadãos que viajem para o exterior, em particular, para a região do Médio Oriente, devem tomar atenção à higiene pessoal e alimentar, evitando a deslocação aos hospitais locais ou contactos com os doentes locais e os animais (em particular, camelos). Devem, também, evitar bebidas (como por exemplo, leite fresco do camelo) e comidas que não tenham sido submetidas a adequado tratamento. Em caso de indisposição depois do regresso a Macau, devem recorrer ao médico o mais rápido possível, informando-o pormenorizadamente da história de viagem. Para mais detalhes sobre o coronavírus da Síndroma Respiratória do Médio Oriente, podem consultar a página electrónica dos Serviços de Saúde (em chinês : http://www.ssm.gov.mo/portal/csr/ch/main.aspx; em português: http://www.ssm.gov.mo/Portal/csr/pt/main.aspx), ou ligar para a linha aberta dos Serviços de Saúde n.º 2870 0800.