O volume de negócios dos estabelecimentos do comércio a retalho referente ao primeiro trimestre de 2017 cifrou-se em 16,59 mil milhões de Patacas, tendo aumentado 12,0% em termos anuais e 4,3% em relação aos 15,91 mil milhões de Patacas, montante revisto do quarto trimestre de 2016. No primeiro trimestre o volume de negócios de relógios e joalhariarepresentou 23,2% do total, seguindo-se o volume de negócios de mercadorias de armazéns e quinquilharias (15,0%), o volume de negócios de vestuário para adultos (12,8%), o volume de negócios de artigos de couro (11,8%) e o volume de negócios de mercadorias de supermercado (7,1%), informam os Serviços de Estatística e Censos.
No trimestre em análise registaram-se acréscimos significativos no volume de negócios dos principais tipos de comércio a retalho: relógios e joalharia (+23,2%); produtos cosméticos e de higiene (+21,8%); artigos de couro (+18,6%); combustíveis para veículos a motor (+17,0%); mercadorias de armazéns e quinquilharias (+12,6%) e vestuário para adultos (+10,0%), face ao primeiro trimestre de 2016. Além disso, o volume de negócios de motociclos e suas peças e acessórios subiu notavelmente 49,6%, devido ao plano de apoio financeiro do Governo aos proprietários para abater motociclos/ciclomotores com motor a dois tempos.
No primeiro trimestre o volume de vendas do comércio a retalho,depois de eliminados os factores que influenciam os preços, cresceu 11,5%, em termos anuais. Realçam-se acréscimos acentuados no volume de vendas de: motociclos e suas peças e acessórios (+43,0%); artigos de couro (+26,3%); produtos cosméticos e de higiene (+23,8%) e relógios e joalharia (+20,6%).Contudo, registou-se uma diminuição notável no volume de vendas de automóveis (-12,3%).
No trimestre de referência o volume de vendas do comércio a retalho aumentou 4,6% face ao quarto trimestre de 2016. Destacam-se acréscimos substanciais no volume de vendas de: relógios e joalharia (+18,1%); mercadorias de farmácia (+13,8%); mercadorias de supermercado (+12,3%) e artigos de couro (+10,5%). Em contrapartida, observaram-se quedas significativas no volume de vendas de automóveis (-31,6%) e de artigos de comunicação (-26,8%).
Quanto aos comentários dos responsáveis pelos estabelecimentos do comércio a retalho para o segundo trimestre de 2017, 47,5% dos retalhistas prevêem a estabilização do volume de vendas, em termos anuais, 46,9% a diminuição e 5,6% o aumento. Por seu turno, para o segundo trimestre de 2017, 75,3% dos retalhistas antevêem a estabilização dos preços de vendas, em termos anuais, 16,1% a diminuição e 8,6% o aumento. Além disso, para o segundo trimestre, a previsão de cerca de 50,6% é de que a situação de exploração estabilize, em relação ao primeiro trimestre, 32,6% dos retalhistas apontam para uma pior situação de exploração dos estabelecimentos, enquanto 16,8% pressupõem que melhore.