O Chefe do Executivo da Região Administrativa Especial de Macau (RAEM), Chui Sai On, salientou, hoje (1 de Junho), que a conectividade das infra-estruturas é uma das prioridades da iniciativa «Uma Faixa, Uma Rota» e que existe um amplo espaço para o desenvolvimento das enormes potencialidades, fazendo votos de que Macau seja capaz de maximizar o seu papel de plataforma.
Ao discursar na cerimónia da abertura do VIII Fórum Internacional sobre o Investimento e Construção de Infra-estruturas, Chui Sai On sublinhou esperar que Macau possa aproveitar todas as oportunidades desta iniciativa, promovendo o desenvolvimento adequado e diversificado da economia e contribuir para o enriquecimento do princípio grandioso “um país, dois sistemas”.
Na ocasião, Chui Sai On disse que apesar da complexidade da conjuntura político-económico mundial se manter, continua a centrar-se na paz e no desenvolvimento. Lembrando, em particular, depois do Presidente Xi Jinping ter anunciado a iniciativa «Uma Faixa, Uma Rota», o comércio e o investimento regionais continuam a registar um crescimento, tendo o ritmo e os resultados alcançados ultrapassado todas as expectativas, abrindo um vasto espaço de cooperação e criando novas oportunidades de desenvolvimento para os países e regiões ao longo da faixa e da rota.
Entretanto em meados de Maio, em Pequim, realizou-se com sucesso o Fórum para a Cooperação Internacional «Uma Faixa, Uma Rota», evento de alto nível e com grandes resultados, lembrando que os países participantes discutiram grandes projectos de cooperação, a construção da plataforma de cooperação e a partilha dos frutos da cooperação, para que a construção da iniciativa «Uma Faixa, Uma Rota» beneficie, da melhor maneira, os seus povos.
Durante o uso da palavra, o Chefe do Executivo referiu que, em Outubro do ano passado, por ocasião da abertura da V Conferência Ministerial do Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa, o primeiro-ministro Li Keqiang afirmou, no seu discurso, que o Governo Central prestaria todo o apoio a Macau para que desempenhe da melhor forma as suas funções de suporte à iniciativa «Uma Faixa, Uma Rota», como também apoiaria a organização anual, em Macau, do «Fórum Internacional sobre o Investimento e Construção de Infra-estruturas». Chui Sai salientou que o apoio do Governo Central é para Macau um grande estímulo, que incentiva a trabalhar com esforços redobrados, para que o «Fórum Internacional sobre o Investimento e Construção de Infra-estruturas» se transforme numa plataforma importante para a participação de Macau na iniciativa «Uma Faixa, Uma Rota».
Acrescentou que o «Fórum Internacional sobre o Investimento e Construção de Infra-estruturas» tornou-se num evento de grande influência no sector de exposições e conferências de Macau, e que, nesta edição, o Governo da RAEM, que participa pela primeira vez como entidade orientadora, está empenhado em potenciar os efeitos decorrentes do «Fórum Internacional sobre o Investimento e Construção de Infra-estruturas» e da «Plataforma de Serviços para a Cooperação Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa», em apoiar Macau, as empresas de construção da China e do estrangeiro e as instituições financeiras internacionais na participação em projectos de desenvolvimento do País, nomeadamente na iniciativa «Uma Faixa, Uma Rota» e na «Zona da Grande Baía Guangdong - Hong Kong - Macau».
O mesmo responsável sublinhou que, assente na continuidade e na experiência acumulada, o Fórum introduziu, nesta edição, uma série de iniciativas inovadoras a destacar: 1. O lançamento do «Índice de Desenvolvimento de Infra-estruturas dos Países envolvidos na China no âmbito da Iniciativa Faixa e Rota» e do «Relatório da Análise do Desenvolvimento das Infra-estruturas dos Países envolvidos na China», elaborados, pela primeira vez, em congregação de forças do sector e das instituições de pesquisa, passando a oferecer indicadores de referência do sector das infra-estruturas a nível mundial. 2. A realização, pela primeira vez, do Fórum dos Líderes de Empreiteiros Internacionais, que visa promover a cooperação entre os empreiteiros internacionais. 3. O destaque dado ao desenvolvimento sustentável das infra-estruturas e a importância dos temas de cidade inteligente e de resposta às mudanças climáticas. 4. O realce dado à articulação entre a iniciativa «Uma Faixa, Uma Rota» e a «Agenda 2063» para a África.
Reiterou a existência de um amplo espaço para o desenvolvimento das enormes potencialidades da construção de «Uma Faixa, Uma Rota» e da articulação das infra-estruturas, esperando que Macau seja capaz de maximizar o seu papel de plataforma. Recordou que Macau, enquanto ponte histórica entre a China e o Ocidente, reúne várias vantagens, designadamente as da política «um país, dois sistemas», as específicas de «Um Centro, Uma Plataforma» e as resultantes de uma sociedade harmoniosa, onde vive um elevado número de chineses repatriados com os seus familiares. Sublinhou os esforços de Macau em servir o País, em articulação com o mundo, para promover a complementaridade de vantagens, em prol do desenvolvimento comum.
Entretanto, referiu ainda que no Plano Quinquenal de Desenvolvimento da RAEM ficou definida a participação na construção de «Uma Faixa, Uma Rota» como estratégia de relevância para o desenvolvimento da RAEM, e que, por isso, foi criada, este ano, a Comissão de Trabalho para a Construção de «Uma Faixa, Uma Rota», responsável pela coordenação dos trabalhos da participação de Macau nesta iniciativa nacional. Frisou que Macau esforça-se por aproveitar todas as oportunidades proporcionadas por esta iniciativa, promovendo o desenvolvimento adequado e diversificado da economia e apoiando os cidadãos na concretização de um desenvolvimento melhor. Reafirmou que Macau continuará a contribuir para o enriquecimento do princípio grandioso «um país, dois sistemas».