Os Serviços de Saúde foram notificados terça-feira (9 de Maio) pelo Serviço de Urgência do Centro Hospitalar Conde de S. Januário (CHCSJ) para a ocorrência de um caso de intoxicação por monóxido de carbono detectado numa fracção do Edifício Peng Man, localizado perto das Portas do Cerco e que afectou um dos inquilinos desta habitação, do sexo masculino, com 26 anos de idade. Cerca das 13:20 do dia 9 de Maio o paciente estava em casa sozinho e tomou banho. Cerca das 14:00 quando a mãe e outro inquilino chegaram o apartamento detectaram que a porta do banheiro estava fechada e o paciente não respondia às chamadas. Decidiram arrombar a porta e encontraram o homem inconsciente, tendo retirado-o do local e chamaram as autoridades.
O paciente foi transportado para CHCSJ em ambulância e após depois de análise sanguínea, foi confirmada intoxicação por monóxido de carbono, do nível moderado a grave; o paciente recuperou a consciência após tratamento, sendo que o seu estado clínico é considerado estável mas encontra-se hospitalizado.
De acordo com as informações disponíveis, o banheiro está equipado com um aquecedor de água a gás de petróleo, mas não está ligado a qualquer tubo de escape, há apenas um painel na frente do banheiro. Há suspeitas que a intoxicação tenha sido provocada por gás residual no ambiente mal ventilado.
O Monóxido de Carbono é produzido pela queima em condições de pouco oxigênio (combustão incompleta) ou outros materiais ricos em carbono. Após inalação de monóxido de carbono, monóxido de carbono integra-se com a hemoglobina no organismo humano, causando a perda de capacidade de transportação oxigénio, resultando em intoxicação por monóxido de carbono. Em caso ligeiro, pode causar tontura, náuseas, vómitos, em casos graves, pode causar a morte. Os Serviços de Saúde salientam que todos os fogões de combustível devem ser usados com boas condições de ventilação, caso contrário, é fácil causar a intoxicação por monóxido de carbono.