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Exposição “Refugiados de Xangai. Macau (1937-1964)” realiza-se no próximo mês de Março em Guimarães

Mapa de Macau, 1948

A exposição “Refugiados de Xangai. Macau (1937-1964)”, organizada pelo Arquivo de Macau, organismo dependente do Instituto Cultural, estará patente ao público no Arquivo Municipal Alfredo Pimenta da Câmara Municipal de Guimarães. A cerimónia de inauguração terá lugar no dia 3 de Março(Sexta-feira), em Guimarães, pelas 18 horas locais. No mesmo dia, realizar-se-á ainda a cerimónia de lançamento do livro do fundo documental Refugiados de Xangai. Macau (1937-1964) de autoria do Dr. Alfredo Gomes Dias, estudioso de história portuguesa.

Desde os meados do século XIX, a comunidade macaense emigrou para diversas regiões do mundo, e as cidades de Hong Kong e Xangai foram os dois núcleos de maior fixação de emigrantes macaenses. Com a invasão japonesa de 1937, a II Guerra Mundial e a guerra civil na China, os macaenses residentes em Xangai foram obrigados a regressar a Macau, tendo alguns fixado residência em Macau e continuando outros o movimento migratório para outros países, sobretudo para o continente norte-americano (EUA, Canadá),Brasil, Portugal, Angola e Moçambique, entre outros. O Arquivo de Macau conserva milhares de documentos respeitantes aos movimentos migratórios macaenses, exibindo-se nesta exposição mais de uma centena de documentos, que ilustram os itinerários da diáspora macaense, a preservação do património identitário dos macaenses em integração na sociedade de Xangai, a recepção e o apoio aos refugiados portugueses por parte do Governo de Macau, bem como os documentos reconstituintes da biografia migratória inteira de Clementina Fernandes, refugiada macaense de Xangai no trânsito para outras partes do mundo.

A exposição “Refugiados de Xangai. Macau (1937-1964)”, estará patente ao público entre 3 de Março e 1 de Setembro de 2017 no Arquivo Municipal Alfredo Pimenta da Câmara Municipal de Guimarães, depois de ter estado em exibição no Centro Científico e Cultural de Macau em Lisboa. A cooperação e partilha amigável de contributos entre as instituições envolvidas nestas exposições, são exemplo do crescente intercâmbio cultural luso-chinês.

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