De acordo com os resultados do Inquérito de Conjuntura ao Sector Industrial Exportador (I.C.S.I.E.) no 4.º trimestre de 2016, a duração média mensal da carteira de encomendas das empresas inquiridas foi de 2,1 meses, representando um decréscimo de 19,2% em relação ao trimestre anterior (2,6 meses) e ao período homólogo de 2015 (2,6 meses), respectivamente.
A carteira de encomendas detidas pelos sectores de “Produtos Farmacêuticos”, “Vestuário e Confecções”, “Equipamentos Electrónicos/Eléctricos” e “Outros Sectores” foi de 3,3, 2,9, 2,5 e 1,3 meses.
No que diz respeito aos mercados de destino das exportações, da análise ao índice geral da situação de encomendas trimestral por mercados, as empresas inquiridas consideram em geral que o Interior da China e os EUA são os mercados de destino das exportações de Macau com performance relativamente melhor, apresentando índices de 23,4 e 18,7, respectivamente, enquanto o Japão apresenta a pior performance na sequência da fraca carteira de encomendas.
No contexto das perspectivas de exportações para os próximos seis meses, o número das empresas inquiridas que antecipavam uma perspectiva optimista foi de 26,1%, traduzindo um aumento de 7,6 pontos percentuais face ao 3.º trimestre de 2016 (18,5%) e uma subida de 19,4 pontos percentuais perante o mesmo período de 2015 (6,7%). O conjunto das empresas que antecipavam uma evolução menos favorável foi de 9,4%, correspondendo a uma descida de 0,8 pontos percentuais e 19 pontos percentuais em relação ao 3.º trimestre de 2016 e ao mesmo período de 2015, respectivamente. Entre estas, 5,4% apontaram para um ligeiro decréscimo e 4% para um forte declínio. As empresas que previam uma situação semelhante desceram de 71,4% no 3.º trimestre de 2016, para 64,5% no 4.º trimestre de 2016, representando um decréscimo de 6,9 pontos percentuais. Estes dados traduzem uma atitude prudente e optimista das empresas em relação às exportações no futuro.
No tocante ao mercado de emprego, o número de trabalhadores aumentou ligeiramente 1,5% e 3,1%, respectivamente, face ao 3.º trimestre de 2016 e período homólogo de 2015. Por outro lado, 70,2% das empresas inquiridas afirmaram terem enfrentado falta de trabalhadores, número superior a 49,2% e 55,4% verificado no 3.º trimestre de 2016 e no mesmo período de 2015. Tudo isso implica uma subida na procura de trabalhadores na indústria transformadora; enquanto 75,6% das empresas inquiridas do sector de “Vestuário e Confecções” manifestaram haver uma notável procura de trabalhadores, o que significa que há uma grande procura de mão-de-obra neste sector.
Com base nos resultados do Inquérito, de entre os problemas que afectam as actividades de exportação, 22% das empresas exportadoras consideram “Insuficiência de Trabalhadores” como o maior problema que estão a encarar, enquanto 11,1% apontaram para “Preços Mais Competitivos Praticados no Estrangeiro”, 9,1% para “Insuficiente Volume de Encomendas” e 0,1% para “Preços Elevados das Matérias-Primas”.
Para os próximos três meses, 75,3% das empresas inquiridas preocupam-se principalmente com “Preços Elevados das Matérias-Primas”, seguindo-se de “Salários Elevados” (29,4%), “Insuficiência de Trabalhadores” (25,7%) e “Preços Mais Competitivos Praticados no Estrangeiro” (20,6%).