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Funcionamento da Gestão da Reserva Financeira da RAEM e Respectivos dados do 1.o Trimestre do Ano de 2017


  • Até finais de Março de 2017, os valores totais dos activos da Reserva Financeira da RAEM cifrou-se em MOP472,36 mil milhões, dos quais, a reserva básica representava MOP127,95 mil milhões e a reserva extraordinária MOP344,41 mil milhões, incluindo a transferência, em Fevereiro, dos saldos do orçamento central do ano de 2015, na ordem dos MOP29,3 mil milhões. Por sua vez, com a adopção das estratégias dos investimentos baseadas nos princípios da segurança e da eficácia, os rendimentos dos investimentos da Reserva Financeira ascenderam a MOP4,39 mil milhões, correspondendo a uma rentabilidade anual de cerca de 3,9%.
  • No primeiro trimestre de 2017, a distribuição dos investimentos dos activos da Reserva Financeira continuou a consistir em títulos internacionais (31,9%), em acções (11%) e em produtos dos mercados monetários (57,1%), conforme a Tabela 1, que envolveram principalmente USD, HKD e RMB.
  • Na área dos títulos, o desempenho variou de mercado para mercado, na medida em que o desempenho dos títulos nos Estados Unidos da América e no Reino Unido se revelou mais favorável, enquanto que a dívida soberana de certos países europeus demonstrou fragilidades, pela instabilidade decorrente dos desenvolvimentos políticos; por sua vez, o mercado de títulos interbancários chineses revelou-se pressionado pelos impactos resultantes de uma ligeira restrição nas políticas monetárias. Assim, no primeiro trimestre de 2017, os investimentos em títulos da Reserva Financeira foram, constantemente, beneficiados devido à distribuição saudável e estável dos activos e ao bom controlo do risco, pelo que os rendimentos deles decorrentes se cifraram, no total, em cerca de MOP1,31 mil milhões.
  • No capítulo das acções, no primeiro trimestre de 2017, os activos desta categoria registaram um bom desempenho. Na verdade, os mercados bolsistas dos países desenvolvidos e emergentes caracterizaram-se, respectivamente, por uma subida gradual e por um crescimento muito notável, enquanto que os mercados de acções “A” revelou um certo grau de crescimento. Até finais de Março, os activos do tipo “equity” detidos pela Reserva Financeira registaram lucros no valor aproximado de MOP3,04 mil milhões, o que se deveu à adopção de estratégias de distribuição equilibrada dos activos nos mercados internacionais.
  • No que se refere aos mercados monetários, em articulação com a transferência dos saldos do orçamento da RAEM do ano 2015 para a Reserva Financeira, de acordo com a lei, procedeu-se, de forma faseada, à sua aplicação, considerando o momento oportuno. Até finais de Março, os rendimentos decorrentes dos juros dos depósitos totalizaram cerca de MOP900 milhões.
  • No âmbito dos mercados cambiais, tendo a Reserva Financeira, em relação à maioria dos activos denominados em moedas estrangeiras, concretizado operações “hedging”, não obstante os custos delas resultantes, foram compensados pelos lucros de avaliação cambial, registados na mesma carteira, tendo os prejuízos cambiais da Reserva Financeira, no primeiro trimestre do ano acabado por diminuir para o nível de MOP860 milhões.
  • De um modo geral, no primeiro trimestre de 2017, como a Tabela 2 indica, as receitas dos investimentos trimestrais da Reserva Financeira ascenderam a MOP4,39 mil milhões, correspondendo a uma rentabilidade anual de cerca de 3,9%. Destas, os investimentos em acções (categoria de investimentos de maior risco) foram beneficiados pelo desempenho desejável dos correspondentes mercados bolsitas e marcados por uma notável recuperação, constituindo esta categoria de investimentos a maior fonte de receitas trimestrais da Reserva Financeira, enquanto que a carteira de títulos e de depósitos (os investimentos tradicionais) continuou a proporcionar rendimentos estáveis, no entanto, as receitas das divisas não foram muito desejáveis, na medida em que esta categoria de receitas sofreu o impacto decorrente dos custos das operações “hedging”.

* Anexo



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