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Nova Biblioteca Central será marco cultural


As bibliotecas são o cartão de visita cultural de uma cidade. A fim de permitir o desenvolvimento cultural sustentável de Macau, promover a divulgação de conhecimentos e consolidar os alicerces culturais, o Governo da RAEM considera uma importante tarefa cultural a construção da Nova Biblioteca Central, que se tornará num marco cultural da cidade após a sua conclusão.

Preservar integralmente o evidente valor cultural do Edifício do Antigo Tribunal

Segundo o parecer da Federação InternacionaldasAssociações de Bibliotecáriose de Bibliotecas (IFLA), as bibliotecas centrais de cidades de pequenas e médias dimensões devem estar localizadas no centro da cidade, oferecendo diversidade aos utentes e realçando as vantagens únicas de uma biblioteca central. Assim, o Edifício do Antigo Tribunal e a antiga sede da Polícia Judiciária, sitos no centro da cidade, vão de encontro à localização acima proposta. Além disso, estão situados na entrada este do Centro Histórico de Macau, Património da Humanidade, tendo um profundo e rico significado cultural e histórico.

A parte do Edifício do Antigo Tribunal virada para a rua e parte da ala este da antiga sede da Polícia Judiciária apresentam igualmente um estilo ecléctico. O Edifício do Antigo Tribunal está classificado como edifício de interesse arquitectónico e é um imóvel com um importante significado cultural. O Instituto Cultural irá proceder à sua salvaguarda nos termos precisos da “Lei de Salvaguarda do Património Cultural” e, nesta base, formular o projecto de construção da Nova Biblioteca Central. Este inclui a preservação integral do Edifício do Antigo Tribunal, o qual não será demolido, preservação essa que incluirá a fachada e telhado, a estrutura interior, os soalhos e ainda os espaços e elementos característicos, entre outros. Quanto à antiga sede da Polícia Judiciária, uma parte será alvo de expansão, mas parte da fachada na ala este em estilo ecléctico bem como os espaços interiores com características distintivas serão preservados.

Através da escolha do melhor projecto arquitectónico, após a sua entrada em funcionamento, a Nova Biblioteca Central será um excelente exemplo de um edifício que combina harmoniosamente elementos arquitectónicos históricos e modernos.

Criar um espaço cultural de desenvolvimento sustentável

Tendo por base a preservação das características dos dois locais acima mencionados, prevê-se que a Nova Biblioteca Central, contando com os novos andares e depósitos a construir, venha a ter 11 andares, divididos entre espaços para armazenamento do espólio da Biblioteca, espaços públicos e espaços de apoio tecnológico, criando assim um espaço de serviço à leitura abrangente.

A gestão do fluxo de utentes da biblioteca é uma das questões do projecto que têm prioridade. Os leitores das bibliotecas incluem pessoas de diversas idades, profissões e comunidades, usando cada grupo as bibliotecas de acordo com as suas necessidades de serviços e horários. A Nova Biblioteca Central irá satisfazer as necessidades de leitores de várias camadas sociais a fim de alcançar a igualdade cultural. Além disso, será feito um planeamento racional do fluxo de pessoas a fim de evitar aglomerações. Tendo ainda em consideração que a actual utilização do Edifício do Antigo Tribunal para exposições e espectáculos não leva a que os turistas aí se agreguem em lazer e visitas, não se prevê que a Nova Biblioteca Central leve a uma sobrecarga no fluxo de pessoas após a sua entrada em funcionamento.

Introduzir mecanismos de supervisão para o uso racional do erário público

Em face do actual desenvolvimento social e transformação económica de Macau, a Nova Biblioteca Central tem uma importância particular para o desenvolvimento cultural da cidade. O orçamento projectado inicial de 900 milhões é baseado no custo médio dos projectos públicos locais de construção de grande escala, tendo também em conta a taxa de inflação anual. Futuramente, após concluir o projecto aprofundado de design da Nova Biblioteca Central, o orçamento tornar-se-á mais preciso e será anunciado ao público. Do mesmo modo, conforme exigido, serão convidados o Comissariado contra a Corrupção e o Comissariado da Auditoria, entre outros departamentos, para supervisionar a implementação e progresso do projecto bem como para garantir o uso adequado do erário público.



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