Os deputados Kou Hoi In e José Chui Sai Peng, e o presidente da Associação dos Comerciantes de Carne Congelada de Macau, Ip Sio Man, reuniram-se hoje (23 de Março) com o Presidente do Conselho de Administração do Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais (IACM), José Tavares, e os respectivos responsáveis do IACM para apresentarem a situação do fornecimento de produtos de carne no mercado de Macau, face à suspensão temporária dos pedidos de importação de carne congelada e refrigerada do Brasil, bem como discutir as medidas correspondentes.
Durante o encontro, esta associação referiu que mais de 40% das carnes congeladas importadas para Macau são provenientes do Brasil, incluindo porco, vaca e frango, representando quase metade deste segmento de mercado. O responsável da associação explicou que, caso a suspensão se prolongue por muito tempo, irá causar um impacto no mercado de Macau, esperando que possam ser abordadas com o governo as medidas correspondentes em conjunto para manter a estabilidade do fornecimento ao mercado do Território.
O Presidente do Conselho de Administração do IACM, José Tavares, referiu que o Governo imprime grande importância à segurança alimentar e ao abastecimento estável de produtos de carne a Macau, sublinhando que esta suspensão temporária é apenas uma medida preventiva. O mesmo responsável apontou que o IACM está actualmente a comunicar de forma activa com as autoridades do Brasil para obter informações actualizadas sobre o desenvolvimento da investigação e solicitou a confirmação da lista de empresas envolvidas.
Quanto à questão de abastecimento de carne, José Tavares afirmou que o Governo vai procurar mais soluções viáveis, sendo possível que, após os esclarecimentos das autoridades do Brasil quanto às empresas suspeitas, seja permitido retomar as importações a outros fornecedores brasileiros que não estejam envolvidos no caso, desde que sejam cumpridos os devidos requisitos sanitários e de segurança alimentar.
O mesmo responsável sublinhou que, no futuro, o IACM vai reforçar a inspecção sanitária aquando da importação de cada lote de carne proveniente do Brasil, só podendo ser autorizada a sua entrada em Macau caso os resultados das análises não revelem qualquer anomalia, com vista a salvaguardar a segurança alimentar e saúde dos cidadãos.
A par disso, José Tavares afirmou que o IACM vai comunicar com os respectivos departamentos do Interior da China para estudar a viabilidade de acelerar as formalidades de importação e exportação e o processo de inspecção sanitária para incentivar o sector a organizar novas fontes de abastecimento de carne, para, desta forma, manter um fornecimento estável ao mercado de Macau.